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Finanças - Q&A


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Foi obviamente pressão da APB, andava tudo a queixar-se da fuga em massa dos depósitos, até o Banco do Estado começava a indicar que era muito preocupante.

Acaba por ser uma consequência natural, infelizmente vivemos num País em que a larga maioria dos depositantes tem como investimentos única e exclusivamente depósitos a prazo e/ou certificados de aforro.

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Honestamente parece me uma decisão racional da parte do estado. 

O juro da série F vai continuar a ser muito maior do que a taxa dos depósitos oferecidos pela banca, por isso ainda vão ter a vantagem competitiva. 

Os aforradores que querem depósitos sem risco vão continuar a subscrever os CA mesmo com a taxa mais baixa e o estado financia se a valores mais baixos. 

Talvez baixe um pouco a transferência de recursos dos depósitos para os CA mas enquanto a banca não puxar as taxas de depósito isto não vai favorecer a banca assim tanto. 

Os mais difícil foi feito, as pessoas agora sabem o que são os CA, muitas abriram conta pela primeira vez e vão continuar a comprar os CA. 

No fundo foi uma decisão de resposta à procura. 

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A suspensão da série E, e a sua substituição pela nova gerou várias críticas da oposição, nomeadamente o BE e o PCP, tendo os comunistas requerido a audição urgente no parlamento do secretário de Estado das Finanças, por entender que se tratou de "um favor que o Governo fez à banca".

Uma visão rejeitada pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, numa declaração aos jornalistas, no sábado, em que respondeu às críticas e afirmou que "houve cedência zero a banca".

Eu acredito plenamente no discurso do sr Mendes, raoisparta os comunas a querer sujar o nome destas pessoas integras.

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Eu percebo o ponto de vista do governo, mesmo sem pressupor que há “favores” (e provavelmente haverá, como é lógico). Se podem pagar menos juros e mesmo assim manter uma boa procura, dado que os bancos se mantém longe dos 2,5%, porque não? No fundo, vejo isto como concorrência. Mantém a melhor oferta do mercado e pagam menos em juros.

A parte que cheira a esturro é haver um limite de 50000€ na nova série. Aí sim, cheira a favor a “alguém”, para não haver grandes fugas dos bancos.

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6 hours ago, JoGo said:

A parte que cheira a esturro é haver um limite de 50000€ na nova série. Aí sim, cheira a favor a “alguém”, para não haver grandes fugas dos bancos.

Concordo. Quando comentei não me tinha ainda apercebido disto. 

Qual é o possível racional para isto? Não consigo perceber nenhuma vantagem para o estado em ter o limite tão baixo. Percebo que não queriam ter ilimitado para impedir fundos de investimento de entrar nestes mecanismos mas 50k é um valor muito baixo. 

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1 hour ago, riks said:

Concordo. Quando comentei não me tinha ainda apercebido disto. 

Qual é o possível racional para isto? Não consigo perceber nenhuma vantagem para o estado em ter o limite tão baixo. Percebo que não queriam ter ilimitado para impedir fundos de investimento de entrar nestes mecanismos mas 50k é um valor muito baixo. 

Os fundos não podem (e nem podia Lm já nas séries anteriores) entrar. Nem pessoas coletivas. Os CA são exclusivos para pessoas singulares. Daí os 50K me fazerem confusão. E aqui, sim, cheira a favor.

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On 6/3/2023 at 9:25 AM, jr_cardoso said:

Foi obviamente pressão da APB, andava tudo a queixar-se da fuga em massa dos depósitos, até o Banco do Estado começava a indicar que era muito preocupante.

Acaba por ser uma consequência natural, infelizmente vivemos num País em que a larga maioria dos depositantes tem como investimentos única e exclusivamente depósitos a prazo e/ou certificados de aforro.

Dificimente esse é o motivo, nem faz sentido isso

Nenhum banco tem um custo de funding superior a sei lá, 1,5%
Porque raio se iriam financiar 2,5% se podem pagar menos?

