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Acontecimento 2016


Vasco G
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  1. 1. Acontecimento do ano 2016

    • Crise dos refugiados
      6
    • Guerra na Síria
      0
    • Brexit
      1
    • Portuglal campeão europeu de futebol
      19
    • Presidência de Marcelo Rebelo de Sousa
      0
    • Eleições Presidenciais nos EUA
      8
    • António Guterres na ONU
      0


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À semelhaça do que foi feito para a personalidade do ano fica também aqui a sondagem para o acontecimento do ano

Na votação da Renascença ganharam o Brexit e a vitória de Portugal no Euro.

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Eu nunca conseguirei ver esse golo sem me arrepiar e ficar (quase) com lágrimas nos olhos. E já perdi a conta às vezes que o fiz... Em várias línguas, de várias perspectivas, sei lá. Acontecimento do ano para nós, portugueses, sem dúvida. 

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Acontecimento do ano em Portugal? Ou no mundo? Ou a nível político? Desportivo? Epá, a coisa é tão subjetiva...

Ou eu me engano muito... ou o acontecimento do ano foi mesmo a eleição de Trump. A partir de 20 de janeiro vamos começar a perceber se foi mesmo.

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Acontecimento do ano em termos generalistas. Para mim acontecimento do ano é algo que pode vir a forçar alterações significativas na minha vida, na minha sociedade e no meu país. 

Por isso para mim é o Brexit, um acontecimento que pode acabar com a Europa como a conhecemos e mudar e muito as nossas vidas  quer em termos económicos mas também sociais e políticos. 

A seguir sem dúvida o Trampa pelos mesmos motivos. 

Finalmente o fluxo de refugiados a entrar na Europa. 

A vitória no euro foi fantástica claro  mas foi muito giro e tal mas não mexeu absolutamente nada com a minha vida nem vai mexer com o meu futuro. 

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Nós no topo do mundo: O que fez Portugal brilhar em 2016

SOCIEDADE

31.12.2016 às 9h55

Campeões no futebol, na economia, na paz social e política, no turismo, na diplomacia mundial, nas energias renováveis. Este ano - por uma vez que seja - Portugal foi motivo de inveja

O ano já ia a meio e Portugal estava no sítio de sempre: a dar desesperadamente aos braços, esforçando-se por manter a cabeça à tona. A economia pois, a economia... não andava, mas pelo menos também não desandava, e isso, nos tempos que correm e para o País que é, já não era mau.

O desemprego mantinha a tendência de queda, e o PIB até crescia, ainda que a um ritmo ligeiro, uns modestos 0,3% nesses primeiros seis meses.

Por outro lado, as exportações, como que para refrear ânimos, caíam levemente. Bruxelas mostrava-se pouco satisfeita com o desempenho português e ameaçava com sanções caso o Governo não tomasse medidas mais drásticas.

Ou seja, Portugal não estava propriamente a viver um sonho. Mas também não vivia um pesadelo.

Economês à parte, é verdade que em maio tínhamos sido falados "lá fora" (coisa que sempre nos envaideceu mais do que devia, o que de certa forma nos apouca). Passámos quatro dias inteirinhos a produzir eletricidade apenas com renováveis hídrica, eólica, fotovoltaica (feito votado esta semana por um painel de cientistas, consultado pelo jornal britânico The Guardian, um dos 12 momentos marcantes da ciência em 2016).

Bom, quando nos falha o resto, sobra-nos a água, o vento e o sol, comentaram os cínicos do costume. Mas não esperamos pela demora: o Campeonato da Europa está à porta, ocasião garantida para o balão rebentar, depois de insuflar mais do que o bom-senso ditava a História do futebol está farta de nos pôr no nosso lugar, mas a memória dos portugueses, aparentemente, evapora algures a meio caminho entre os Mundiais e os Euros. O enredo é conhecido: umas vitórias frívolas no início enchem-nos de esperança, durante uns dias somos os melhores do mundo, e depois, quando é a doer, caímos com estrondo, provavelmente aos pés dos franceses. E passamos os meses seguintes a lamber as feridas, a queixarmo-nos dos árbitros, a lamentar a crónica má sorte, a recordarmos (como é que nos esquecemos?) que é sempre assim.

Mas desta vez algo foi diferente. Começámos mal. Empatámos, empatámos, voltámos a empatar.

Passámos o grupo sem vitórias nem exibições esplendorosas. E um golo da Islândia contra a Áustria, no último minuto, garantia até que fugíamos aos tubarões na fase seguinte. Alemanha, Espanha, Itália, França, esses ficaram todos do outro lado da tabela. A apanhar qualquer um deles, só na (ahah) final.

E não é que chegámos lá? Sim, sim, regressaram os cínicos. Isso foi porque a fortuna nos sorriu (uma vez que seja). Croácia, Polónia e País de Gales? Também não faltava mais nada sermos eliminados por estes. Mas vem aí a final. E logo, lá está, contra a França, a seleção que tem por hábito eliminar Portugal, e ainda por cima quando estamos pertíssimo da glória. Foi assim nas meias--finais do Euro 84, do Euro 2000 e do Mundial 2006. Talvez agora, com o melhor jogador do mundo, murmuravam os otimistas, sem grande convicção. Talvez...

Não. Cristiano Ronaldo foi posto fora de combate no início da partida, por um francês que não vale a pena nomear. Está feito, pensámos. A História repete-se.

