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Barrigas de aluguer


Vasco G
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Barrigas de aluguer: a favor ou contra?  

20 members have voted

  1. 1. Barrigas de aluguer: a favor ou contra?

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Porque ainda não se falou disto por aqui e também porque já faz muito tempo que não temos uma discussão fracturante por aqui :-..

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Empresa de barrigas de aluguer abre em Lisboa e promete filhos a quem possa pagar

11 mai 2018 11:32
 
Uma empresa de barrigas de aluguer, prática proibida em Portugal, vai abrir um escritório em Lisboa, que promete realizar o sonho de ser pai ou mãe biológicos a quem possa pagar entre 40 mil aos 85 mil euros.
 

Empresa de barrigas de aluguer abre em Lisboa e promete filhos a quem possa pagar24

 

A empresa Tammuz, criada há dez anos em Israel, quer agora instalar-se em Lisboa, juntando-se a outras que já operam no mercado português mas apenas ‘online’. Em declarações à Lusa, o administrador da empresa israelita, Roy Nir, garante que tudo será legal.

Em Portugal, as barrigas de aluguer são proibidas. Até há poucos dias era permitido apenas às mulheres que não podiam ter filhos, por ausência de útero, recorrer a uma gestante de substituição, mas nunca poderia haver dinheiro envolvido. A 24 de abril, a lei de gestação de substituição foi considerada inconstitucional.

Na Tammuz, as mulheres que aceitam ser barrigas de aluguer são remuneradas e qualquer pessoa, independentemente do seu estado de saúde, pode recorrer aos seus serviços.

A ideologia da empresa é simples: “Todos têm direito a ter uma família”, desde casais heterossexuais ou homossexuais, mulheres ou homens sozinhos, conta o administrador.

“Ajudámos a criar mais de 750 famílias [numa década]”, referiu.

“Vamos receber, com muito prazer, toda e qualquer pessoa que queira fazer o processo fora de Portugal. Não vamos fazer nada em Portugal, porque a legislação portuguesa nem sequer possibilita a opção das agências”, conta Roy Nir.

O administrador explica que o espaço físico que vai abrir em Lisboa servirá apenas para que as pessoas se sintam mais seguras e confiantes no momento de iniciar um processo que “tem muito dinheiro e muita emoção envolvidos”.

 

 

 

É na Ucrânia e nos Estados Unidos da América (EUA) que nasce a grande maioria destes bebés.

Segundo Roy Nir, para serem barrigas de aluguer, as ucranianas recebem entre 20 mil a 22 mil euros e as norte-americanas cerca de 50 mil dólares (cerca de 42 mil euros).

A escolha do país para avançar com o processo está relacionada com a legislação local: na Ucrânia só é permitido a casais heterossexuais casados e “a mulher tem de ter uma condição médica que não seja possível engravidar”, explica.

Já nos EUA o cenário é diferente: “Não há discriminação”. É ali que os casais gays realizam o sonho da paternidade.

Para estes casais, o processo pode custar o dobro do que custa a uma família heterossexual. É que ter um filho naquele país fica muito mais caro: as mulheres norte-americanas recebem muito mais para serem gestantes e os custos com serviços de saúde são muito mais elevados.

Roy Nir lembra que este é um processo muito complexo, já que é preciso uma dadora de ovócitos, uma outra mulher disponível para a gravidez, serviços clínicos, médicos e serviços jurídicos.

Mas o administrador garante que a empresa trata de tudo, desde o primeiro contacto dos clientes até ao dia em que regressam a casa com o filho.

Nos EUA, o processo começa com a seleção da mulher que será a barriga de aluguer. “Tem de haver um ‘match’”. Ou seja, quem sonha em ter um filho tem de encontrar uma mulher em quem confie e vice-versa. A distância faz com que se conheçam via Skype. Falam dos seus hábitos, da família, antecedentes. Quando há empatia, o processo avança. De contrário, procura-se uma nova barriga de aluguer.

Há, contudo, muito mais gente a querer ter um filho do que mulheres dispostas a serem barrigas de aluguer. Resultado: “Existe sempre um tempo de espera”, reconhece Roy Nir, garantindo que não costuma ultrapassar os três meses.

