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Arrendamento, compra e alojamento local - crescimento, problemas, mudanças


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3 hours ago, camurso_ said:

Bem feita, seus grandes fdp.

Porquê?

A subida das rendas depende de vários factores, embora para pressão das rendas no centro das cidades turísticas foi dos maiores factores.

Mas eu não me esqueço da baixa sem ninguém e da ribeira do porto e do centro de Lisboa completamente degradado.

Por acaso ainda pensei seriamente fazer alojamento local, mas devido à diferença da disponibilidade e especialmente devido às constantes alterações legislativas todos os anos desisti disso e fui para o tradicional mercado de arrendamento.

E o engraçado é que agora é um sector protegido com os primeiros a chegar a terem o seu negócio protegido.

 

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8 minutes ago, Kopien said:

Mas eu não me esqueço da baixa sem ninguém e da ribeira do porto e do centro de Lisboa completamente degradado.

Isto é uma grande verdade. 

Ainda este fim de semana passei na nos Clérigos, Aliados, Ribeira, Alfândega e, comparativamente ao que era quando ainda morava no Porto, está muito, mas mesmo muito reabilitado!

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14 hours ago, Kopien said:

Porquê?

A subida das rendas depende de vários factores, embora para pressão das rendas no centro das cidades turísticas foi dos maiores factores.

Mas eu não me esqueço da baixa sem ninguém e da ribeira do porto e do centro de Lisboa completamente degradado.

Por acaso ainda pensei seriamente fazer alojamento local, mas devido à diferença da disponibilidade e especialmente devido às constantes alterações legislativas todos os anos desisti disso e fui para o tradicional mercado de arrendamento.

E o engraçado é que agora é um sector protegido com os primeiros a chegar a terem o seu negócio protegido.

 

Passo a explicar:

Nascido e criado no centro do Porto (consigo ver, da janela do meu antigo quarto as árvores do Marquês, a Lapa, a Câmara e até um pouco do mar), sempre achei um exagero os meus pais pagarem por um T2 (pequeno, atenção) não mais de 75€. Sempre achei que a Lei favorecia e muito o inquilino. Quando o meu pai morreu, o senhorio bem tentou fazer um novo contrato, com os mesmos valores, mas apenas por 2 anos renováveis. Ainda bem que a Lei do arrendamento indica que, caso um dos cônjuges morra, o contrato não é alterado para quem ficou vivo (neste caso, quem se lixavam eram os filhos, caso só tivessem um pai/mãe vivo e este morresse), pelo que levou logo com os pés.

Sim, a cidade do Porto, até há uns anos era um antro de decadência. Lembro-me perfeitamente, há coisa de 20 anos, num fim de tarde de Domingo de Inverno (era já noite), subir a Rua do Almada a pé (como é evidente) e só ouvia as gotas da chuva a bater nas caleiras e na rua. Com aquela escuridão toda, com aquele silêncio, aqueles prédios devolutos, imaginei logo que estava no ambiente do Bladerunner (eu sei, nerd talk, mas são daqueles momentos que uma pessoa não esquece). Sim, até há bem pouco tempo andava frustrado por saber que teria que ir morar para as redondezas da cidade porque não havia casas para habitar. Estavam todas degradadas.

Depois veio o boom do turismo.

Sim, a cidade ganhou vida. Ganhou luz. Ganhou movimento. Ganhou. Mas eu fiquei na mesma. As casas agora estão (todas, ou quase) reabilitadas (ou em vias de), há investimento (mas, se há agora, porque não houve nos últimos 30 anos? Não pode ter sido apenas por causa da crise...). Sim, a cidade está melhor. Eu estou na mesma. Gostava de poder morar no centro da cidade. Gostava de poder ir a pé, como ia antes para a escola (neste caso, levar o meu filho à escola). Gostava de poder andar de transportes públicos. Gostava de poder sair de casa e ter logo 3, 4, 5 cafés ali à mão. Gostava de poder dar uma voltinha de 10 minutos, só andar em volta do quarteirão, ver as montras, como antes fazia. Não posso. Moro fora da cidade. Tenho que vir de carro, pois só tenho um único autocarro perto de casa, que me leva, apenas, à Boavista. Para levar/ir buscar os meus filhos tenho que atravessar a Ponte da Arrábida.

Eu queria voltar a morar no centro da cidade. Não posso. Não há casas à venda! O valor que pedem pelo aluguer é estupidamente alto. Há uns tempos, estava a discutir isso com alguém do ramo e sabem qual foi o argumento que ele me deu? O valor das rendas não está alto! O salário das pessoas é que está baixo!

Querem dinheiro fácil e rápido e, a melhor forma de obter isso é com AL, onde numa semana ganham aquilo que iriam ganhar em dois ou três meses de renda normal (valor antes do boom). Querem ser mitras, querem aproveitar, toda a gente quer mamar. Quem perde? Perco eu, perdem os meus filhos, que nunca saberão o que é morar numa cidade, perdemos todos.

Perde a cidade!

Depois admiram-se, por exemplo, que há escolas vazias e a fechar, quando antes estavam cheias...

Prá grande pqp!

 

A todos!

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  • 2 weeks later...
  • 3 weeks later...
1 hour ago, Vasco G said:
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ECO.SAPO.PT

Arrendamento Acessível poderá permitir poupar mais de 150 euros em Lisboa. Valor das rendas na capital pode baixar para 650 euros, havendo freguesias que podem ter casas a menos de 500 euros.

 

Alguém pode explicar como é que isto irá funcionar? Nada impede aos proprietários aumentar agora 20% o valor das rendas e ficar tudo igual?

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  • 3 months later...
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24.SAPO.PT

O primeiro-ministro afirmou hoje esperar que o mercado imobiliário seja capaz de se autorregular e que os proprietários moderem as suas ambições rentistas, mas se isso não acontecer admitiu uma intervenção pública para garantir o equilíbrio.

 

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Infelizmente, reduzir o imposto de nada vale. Quem aluga ia encarar isso como mais 28% q metia ao bolso... N sejamos ingénuos.

A solução passa por tabelar com limites máximos. Como em concreto n sei, mas é certo q isto não pode continuar assim. Já há demasiada malta q n consegue alugar ou comprar casa em Lisboa (por exemplo), seja qual for o tipo de casa... Está tudo uma estupidez de caro. 

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O valor máximo do aluguer devia estar indexado quer à tipologia do imóvel, quer ao seu estado de conservação e características.

Era passado um atestado de imóvel de luxo a uma casa com as condições mínimas e o avaliador mais o senhorio levavam uma multa que nunca mais faziam outra.

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13 hours ago, DanielAmorim said:

Na minha opinião o problema não está no preço da habitação, mas na diferença de poder de compra dos portugueses relativamente aos estrangeiros que investem em Portugal. 

Olha, obrigado... Porque uma coisa implica diretamente a outra.

Se tens uma procura tão díspar em termos de poder de compra, a oferta vai ser sempre tabelada por aqueles com maior poder de compra.

Capitalism.

Edited by Kinas_
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