Jump to content

Política portuguesa: Eleições, partidos e candidatos


Vasco G
 Share

Recommended Posts

4 minutes ago, Kopien said:

O Brasil é supostamente independente desde 1825.

1822

 

Além do que aqui já foi dito, os portugueses também defenderam o Brasil de ataques de franceses e holandeses (veja-se por exemplo a Batalha dos Guararapes, em 1649).

Link to comment
Share on other sites

O caso das outras colónias é diferente, é mais recente.

Foram colónias durante 400 anos e com uma guerra difícil em várias zonas e propositadamente pouco falada em Portugal.

 

Sendo que a razão que acho mais válida é porque ainda existe muita gente viva que lá combateu e são memórias para esquecer.

E muitos das colónias também ainda estão vivos.

 

Mas também não sou parvo a achar que nunca iria haver guerra entre Estados, quando um deles controlou parte do território de outro durante 400 anos.

 

Em relação ao tráfico de escravos, sendo uma prática deplorável, ela era também efectuada pelas diversas tribos e reinos que viviam em África.

Não foi invenção trazida pelos Ocidentais. Os ocidentais podem é ter exponenciado pelas trocas e rotas comerciais.

 

Claro que como a esmagadora maioria desses reinos africanos já acabaram e foram substituídos por estados com fronteiras definidas por estados ocidentais, não há razão para se focarem em inimigos já inexistentes aos dias de hoje.

 

Sendo que mesmo aos dias de hoje existem situações de quase colonialismo em diversas questões.

 

Agora ter a Joacine a exacerbar problemas de identidade quando a história ainda está muito presente é auto-flagelação que quase ninguém faz.

 

É criar problemas no próprio país de que é deputada apenas para levantar ondas, porque com o tempo a questão será muito possivelmente resolvida.

Se ela tivesse conseguido delegar essa situação a outro deputado se calhar tinha feito mais avanços.

 

Assim levou logo com bloqueio social.

 

 

Link to comment
Share on other sites

Só em Angola e Moçambique, deixámos lá duas cidades que rivalizavam com capitais europeias.

Em Moçambique, deixámos Cahora Bassa q é só a terceira maior barragem em África e o q eles ainda hoje chamam a pérola de Moçambique.

Fizemos isso contra todo o mundo ocidental, que queria que Portugal saísse e pronto (para depois irem eles). Fizemos isso enquanto lutávamos uma guerra colonial que marcou gerações e que resultou no 25 Abril. 

Entre outras (muitas) coisas que olhando para o exemplo de outras potências coloniais que estavam em África, nem tem comparação sequer. 

Poderá não pagar tudo mas essa conversa das reparações já é estúpida por natureza. Deixámos lá tudo o que construímos, ponto. Continuámos a ajudar, em várias vertentes, desde ajudas monetárias, acordos PALOPs, resolução de conflitos com as varias guerras civis, intervenções militares de vários tipos, voluntariado, etc, etc.

Ptt isso, meus amigos, é só conversa para ir direto para o caixote do lixo.

Edited by HERiTAGE
  • Like 3
Link to comment
Share on other sites

Quote

EXCLUSIVO OPINIÃO

A História feita crime
É mau princípio o de chorar culpas que não são as nossas. Ou devolver o que não roubámos. Não peço perdão a quem nunca fiz mal, nem pelo que não fiz. E não me gabo do bem que outros fizeram.


António Barreto
27 de Abril de 2024, 6:19



Vários mestres nos advertiram: “Não devemos proclamar glórias que não são as nossas!” O tema é inspirador. Não nos devemos gabar do que outros fizeram bem. Nem nos arrepender do que outros fizeram mal. É verdade que podemos sentir emoção quando pensamos nos feitos de portugueses ao longo de oito séculos. Mas os feitos são deles, não nossos. E os crimes deles a eles pertencem, não a nós. Imaginar que “nós” somos todos, Vasco da Gama, Luís de Camões, Fernando Pessoa e nós próprios, é de uma presunção estúpida que só a gabarolice nacionalista explica. Pensar que “nós” somos todos, os que queimaram aldeias e escravizaram populações, é de uma tal patologia narcisista que custa a entender.