Roy Nir, que também é pai de duas crianças que nasceram há sete anos de duas barrigas de aluguer indianas, recorda que este processo é uma "verdadeira montanha russa de emoções", que começa com o receio de não encontrar ninguém de confiança, depois são nove meses de ansiedade sem nunca saber se a gravidez corre bem e, finalmente, o medo de as mulheres se recusarem a entregar o recém-nascido que carregaram durante a gestação.

Curiosamente, as mulheres que aceitam ser barrigas de aluguer também têm medo que os futuros pais rejeitem o bebé no momento do nascimento.

Sentimento por que passa a maioria dos envolvidos, segundo Roy Nir, mas sem razão de ser: “Nunca aconteceu. Não há casos”, garante, baseando-se num trabalho realizado por uma investigadora que estudou milhares de processos em Israel, onde as barrigas de aluguer são permitidas por lei há duas décadas.

Na maioria dos casos, os futuros pais mantêm as rotinas de sempre. A gravidez vai sendo acompanhada à distância, muitas vezes a milhares de quilómetros.

Durante os nove meses de gestação, os futuros pais vão sendo informados de tudo o que se passa. Alguns preferem ter uma ligação próxima com a gestante, enquanto outros optam por se manter afastados, fazendo apenas a viagem final para ir buscar a criança. Roy Nir explica que são formas de gerir um processo complicado.

“Ter uma gravidez a dez mil quilómetros de distância não é muito fácil”, sublinha o responsável da empresa, recordando que a ansiedade vivida até ao dia do nascimento dos seus filhos, Saar e Rotem, foi substituída pela realização de um sonho que tornou “a vida preenchida”.

Nesta noticia destaco o facto das Ucranianas serem mais baratas que as Americanas.

Por princípio sou contra isto, acho que não há necessidade, mas cada caso é um caso e não se deve simplesmente proibir ponto. Deve-se estudar os casos e decidir em conformidade.

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6 minutes ago, riks said:

Adoptem. 

O meu voto contra é sobretudo por isto, tanta criança para adoptar que há por aí ansiosa por uma família...

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O “adoptem” não é uma resposta assim tão simples, todos sabem as dificuldades do processo de adoção e dificuldades em conseguir crianças/bebés de pouca idade...não tenho opinião formada sobre o assunto, pelo menos para já.

Edited by systemoff
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Mas as dificuldades do processo podem (e devem) ser ultrapassadas através de legislação.

Quanto à idade... temos pena. As pessoas é que nunca se hão-de mentalizar a viver com as limitações que têm.

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Curto bué a facilidade com que se diz "Adoptem". Que falta de noção gigantesca, meu Deus... :facepalm:

 

Vasco, as limitações que têm são ultrapassadas com uma barriga de aluguer, por exemplo. Tu quando tens limitações não as tentas ultrapassar? Ou desistes à primeira?

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É como aquele pessoal que não quer ser homem nem mulher, eles (ou elas nem sei bem como lhes chamar) bem tentam ultrapassar a coisa mas ainda não conseguiram criar um terceiro género. Ou quarto.

Isto para dizer que há limitações (naturais) que não são ultrapassáveis. O problema é que hoje em dia se faz negócio com tudo, parece que não há limites.

Não é preciso separar barrigas de aluguer de adopção porque o resultado é o mesmo: desejo de ter filhos, crianças. Dizer não às barrigas de aluguer não resolve obviamente o problema da adopção, é apenas criar mais problemas aos que já existem.

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Ó Vasco... pelo amor de Deus.

Viver acima dos 50 anos também era uma limitação natural de há umas décadas atrás. Morrer de tuberculose também era do mais natural que havia.

Tens de ter noção do que dizes, rapaz.

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Permite-me discordar, as doenças jamais poderão ser consideradas limitações naturais. A própria infertilidade poderá ser passível de ser curada um dia no futuro. Assim sim.

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Mas é mesmo preciso ter de te explicar alguma coisa?

A tua solução para um casal (por exemplo) querer ter um filho é adoptar? Mas estamos a brincar? Eu quero ter um filho, com tudo o que o "processo" acarreta e a tua solução é perder se calhar 2 ou 3 anos para adoptar uma criança de 3 ou 4 anos?
Até se fala que a maioria das crianças para adoptar já tem mais de 5 anos. Achas que é igual? Achas que a solução para uma coisa é a outra?