 

A fuga de depósitos foi marginal e são valores sem impacto nas Contas do Bancos, pelo menos nos utlimos relatórios, talvez seja maior gaora e valores mais preocupantes mas se o objectivo fosse impedir a fuga de depósitos então não seria com uma taxa de 2.5 que iriam estancar isso, julgo

 

É obivmamente um princípio de racionalidade económica. Os certificados de aforro são dívida pública, que será paga com os nossos impostos, em 10.000 milhões são mais 100milhões por ano, é mais do que o valor de corte do ministério da educação não é desprezivel ao ponto de achar que a APB é que é a principal culpada

 

Quanto  ao BE e PCP e que falaram acima, é duma falta de memória assinalável.
O Mesmo BE e PCP que em 2012 diziam para o estado deixar de solver copromissos de divida publica, junto de investidores (Institucionais e não só, como são os Certificados de Aforro) agora dizem que os Portugueses devem investir em certificados?

 

 

 

Quanto ao porduto em si e a série E, era estremamente desfavorável para todos nós

 

3.5% a 10 anos, é um assumir que a taxa de referêcnia se manterá a valores elevedassimos durante uma década, algo que é praticamente inédito na economia moderna. Defender isto na óptica do  estado e do contribuinte é insano com a divida publica portuguesa actual 

estamos a falar de uma valor superior ao orçamento anual do estado para o ministério da educação e ministério da saúde só em juros, insano basicamente

pode ter-se juntado a fome à vontade de de comer e juntar o util ao agrdável mas o facto é que oa racionalidade económica faz sentido como justificação da medida

 

Se o objectivo do estado fosse taxas ou controle de remuneração tem um intrumentno poderosissimo que é a CGD, não precisva dos certificados de aforro

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1% + E3 ou E6, com taxa máxima de 3,5%, portanto

Não percebo o financiar-se a valores elevadíssimos quando isso depende da taxa do BCE e portanto da inflação e da política monetária.

 

A taxa actual da RP é a 3 meses - 2,76% e a 10 anos por exemplo é 3,05%. Já esteve a 3,6% e a média desde que começaram a subir as taxas de referência está ali pelos 3,2%.

3,5% não é assim tão diferente de 3,2%

O problema é que têm que pagar a comissão aos CTT que já a vi por aí mas não consigo encontrar. Parto do princípio que é 0,5%.

Como eles não querem gerir aberturas de contas, que dá problemas e chatices pagam a comissão e aguentam-se. E até acho que fazem bem.

 

Edited by Kopien
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11 minutes ago, Kopien said:

O problema é que têm que pagar a comissão aos CTT que já a vi por aí mas não consigo encontrar. Parto do princípio que é 0,5%.

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"Ao nível da subscrição, pagamos aos CTT 0,585% das subscrições até determinado valor, a partir do qual pagamos 0,26% pela subscrição", disse então Miguel Martin quando questionado sobre o custo, referindo o interesse em alargar a rede de distribuidores, de forma a contornar também, o que disse ser, o desinteresse da banca.

 

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Que interesse tem a banca mesmo agora? Ganha uma comissão, perde os milhares que o cliente vai deslocar da conta do banco para a conta do estado.

Continuam a pagar mais do que o estado, mas a diferença deixa de ser tão grande para compensar o trabalho para muita gente.

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46 minutes ago, Kopien said:

1% + E3 ou E6, com taxa máxima de 3,5%, portanto

Não percebo o financiar-se a valores elevadíssimos quando isso depende da taxa do BCE e portanto da inflação e da política monetária.

 

 

Neste momento a divida publica Portuguesa está a ~2.5 % a 5 anos, ~3% a 10 anos, ~3,5% a 15 anos
Na séria E estás a comprar divida com uma maturidade de 10 anos a 3.5% quando te financias no mercado a preços menores com maturidades menores.

Portanto para se achar que a série E era bom negócio para o estado, só se neste momento se apostar que a taxa de referência não vai descer nos proximos 10 anos, ou isso ou aposta-se que Portugal vai estourar novamente

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Mas então o estado que volte a abrir ao cidadão comum a possibilidade de comprar dívida pública, como aconteceu no tempo do Passos, e onde os grupos económicos que tinham o monopólio se espumaram todos até conseguir acabar com isso. 