Não espero fama, nem elogios, por ter descoberto o caminho para a Índia, nem conquistado territórios em África. Como não me gabo, nem me queixo, de ter escravizado e assassinado gente por todo o lado, sobretudo em África. Não me vanglorio de ter escrito Os Lusíadas, nem de ter inventado o vinho do Porto. Não peço desculpa, nem perdão, pelo que outros fizeram de mal: pilharam, roubaram, escravizaram e assassinaram. Também não me sinto vaidoso por ter conquistado, pelo menos duas vezes, a independência de Portugal. Nem me sinto orgulhoso por ter colonizado, desenvolvido, modernizado e educado gentes e povos. Não fiz nada disso, outros fizeram. Não me queixo, por não ter tido sofrimento, outros tiveram. A dor por procuração é tão inconveniente quanto o orgulho por recordação. É mau princípio o de chorar culpas que não são as nossas. Ou devolver o que não roubámos. Não peço perdão a quem nunca fiz mal, nem pelo que não fiz. E não me gabo do bem que outros fizeram.

Quem quer julgar, hoje, os reis e os escravos de há séculos, quer hoje qualquer coisa. E não se trata apenas de bons sentimentos: quer poder, bens e poleiro
O que os portugueses de outros tempos fizeram e de que tanto se fala hoje inclui vários géneros. Uns actos eram “o que se fazia”, muitos eram “as regras do jogo” ou até glórias, outros já eram crimes na altura. E também há obras que começaram por ser glórias e são hoje crimes. Com o tempo, é fácil o bem transformar-se em mal e o mal no seu contrário. Confundir os géneros, tentar usar o mal e o bem dos outros, promover ou rebaixar hoje o que foi feito há séculos, disfarça, por regra, ambições contemporâneas, maus instintos morais e apetites políticos excessivos. Quem quer julgar, hoje, os reis e os escravos de há séculos quer hoje qualquer coisa. E não se trata apenas de bons sentimentos: quer poder, bens e poleiro.

Há décadas que, de vez em quando, a questão das culpas históricas e dos erros de outrora, assim como do perdão de hoje, estremece a crónica dos dias. Por vezes, trata-se de bons sentimentos, de uma espécie de candura histórica. Outras vezes, por parte dos contemporâneos, é nem mais nem menos do que uma nova forma de extracção: as desculpas ajudam a obter um lugar na lista de compradores de minérios ou vendedores de armas. Umas vezes ainda, a questão é a da vingança útil, isto é, da oportunidade para obter recompensa e poder, invocando antepassados e compaixão, quando o que está em causa são ambições contemporâneas. Finalmente, para todos, os que querem pedir perdão e desculpar, os que exigem recompensa e indemnização, os que recordam um passado de dor e os que evocam grandeza nacional, de todos temos esta espécie de busca desavergonhada de clientela política. Pouco mais é do que o abuso dos reflexos irracionais do tribalismo, do nacionalismo e do racismo. Infelizmente, neste confronto descabelado, não há inocentes. Mas há vítimas: os cidadãos que agradecem alguma racionalidade na vida pública.

O mais curioso é ver que as questões práticas não têm respostas. Ou têm-nas de mau pagador e cínico cliente. Pedir perdão a quem? Aos africanos? Aos asiáticos? Aos índios? De quê? Porquê? Não conheço país que não tenha sido, pelo menos uma vez na história, conquistado ou conquistador, colónia ou metrópole. Como não conheço país, povo, Estado ou nação que não tenha escravizado, não tenha vivido com escravos ou não tenha vendido os seus. Não conheço povo, país, Estado ou tribo que não se tenha feito graças à luta, ao domínio, à servidão ou à conquista. Será que toda a gente tem de pedir perdão a toda a gente? Se os portugueses têm de pedir perdão aos africanos, aos mouros, aos árabes, aos índios, aos indianos e outros asiáticos, quem nos pede perdão a nós?


Pedir perdão a quem? Aos Estados? Às pessoas em abstracto? Às famílias de descendentes de escravos? Como distinguir entre quem foi vendido, quem transportou e quem vendeu? Sabendo que muitos escravos foram vendidos por conterrâneos, vizinhos, comunidades rivais, nobres e ricos, notáveis africanos, asiáticos ou árabes, como distinguir entre aqueles a quem se pede perdão e os que devem ser condenados? Supondo que se sabe a quem pagar, Estado, empresa, Igreja, associação, tribo ou família, falta evidentemente definir quem paga. O Estado? Os contribuintes? As empresas? Os milionários?

Faz algum sentido exigir, da Grã-Bretanha ou da Universidade de Oxford, a devolução imediata da biblioteca do bispo de Silves, roubada por uns piratas e uns nobres ingleses no século XVI? Ou exigir a pronta devolução do “Cabinet de Lisbonne”, composto por milhares de espécies, roubado por soldados e cientistas franceses no início do século XIX e actualmente no Museu de História Natural de Paris? Ou os milhares de artefactos religiosos, sobretudo de ouro e prata, saqueados nas igrejas portuguesas pelas tropas e levados para França? Se as autoridades portuguesas entendem tomar iniciativas relativamente aos países que os antigos, em seu tempo, pilharam, têm de começar já por nós e obter a devolução dos bens saqueados em Portugal.