 

Numa coisa tens razão:

On 5/11/2018 at 1:19 PM, riks said:

Adoptem. 

1 hour ago, riks said:

Argumentos zero, raciocínio zero. 

Moral da boa, sem dúvida. :y:

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O perder dois ou três anos resolve-se com legislação. 

Quanto ao resto uma criança de dois ou três anos não pode ter uma família? Não o merece na mesma? Está velha? 

Quem não pode ter filhos paciênca, é a vida, não dá para ter por catálogo, embora seja essa a vontade do pessoal, qualquer dia querem escolher o bebé como se escolhe um carro. 

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Sinceramente não é um tema no qual já tenha pensando muito, mas vejo aqui tanta gente a dizer para adotar, e a minha questão é acham que os casais nesta situação não preferem ter um filho que seja mesmo deles?

Sem pensar bem nos prós e nos contras mas parece-me que a escolha natural para mim seria:

  1. Ter um filho normalmente
  2. Ter um filho meu mas recorrendo a uma barriga de aluguer porque não dava de outra maneira
  3. Adotar porque não consigo ter filhos e não é possível recorrer a barriga de aluguer

 

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5 hours ago, Vasco G said:

O perder dois ou três anos resolve-se com legislação. 

Quanto ao resto uma criança de dois ou três anos não pode ter uma família? Não o merece na mesma? Está velha? 

Quem não pode ter filhos paciênca, é a vida, não dá para ter por catálogo, embora seja essa a vontade do pessoal, qualquer dia querem escolher o bebé como se escolhe um carro. 

Whiskas saquetas. Resolve-se tudo com legislação. Em papel. Na prática... :rolleyes:

Uma criança de 2 ou 3 anos pode, e deve, ter família.

Mas, descendo ao teu nível de raciocínio, se a criança não tem família, paciência, é a vida. Não dá para ter por catálogo.
Estás a perceber o porquê desse raciocínio ser errado?

E numa barriga de aluguer, o pai não pode ser também pai biológico, ficando apenas só a mãe como a de aluguer? Tipo Ronaldo? Aos teus olhos isso é igual a adoptar uma criança?

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1 hour ago, Mini0n said:

Whiskas saquetas. Resolve-se tudo com legislação. Em papel. Na prática... :rolleyes:

Uma criança de 2 ou 3 anos pode, e deve, ter família.

Mas, descendo ao teu nível de raciocínio, se a criança não tem família, paciência, é a vida. Não dá para ter por catálogo.
Estás a perceber o porquê desse raciocínio ser errado?

E numa barriga de aluguer, o pai não pode ser também pai biológico, ficando apenas só a mãe como a de aluguer? Tipo Ronaldo? Aos teus olhos isso é igual a adoptar uma criança? 

Acho que não estas totalmente informado.

Podem ambos ser os pais biologicos e o embrião ser posteriormente implantado no utero de uma outra mulher.

Qto à questão colocada sinceramente a nivel ético não vejo diferença entre usar uma barriga de aluguer ou doar um rim ou medula ossea por ex.

Os meus unicos problemas prendem-se com a compensação financeira, e principalmente com os direitos da criança por nascer.

Por ex lembro-me de ler um caso de um casal britânico que recorreram a uma barriga de aluguer na tailândia em que o feto apos testes descobriram que tinha sindrome de down ora os pais queriam abortar enq que a barriga de aluguer decidiu que ficava com a crinaça.

É para este tipo de casos extremos que temo que a legislação falhe e espero portanto muito cuidado por parte dos politicos aos quais em certos casos não lhes reconheço competência para legislar

 

Edited by Baron Soontir Fel
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20 minutes ago, Baron Soontir Fel said:

Podem ambos ser os pais biologicos e o embrião ser posteriormente implantado no utero de uma outra mulher.

Pois podem. Nem me tinha lembrado disso. Ainda mais reforça o que quis dizer: conceito totalmente diferente o de ter um filho nosso e o de adoptar. :y:

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9 hours ago, Mini0n said:

Mas é mesmo preciso ter de te explicar alguma coisa?

