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Saúde, SNS e ADSE


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  • 1 month later...
ECO.SAPO.PT

Governo aprovou o diploma relativo ao regime de dedicação plena no SNS, que irá permitir aos médicos em início de carreira aumentos de "cerca de 33%". Adesão será voluntária.

 

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1 hour ago, karkov said:

Não foi o toni do PCP que disse que tinham de ser aumentados 50%?

Não faço ideia mas só sei que isto vai dar merda provavelmente já a partir de Outubro porque as escalas médicas vão ficar comprometidas. Está tudo a meter o papel (e com razão) para pedir escusa às horas extraordinárias.

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Olhem… Façam seguros. E bons. Porque a maioria não cobre grande coisa. Isto é para mandar abaixo e é, portanto agora é que vai :-..

Deixo-vos só um excerto de uma mensagem de uma colega do meu serviço que participou na reorganização do modelo do SNS: “Como podem imaginar, este acerto de indicadores vai ser uma mão de ferro todos os anos, e só vai criar instabilidade. Quem acabará por prevalecer vai ser sempre o governo. Não aceitaram a nossa proposta de as AE se regerem pelas melhores orientações de prática clinica.” Resumindo: os indicadores que se refletem na remuneração dos profissionais são definidos anualmente (e não vai dar tempo de preparar terreno, pois há doenças que não se controlam num ano…) e, para melhorar isto (e como já acontece), não se baseiam nas melhores práticas clínicas, mas sim em indicadores financeiros. TOP! Financeiros…

A minha colega diz que o Pizarro é um gajo porreiro e com visão. Mas que o Medina lhe está sempre a puxar o tapete e não o deixa fazer nada ahah

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  • 2 weeks later...
24.SAPO.PT

O Bastonário da Ordem dos Médicos Carlos Cortes reuniu-se com o Ministério da Saúde e o ministro da saúde Manuel Pizarro. Em declarações aos jornalista à saída da ...

 

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  • 3 weeks later...
24.SAPO.PT

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) avisa que se os médicos não chegarem a acordo com o Governo, novembro poderá ser o pior mês dos últimos ...

 

 

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  • 2 weeks later...
24.SAPO.PT

Os sindicatos representativos dos médicos consideram que será difícil alcançar hoje um acordo como Ministério da Saúde por falta de avanços da tutela na proposta mais recente que, dizem, ...

Um gajo liga as notícias e é só urgências e serviços fechados dias a fio, mas toca a dar-lhes mais maiorias absolutas, eles merecem, tá tudo bem. 

 

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POLIGRAFO.SAPO.PT

A entrar naquele que Fernando Araújo antevê como o pior mês de sempre no SNS, uma publicação no Facebook compara o funcionamento da Saúde em Portugal com a posição do país no ranking da OCDE de...

Qual é o problema então? Qual a razão de ser necessário tanta hora extraordinária para se cumprir com os serviços mínimos? 

Questiono sem qualquer conhecimento de causa. 

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Fuga para o privado? Má gestão? 

Ouvi há uns tempos um debate na TSF sobre isto. Com médicos e gestores hospitalares.

Os médicos dizem q há médicos suficientes mas q as condições não são satisfatórias, os outros dizem q há muito médico prestes a entrar na reforma e q é preciso formar mais. Quem não é médico tb se pergunta pq não são formados mais médicos e pq não há mais universidades a formar (dizem q custa muito dinheiro formar um médico).

Posso estar a dizer merda mas a sensação com q fiquei é q no final isto é uma mistura de gestão a la república das bananas, com exigências legítimas da parte da classe médica, não sem um q de preferência para se manter um certo elitismo da classe e do acesso aos ensino e organismos do estado, querendo tb não deixar de abdicar da opção de exercer no privado ao mesmo tempo. Sendo menos tb têm menos concorrência, no público e no privado. Tendo a razão do lado deles, não deixa de ser um cenário q parece um bocadinho querer ter sol na eira e chuva no nabal.

A solução apresentada pelos médicos é melhorar as condições da classe médica com o pressuposto, julgo eu, de q isso faria regressar médicos ao SNS. No entanto todos sabemos q isso não é o q iria acontecer. 

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Pessoalmente acho surreal que fazer horas extra seja de lei quando devia ser um recurso em situações excepcionais.

Toda a gente sabe que o estado é mau patrão e mau pagador, ainda haver médicos no público é de louvar. Dito isto é igualmente surreal que continuem e votar sempre nos mesmos, teoricamente médicos, professores, etc, já não deviam votar neles mas eles continuam a ter maioria...

A saúde no privado não é um mar de rosas, mas pelo menos existe, cada vez representa um volume maior na saude portuguesa e a tendência é para aumentar ainda mais.

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Existe uma diferença entre número de médicos por 1000 habitantes Vs número médicos a exercer no público Vs privado, Vs número médicos a exercer mesmo e não só a terem a carteira profissional.

E ainda existe a dificuldade em especializar médicos e não ter só indiferenciados.

