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XX Governo Constitucional


Jokeman
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Eu vi antes cerca de 39.31% pró-austeridade vs cerca de 60.69% anti-austeridade.

E agora?

 

E digo mais, acalmem-se que ainda nada está definido. Vai na volta e afinal o programa de governo que será implementado no caso de um possível governo PaF vai ser aquele que agora dizem que odeiam, que não "elegeram" e que estão contra. E depois é mais um sapo que engolem...

Ao menos isto já serviu para terem uma maior noção sobre o nosso sistema político.

Edited by Killer_Instinkt
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Eu vi antes cerca de 39.31% pró-austeridade vs cerca de 60.69% anti-austeridade.

E agora?

Não entendes que esse argumento é ridículo e falacioso?

Mas assumindo que é um argumento totalmente válido e lógico, então, pela mesma lógica, não podes negar que 80% votaram a favor do tratado orçamental e euro, o que por si só pressupõe austeridade como o único caminho possível, principalmente em países com a dívida pública descontrolada, como bem se viu (de forma absolutamente inequívoca, diga-se) nos últimos meses. 

 

Also, outro motivo pelo qual o teu argumento é completamente ridículo é que estás a tornar a votação em pro ou anti austeridade, como se a austeridade fosse um fim por si mesmo, ou como se alguém gostasse de austeridade porque sim.

Ou pior ainda, falas como se afinal tivessemos era feito um referendo "é a favor da austeridade?" (tipo o que os gregos fizeram, com os lindos resultados que se viram).

Edited by P4rthen0n
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Maioria de Esquerda: Isto pode não acabar bem
No caso de Costa insistir no governo de esquerda, a direita terá de exigir novas eleições em que seja dado ao povo o direito de escolher entre duas coligações, a do PSD-CDS e a do PS-PCP-BE.

by Rui Ramos


Em Junho de 2004, o primeiro-ministro Durão Barroso aceitou o convite para presidente da comissão europeia. O PSD escolheu Santana Lopes para lhe suceder. O governo era então apoiado por uma maioria absoluta do PSD e do CDS. No entanto, o PS, o PCP e o BE reagiram violentamente. Foi explicado que as eleições legislativas eram essencialmente um plebiscito aos candidatos a primeiro-ministro, e que Santana, sem eleições,  seria um chefe de governo “ilegítimo”. Houve manifestações em frente ao palácio de Belém a exigir eleições antecipadas. A 9 de Julho, quando o presidente optou por dar posse a Santana, o secretário-geral do PS demitiu-se. A dramatização resultou: em Novembro, o presidente acabou por dissolver a assembleia, apesar de o governo nunca ter perdido a maioria absoluta no parlamento.

Estas eram as regras, segundo o PS: o primeiro-ministro só podia ser o líder do partido que ganhasse as eleições com mais votos do que os outros partidos. Como explicou António Costa, em Setembro de 2009: “os portugueses conquistaram um direito a que não podem nem devem renunciar: o direito a que os governos não sejam formados pelos jogos partidários, mas que resultem da vontade expressa, maioritária, clara e inequívoca de todos os portugueses.” Eram ainda as regras a 4 de Outubro deste ano. Já não eram no dia seguinte.

O avanço estratégico do BE e do PCP

Vamos falar então de “jogos partidários”, que é donde agora saem os governos. Para António Costa, o jogo é óbvio: só como primeiro ministro pode voltar ao Largo do Rato sem correr o risco de ser pendurado numa árvore. Para o BE e o PCP, também: é o jogo de sempre. Ao contrário do que se diz, não foram eles que mudaram, foi Costa. O PCP e o BE estiveram sempre dispostos a apoiar um governo do PS: bastaria que o PS rompesse com a “direita”. A expressão “maioria de esquerda” foi aliás inventada pelo PCP em 1976. Em 1987, o PCP esteve pronto, com o PRD, a juntar-se no governo ao PS. Em todas as ocasiões, foi o PS – ou, mais precisamente, Mário Soares — , que recusou misturar-se com o PCP.

O PCP e o BE não querem por enquanto tirar Portugal da NATO ou do Euro. O PCP e o BE são partidos leninistas, e os leninistas aprenderam a actuar por “etapas”. Nesta “etapa” inicial, têm dois objectivos: comprometer e condicionar o PS, e aceder aos recursos do Estado (o “queijo Limiano” também é vermelho). A declaração de Catarina Martins ontem, ao abolir o governo PSD-CDS após uma conversa com Costa, revela o jogo: o BE e o PCP estão resolvidos a um “recuo programático”, se isso corresponder a um “avanço estratégico”, que deixe o PS à sua mercê.