Em vez de indemnizar ou recompensar, não se sabe bem quem, nem quanto, o melhor que temos a fazer é receber bem os estrangeiros, os imigrantes em particular. O que é um valor em si, não uma compensação por malfeitorias passadas. Se recebo imigrantes, quero, pelos méritos próprios e não para me reabilitar, conceder-lhes direitos e reconhecer a sua dignidade igual à minha. E exigir a reciprocidade, tanto cá como nos países de origem. Se procuro a paz e a justiça, hoje, quero que os imigrantes sejam legalizados, tenham acesso aos serviços públicos, paguem impostos e beneficiem da segurança social. O que farei porque é aquilo em que acredito, não por ter vergonha pelo que outros fizeram. Porque sei que o tráfico de gente é uma das fontes de crime e violência, lutarei contra os que, nacionais ou estrangeiros, lucram com a ilegalidade, o contrabando e a clandestinidade. E recuso-me a pensar que o descontrolo é uma boa política de democracia e de compaixão. Não é. É o contrário.

O autor é colunista do PÚBLICO

Sociólogo

 

  • Like 1
Link to comment
Share on other sites

Ele ter andado desaparecido uns tempos não terá a ver com o facto dele estar claramente com os fuzíveis todos queimados? 

Link to comment
Share on other sites

O Santana Lopes falou no afastamento temporário do Presidente da República, previsto no art.º 132 da Constituição....

Estão à espera de que? Que ele baixe as calças e cague em publico?

Link to comment
Share on other sites

O PSD não faz por razões obvias, mas se o fizesse teria apoio, no minimo, do Chega

Link to comment
Share on other sites

1 hour ago, Vasco G said:

Mas tu achas mesmo que alguma vez fariam isso? 

Exacto. Deixa andar que ainda vai haver mais meme material. Não se acaba com um circo só porque o palhaço está a exagerar. Deixa andar mais um bocado.

Link to comment
Share on other sites

WWW.SAPO.PT

O Governo são-tomense vai pedir a Portugal a reparação dos danos morais da colonização, disse à Lusa a ministra da Educação, Cultura e Ciência do arquipélago, adiantando que o assunto será discutido hoje no Conselho de...

Obrigado Selfies 

 

  • Haha 1
Link to comment
Share on other sites

Quote

Isabel Abreu referiu que “Portugal já anunciou a São Tomé e Príncipe que existem muitos acervos culturais de São Tomé que estão em Portugal” que poderão ser devolvidos ao arquipélago, sendo um processo que “já começou, mas está a ser um pouco longo por causa da mudança de Governo”, bem como da falta de estruturas em São Tomé.

”Nós temos que primeiramente conhecer os objetos e ver se estamos em condições de os receber, porque nós temos que ter o espaço físico para a melhor conservação desses acervos todos culturais”, sublinhou Isabel Abreu.

Tudo bem, se é deles acho que deve voltar para eles, não há espiga aqui.

Quote

Nós temos uma saída diplomática, nós temos também uma saída à luz de um contencioso penal internacional para nos declarar que há reconhecimento desse direito e condenar o Estado português e os portugueses a pagarem, a reparem esses danos que nos causaram durante 504 anos”, defendeu Hamilton Vaz.

Aqui já é mais coiso, reparar danos é muito vago, condenar o Estado ainda há margem para ver o que sai daí, apesar de que nós fomos bem enrabados a seco pelos franceses e ingleses e nunca vimos a sombra de uma nota por isso, criar uns programas quaisquers da piça para trabalharem os Estados juntos a criar laços diplomaticos mais profundos talvez, hard cash nem temos quanto mais dar. Na parte dos portugueses, se forem daquelas familias "de bom nome" que ganharam bem com isso e ainda ganham, que revertam algum, não vou chorar. Se for incluido o gajo no bairro social que ganha o SMN... lol.

Quote

A descolonização pode estar resolvida, mas os atos de maus tratos, de violência e outros que aconteceram não estão resolvidos, portanto eu vejo isso [as declarações do Presidente de Portugal] com normalidade até porque ao nível de outras potências colonizadoras esse processo já está um bocado avançado, já está em discussão”, referiu Carlos Vila Nova.