 

O que está em primeiro plano e com mais mediatismo são os médicos que trabalham nos hospitais e fazem horas extraordinárias absurdas. Já é um sistema antigo e era onde eles faziam €€ (antes das mexidas nos valores das horas extra), mas obviamente sai do lombo.

 

Mas creio que eles não têm carreiras diferentes, nem contratos de trabalho diferentes em relação aos dos centros de saúde, o que leva a quererem igualar um médico especialista em medicina geral e familiar no centro de saúde de barrancos com o médico especialista em pneumologia ou internista responsáveis por urgências num hospital.

 

Ao mesmo tempo que pagam o médico indiferenciado que não consegue especialidade valores elevados com horas extra nas urgências.

 

2 hours ago, HERiTAGE said:

 

A solução apresentada pelos médicos é melhorar as condições da classe médica com o pressuposto, julgo eu, de q isso faria regressar médicos ao SNS. No entanto todos sabemos q isso não é o q iria acontecer. 

Só fica no SNS quem tem espírito de missão, espírito colectivo ou gosta de casos difíceis.

 

As condições num hospital público bem gerido nunca serão iguais a um hospital privado bem gerido. A diferença dos doentes assim o determina.

Edited by Kopien
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A solução é criar condições no público. A minha mulher não faz privada e está com não sei quantas horas extra, nenhuma paga à parte, tudo na bolsa de horas para serem gastas num serviço onde não há possibilidade de ter essas horas. Mas dinheiro à parte, já só desejava que as coisas funcionassem como deviam. É ridiculo ela mostrar-me a agenda dela e, devido à lista de espera gigante, espetarem-lhe 3 consultas a começarem às 8h30. Todas as quartas-feiras.

Felizmente estamos a assistir a uma mudança geracional, onde os recém especialistas dão valor à vida pessoal e por isso é que vemos este movimento todo por parte dos médicos.

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Eu já disse isto aqui, mas se o Beatriz Ângelo e o Hospital de Braga que eram PPP não tinham falta de pessoal, pouca espera e nem falta de equipamento tinham...o que é que fez as pessoas deixarem de lá estar, mais espera equipamento avariado quando passou de PPP a normal?

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Era repetido que dinheiro não era solução, mas uma das coisas mais debatidas é o valor do aumento salarial. 

Faltam médicos em vários serviços, mas a ordem impede a abertura de vagas. 

Não me lixem, para a ordem estes problemas apenas têm uma razão, dinheiro. 

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  • 3 weeks later...

@Vasco G Há muitas razões possíveis para isso.

Provavelmente a geração de médicos que está agora a sair da faculdade já percebeu que o que é pago a um médico em Portugal não compensa para o estilo de vida que isso significa. Não foram só as vagas de medicina interna que não foram preenchidas. Ficaram 27% das vagas de MGF por preencher e várias de outras especialidades também.

Medicina interna é preocupante porque essa é a especialidade em que se baseia o serviço de urgência e da qual este depende em grande medida.

Os médicos dessa especialidade trabalham noites e fins de semana, incluindo festividades, a sua vida profissional quase toda, e fazem centenas de horas extra ao ano. Para o que lhes pagam simplesmente não é atrativo.

Depois, falando de novo na globalidade, o que este concurso mostra é que as pessoas neste momento preferem não escolher uma especialidade do que ir para uma que lhes proporcione uma vida do estilo da descrita acima. Algumas provavelmente vão repetir o exame e tentar escolher a especialidade/local que querem mesmo para o ano e outras, provavelmente, vão emigrar e fazer o internato no estrangeiro. Entretanto, se cá ficarem, podem trabalhar como tarefeiros na urgência, em que ganham 3, 4 ou 5 vezes mais à hora do que um interno, trabalhando por disponibilidades e sem chatices. A fazer esse trabalho, também ganham mais do que um médico especialista com 12 ou 13 anos de formação.

É interessante ver que há uns anos atrás, quando aumentaram as vagas das faculdades, a ACSS esticou o número de vagas de especialidade e eram todas escolhidas até à última migalha e ficavam pessoas de fora, sem lugar para fazerem especialidade. Este ano, tal como no ano passado, várias centenas preferem não ter especialidade do que se submeter a um trabalho péssimo e mal pago.

Já agora, este foi o primeiro ano em que ficaram vagas por preencher no Grande Porto. Os hospitais de Lisboa têm uma situação ainda mais grave...

O governo insiste em aumentar as vagas nas faculdades (e também aumentará nos hospitais/CS para formação, agora que saiu a nova lei das ordens), mas cada vez mais se vê que isso não vai resolver absolutamente nada. Primeiro era o problema de fixar médicos no SNS depois de se tornarem especialistas, neste momento já nem conseguem atrair pessoas para fazer o internato em especialidades tão fundamentais. Se não mudarem alguma coisa nos próximos anos, vai ser verdadeiramente catastrófico. Mesmo que preencham as escalas de urgência, será com médicos sem especialidade, como já estão a fazer nos Centros de Saúde e a qualidade vai decair cada vez mais, como já se tem vindo a assistir.

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