A tua solução para um casal (por exemplo) querer ter um filho é adoptar?

 

É. Casal, solteiros, divorciados, viúvos. Qualquer pessoa que queira ter um filho devia de primeiro adoptar. Existem milhares de crianças para adoptar, que estão em instituições e que precisam de um lar.

Quote

Eu quero ter um filho, com tudo o que o "processo" acarreta e a tua solução é perder se calhar 2 ou 3 anos para adoptar uma criança de 3 ou 4 anos?

  1. Porque é que achas que comprar uma criança vai ser mais rápido que adoptar? o processo vai ser muito moroso de qualquer das maneiras.
  2. Se se faz legislação para permitir as barrigas de aluguer porque não se altera a legislação que regula a adopção?
  3. Porque é que é uma desvantagem adoptar uma criança com 3/4 anos? Se queres ter um filho importa tanto assim a idade?
Quote

Achas que é igual? Achas que a solução para uma coisa é a outra?

Não sei qual é a solução. Mas não acho que permitir que a compra de crianças seja eticamente aceitável.

  1. Quem vai ser beneficiado com isto vai ser a classe alta que tem dinheiro para pagar estes processos.
  2. Mulheres em dificuldades vão ser "obrigadas" a virar parideiras de gente rica. Provavelmente em países subdesenvolvidos.
  3. Eu até posso ser a favor de "doações" entre familiares etc. Irmãs/mães que engravidem do ovocito de alguém que por motivos clínicos não pode. Mas não porque a madame X não quer estragar o corpo, ou não quer parar a carreira durante 3-4-5 meses por causa da gravidez.

@Baron Soontir Fel

A diferença entre isto e doar um rim é exactamente a palavra doar. Isto é abrir a lei para que se venda. Achas que é eticamente certo vender rins?

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 Vai lá ver à Índia, e vez que isso já acontece. Pior é que lá prometem dar X de dinheiro e no fim não vêm nada, ou se vêm é muito pouco.

Se acontece na Índia também deve acontecer em muitos outros. 

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3 hours ago, riks said:
  1. Porque é que achas que comprar uma criança vai ser mais rápido que adoptar? o processo vai ser muito moroso de qualquer das maneiras.
  2. Se se faz legislação para permitir as barrigas de aluguer porque não se altera a legislação que regula a adopção?
  3. Porque é que é uma desvantagem adoptar uma criança com 3/4 anos? Se queres ter um filho importa tanto assim a idade?

1 - Porque um processo demora 9 meses, o outro pode demorar anos e anos.
2 - Não é a mim que tens de perguntar isso. Nem isso tem absolutamente nada a ver com o que eu ou tu dissemos.
3 - Achas que é a mesma coisa ter um filho teu (leia-se TEU, com o teu sangue), do nascimento, ou adoptar uma criança com 4 anos, já com o feitio formado? Não te parece que há diferenças?

E, já agora, tens filhos? Quantos? E quantos adoptados?

 

3 hours ago, riks said:
  1. Quem vai ser beneficiado com isto vai ser a classe alta que tem dinheiro para pagar estes processos.
  2. Mulheres em dificuldades vão ser "obrigadas" a virar parideiras de gente rica. Provavelmente em países subdesenvolvidos.
  3. Eu até posso ser a favor de "doações" entre familiares etc. Irmãs/mães que engravidem do ovocito de alguém que por motivos clínicos não pode. Mas não porque a madame X não quer estragar o corpo, ou não quer parar a carreira durante 3-4-5 meses por causa da gravidez.

3 pontos que podem ser todo "barrados" com palavras tuas:

3 hours ago, riks said:

porque não se altera a legislação que regula a adopção barriga de aluguer?

 

Não me parece que ninguém (pelo menos daqui do FNF) que seja a favor da barriga de aluguer ache que deve servir para as madames desta vida que não querem estragar o corpo.
Assim como ninguém que concorde com o aborto tem obrigatoriamente de concordar com o mesmo porque "oops, engravidei sem querer pela 5ª vez, lá vou eu abortar".
Como em tudo tem de haver leis a proteger quem precisa e a impedir o regabofe total.

E, como vez, isto é mais complexo que um simples "Adoptem". ;)

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