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6 hours ago, Perks said:

Dificimente esse é o motivo, nem faz sentido isso

Nenhum banco tem um custo de funding superior a sei lá, 1,5%
Porque raio se iriam financiar 2,5% se podem pagar menos?

 

A fuga de depósitos foi marginal e são valores sem impacto nas Contas do Bancos, pelo menos nos utlimos relatórios, talvez seja maior gaora e valores mais preocupantes mas se o objectivo fosse impedir a fuga de depósitos então não seria com uma taxa de 2.5 que iriam estancar isso, julgo

 

É obivmamente um princípio de racionalidade económica. Os certificados de aforro são dívida pública, que será paga com os nossos impostos, em 10.000 milhões são mais 100milhões por ano, é mais do que o valor de corte do ministério da educação não é desprezivel ao ponto de achar que a APB é que é a principal culpada

 

Quanto  ao BE e PCP e que falaram acima, é duma falta de memória assinalável.
O Mesmo BE e PCP que em 2012 diziam para o estado deixar de solver copromissos de divida publica, junto de investidores (Institucionais e não só, como são os Certificados de Aforro) agora dizem que os Portugueses devem investir em certificados?

 

 

 

Quanto ao porduto em si e a série E, era estremamente desfavorável para todos nós

 

3.5% a 10 anos, é um assumir que a taxa de referêcnia se manterá a valores elevedassimos durante uma década, algo que é praticamente inédito na economia moderna. Defender isto na óptica do  estado e do contribuinte é insano com a divida publica portuguesa actual 

estamos a falar de uma valor superior ao orçamento anual do estado para o ministério da educação e ministério da saúde só em juros, insano basicamente

pode ter-se juntado a fome à vontade de de comer e juntar o util ao agrdável mas o facto é que oa racionalidade económica faz sentido como justificação da medida

 

Se o objectivo do estado fosse taxas ou controle de remuneração tem um intrumentno poderosissimo que é a CGD, não precisva dos certificados de aforro

BPSTAT.BPORTUGAL.PT

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para abril de 2023. | BPstat

 

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1 hour ago, Perks said:

Neste momento a divida publica Portuguesa está a ~2.5 % a 5 anos, ~3% a 10 anos, ~3,5% a 15 anos
Na séria E estás a comprar divida com uma maturidade de 10 anos a 3.5% quando te financias no mercado a preços menores com maturidades menores.

Portanto para se achar que a série E era bom negócio para o estado, só se neste momento se apostar que a taxa de referência não vai descer nos proximos 10 anos, ou isso ou aposta-se que Portugal vai estourar novamente

Ainda tens de contar com prémios de permanência. 0.5% extra a partir do segundo ano e mais 0.5% (totalizando 1%) a partir do 5º ano.

23 minutes ago, jr_cardoso said:
BPSTAT.BPORTUGAL.PT

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para abril de 2023. | BPstat

 

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Claro que isto é uma mossa gigante na banca. 

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26 minutes ago, jr_cardoso said:
BPSTAT.BPORTUGAL.PT

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para abril de 2023. | BPstat

 

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Como tinha dito 3 Mil Milhões no Global não me parece signiifcativo, não é desprezivel mas não me parece signicativo ou o maior motivo

Agora o problema maior mantem-se, 15 anos com prémios de permanência de 1% (a partir do 5ª ano )+ 1% de Spread sobre a Euribor  um maximo de 3.5%

Não sei o valor actual de divida concentrada em certificados, mas digamos que uns 30 mil milhões são certificados de aforro, daqui a 5 anos, num cenário de Euribor em valores semelhantes o estado na série E está a pagar mil e quinhentos milhões só em juros, nem estou a contar reembolsos

 

Enquanto na série F num cenário semelhante está nos 800 Milhões

se continuassem a multiplicar isto até cobrir digamos metade da divida publica é estouro na certa só para pagar juros

 

depois era uma questão de fazer o que se queria fazer em 2012 e não pagar aos investidores 

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