Essa não vejo o que querem que seja feito a não ser reconhecer o mal e pedir desculpa pelo sucedido, uma chapada dada não pode ser retirada. Outras potencias já estão com processo avançado, ya...

Link to comment
Share on other sites

A função enquanto colonizador devia ser só coisas boas.

Aliás, toda a gente sabe que Portugal e Espanha se mandaram ao mar munidos de paus e panos porque queriam espalhar o ibérico pelo mundo, tudo pro bono. 

Link to comment
Share on other sites

28 minutes ago, Jokeman said:

Eles também vão devolver as infraestruturas que lá criámos? :rolleyes:

As infraestruturas, de base, foram feitas para os colonizadores, rebentar com aquilo antes de basar seria epico mas um pouco fdp

Link to comment
Share on other sites

É verdade que temos por cá muito patrimonio do Brasil, Angola, Moçambique, etc, é começar a devolver isso tudo, a começar pelos nacionais desses países que cá estão.

  • Like 1
Link to comment
Share on other sites

54 minutes ago, Jokeman said:

Eles também vão devolver as infraestruturas que lá criámos? :rolleyes:

Já lá estive e TODOS os edifícios de cimento foram feitos pelos portugueses. Em termos de infraestruturas, o país parou nos anos 70.

Link to comment
Share on other sites

2 minutes ago, HugojNeves said:

Já lá estive e TODOS os edifícios de cimento foram feitos pelos portugueses. Em termos de infraestruturas, o país parou nos anos 70.

Lá está. ;)

Nós (como qualquer colonizador) fizemos coisas boas e más. Se eles querem ser ressarcidos pelas más, não devíamos nós também ser ressarcidos pelas boas? Outra questão, que mais pessoal também já referiu, é: como se quantifica isso? O melhor talvez seja deixarem-se de anacronismos, mas agora que o Marcelo levantou a poeira, vai ser difícil ela voltar a assentar.

  • Like 1
Link to comment
Share on other sites

4 minutes ago, Jokeman said:

não devíamos nós também ser ressarcidos pelas boas?

a mancha na historia, é que essas boas, fizeste para eles ou fizeste para ti porque lá estavas?

Link to comment
Share on other sites

2 minutes ago, skaazi said:

a mancha na historia, é que essas boas, fizeste para eles ou fizeste para ti porque lá estavas?

Provavelmente foram feitas para os colonizadores, mas os colonizados ficaram a usufruir delas, ou seja, não fomos só uns sanguinários que andaram por aí a matar meio mundo e a roubar recursos naturais e riquezas, também contribuímos para o desenvolvimento desses países. Porque é que só se pinta os colonizadores como maus? O que se fez de bom não interessa? Além disso, acho que não se deve analisar os acontecimentos de há séculos, com os olhos de hoje. A escravatura é errada? Óbvio! Mas antigamente era algo normalizado. Que culpa têm os portugueses de 2024 daquilo que os seus antepassados de há 500/400/300 anos fizeram?

  • Like 3
Link to comment
Share on other sites

6 minutes ago, Jokeman said:

Provavelmente foram feitas para os colonizadores, mas os colonizados ficaram a usufruir delas.

Mais ou menos, as paredes estão lá sim, mas o resto foi embora com os colonizadores.

E não acho que nós sejamos culpados pelo que os antepassados fizeram, mais ainda que quen usufruiu dessa merda toda nem foi o povo português como um todo, mas antes uma elite especifica. Por exemplo, os franceses atuais não são culpados pelos saques das invasões napoleonicas e os ingleses atuais não são culpados pelo tratado de Sintra, mas ambos os estados não ficavam mal vistos se dissessem publicamente "ya my bad, esse periodo foi uma beca fdp e não foi cool da nossa parte, em nome da entidade estatal avec ou rosbife, pedimos desculpa por vos ter enrabado a sangue frio e vamos tentar ser amigos de aqui por em diante".

Agora também não vou defender as elites que fizeram merda e usufruiram da colonização porque somos da mesma nacionalidade, podem ser comprovadamente portugueses desde o Viriato e quero que se fodam da mesma maneira.

Link to comment
Share on other sites

29 minutes ago, skaazi said:

a mancha na historia, é que essas boas, fizeste para eles ou fizeste para ti porque lá estavas?

Também lhes tiramos os paus e pedras das mãos por nosso interesse.

Link to comment
Share on other sites

Create an account or sign in to comment

You need to be a member in order to leave a comment

Create an account

Sign up for a new account in our community. It's easy!

Register a new account

Sign in

Already have an account? Sign in here.

Sign In Now
 Share

×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.