Mas o tempo foi passando, nós íamos jogando bem e eles não marcavam. Grande defesa de Rui Patrício, outra, mais uma, perdida incrível do Griezmann em frente à baliza, remate de Gignac ao poste, sorte aqui, sorte ali, sorte acolá (estranho).

E muita alma. E então, a 11 minutos do fim, entra Éder. E joga bem. E marca um golo. O golo.

E assim se fez herói o patinho feio da seleção que era já de si o patinho feio do Euro a equipa menos seriamente candidata entre as putativas candidatas ao título.

Estávamos a 10 de julho, e essa final transformou-se num início. O início de um ciclo. Enquanto o País se unia numa celebração nunca vista, parecia que tudo se ia compondo. Desde 1998, ano da Expo, que não se sentia confiança tamanha.

Excluindo, claro está, as três semanas do Euro 2004, felicidade de pouca dura e de duro fim. Politicamente, a tal geringonça (tão periclitante a vaticinavam...) mantinha-se incólume, inabalável, invencível. Mais do que isso, Portugal experimentava uma paz institucional única, para um Estado com um Governo de uma cor e uma Presidência de outra. Costa e Marcelo esbatiam as diferenças e avivavam as semelhanças com uma naturalidade quase ostensiva.

E essa amizade, ou pelo menos sã convivência, entre adversários políticos pareceu contagiar os portugueses. Socialmente, vivia-se, vive-se, uma macia tranquilidade. Para trás ficaram os protestos contra a austeridade, as grandes greves, as manifestações a exigir a queda do governo. Não que tivesse sido encontrado petróleo no Beato mas isto de ter o PCP como um dos pilares da governação e a necessidade de um Governo apoiado por vários partidos procurar permanentemente consensos são pormenores que ajudam a acalmar sindicatos.

Também na economia as boas notícias se iam sucedendo. Depois de um primeiro semestre anémico, eis que chega um número que surpreende até o mais otimista: o PIB cresce 1,6% no terceiro trimestre. É a maior subida de todos os países da Zona Euro (descontando a Irlanda, que tem uma subida considerada distorcida devido às multinacionais que operam a partir do país). Este crescimento tem várias fontes, mas a principal foram as exportações. Entre julho e setembro, as nossas vendas ao exterior ficaram 225 milhões de euros acima do registado no mesmo período de 2015.

O desemprego, esse, continuou a descer. Em setembro, a taxa ia nos 10,9% (menos dois pontos percentuais do que no mesmo mês de 2015), com uma estimativa de baixar para os 10,8% em outubro. Eram 635 mil desempregados; passado um ano, são 554 mil. E um número mais alto se levanta: o défice, o malfadado défice, deverá ficar abaixo do número mágico de 3% do PIB pela primeira vez em 20 anos.

Com tudo isto, conseguimos calar até as vozes mais críticas. O FMI, tantas vezes cético em relação ao desempenho económico de Portugal, admitiu, no último relatório, que Portugal poderá fechar 2016 com um défice orçamental de 2,6% do PIB, destacando que "os fortes esforços do executivo" para conter o consumo intermédio [compra de bens e contratação de serviços] e a contenção do investimento público "minimizaram o impacto da quebra de receita", que poderia sobrecarregar o défice. E, por falar em FMI, Portugal já pagou este ano, antecipadamente, dois mil milhões de euros da dívida a este fundo, poupando 40 milhões de euros em juros.

Para cimentar as boas notícias, a Volkswagen anunciou que será a fábrica de Palmela a desenvolver o seu novo monovolume, com início de produção em julho de 2017 (passando de 100 mil para 200 mil carros por ano e criando 1100 postos de trabalho). Este poderá ser o ressuscitar de um gigante que se tornou um dos pilares da economia portuguesa ao longo dos últimos 25 anos.

Um sinal de boa saúde que não é exclusivo da Autoeuropa: segundo o estudo Economic Insight 2016/17, da consultora Euler Hermes, o número de insolvência de empresas em Portugal desceu 18%. Em contraciclo com o resto do mundo, onde as falências cresceram 1 por cento.

E por falar em contraciclo, enquanto grande parte do planeta lida com todo o tipo de problemas instabilidade política, populismos e extremas-direitas, insegurança, guerra, terrorismo Portugal mantém-se um dos países mais estáveis e seguros da Europa. Um oásis que não tem passado despercebido aos turistas. Entre janeiro e outubro, Portugal registou um total de 48 milhões de dormidas (um aumento de 9,1% face aos primeiros dez meses do ano passado). Na hotelaria, atingimos 1,9 milhões de euros nesse período mais 6,9% do que em todo o ano de 2015.

Portugal esteve em alta, em 2016. Esteve na moda, como é moda dizer-se. Até a praia soube melhor este ano, com o mar mais quente que nunca. A temperatura da água bateu recordes no Algarve, com a média a atingir 22,3º C em julho e 23,9º C em agosto. A 28 de julho, aliás, subiu até aos 26,5º C, como que a dizer-nos "vá para as Maldivas cá dentro".

A chegada do inverno não esfriou a onda de orgulho. Depois da loucura da Web Summit, em novembro, já o nosso Guterres subiu ao mais alto cargo da ONU, os alunos portugueses ultrapassaram, pela primeira vez, a média da OCDE nos testes PISA em Ciências, Literatura e Matemática, e Cristiano Ronaldo levou mais uma Bola de Ouro.

Quem adivinharia um ano destes naquele momento em que o capitão abandonava o relvado em lágrimas?

Em termos gerais foi indiscutivelmente um bom ano para Portugal, e não há agulhas em palheiros que possam contestar isso.

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