A redução do PS

Vigora ainda a tese de que esta é a ocasião de o PS comprometer no governo o PCP e o BE, de modo a absorver os seus eleitores. Talvez sim, mas talvez não. O PS, no caso de Costa realizar o seu “governo de esquerda”, corre dois riscos. O primeiro é ajudar a fixar, a partir do Estado, o eleitorado até agora volátil do BE. Nunca mais o PS se livraria da concorrência bloquista, como ao fim de 40 anos ainda não se livrou do PCP, devido ao poder que os comunistas adquiriram nas autarquias e nos sindicatos.

O segundo risco é o PS perder os seus eleitores “moderados”. A partir do momento em que o PS fizesse parte de um bloco com dois partidos que, mesmo sem conspirarem nos quartéis, não acreditam na democracia pluralista nem na economia de mercado, muitos cidadãos que acreditam nessas coisas hesitarão em votar PS. Ou seja, o resultado do jogo de António Costa poderia ser uma redução do voto do PS, e a consolidação eleitoral do BE, ao lado do PCP. Nesse cenário, a esquerda passaria a consistir em três partidos, a valer 10%-15% de votos cada um, e a valerem todos em conjunto menos do que valem agora. Seria o fim do PS como grande partido de governo e também, por isso, o fim da “maioria de esquerda” em Portugal. E logo que isso fique claro, a aliança PS-PCP-BE tornar-se-á mais instável do que um saco de gatos.

A oportunidade da direita

E é aqui que convém entrar em linha de conta com a direita. Quase toda a gente parece pressupor que a direita ficaria sentadinha e caladinha enquanto Costa invade São Bento com o PCP e o BE. Não esperem tanta abnegação. A direita não pode ficar quieta, a não ser que queira desaparecer numa nuvem de irrisão. Imaginem-se no lugar do PSD e do CDS. Primeiro, tiveram de executar um ajustamento negociado pelo PS, apenas para verem Costa renegar todas as responsabilidades e deixar-lhes o odioso. Depois, ganharam as eleições segundo as regras antigas, apenas para verem Costa mudar as regras e roubar-lhes o governo.

A conformarem-se sem luta com mais esta golpada de Costa, os líderes do PSD e do CDS acabariam desacreditados. Também eles, por uma questão de sobrevivência, serão obrigados a subir a parada. Em 2004, a enorme pressão criada pelas esquerdas levou Sampaio à dissolução, apesar da maioria de direita no parlamento. Desta vez, caberia à direita ajudar o próximo  presidente a concluir que o país precisa de uma clarificação eleitoral, apesar da maioria de esquerda. A direita terá de vir para as redes sociais e para a rua. Terá de mostrar-se “indignada” com a “ilegitimidade” de um governo de derrotados nas eleições.  Terá de exigir que seja dado ao povo, em Maio ou Junho, logo que seja possível, o direito de votar numas eleições em que se defrontem claramente duas coligações, a do PSD-CDS e a do PS-PCP-BE. Será essa, aliás, a única maneira de evitar maior crise.

Depois de quatro anos de austeridade, a resistência à “Frente Popular” será para o PSD e o CDS a grande oportunidade de se reconciliarem com o seu eleitorado e, sobretudo, de recuperarem de vez para uma maioria de direita os eleitores do PS que acreditam na democracia pluralista e na economia de mercado. Nunca, por isso, o PSD e o CDS aceitarão o governo Costa-PCP-BE como “normal” antes de novas eleições.

Uma nova polarização política

É também natural que a “Frente Popular” tente aproveitar a resistência do centro-direita. Acusará o PSD e o CDS de “radicalização”, como aliás já está a fazer. Há-de inventar conspirações “fascistas” e conjuras do “imperialismo alemão”. Fará comícios com Varoufakis e Pablo Iglesias, com toda a gente a gritar “não passarão”. Radicalizar-se-á mais do que Costa e até o PCP e o BE têm previsto.

Ficaremos outra vez entre “fachos” e “comunas” como em 1975, para grande confusão das gerações que nasceram depois e que não gostam de se “enervar” com a política. É verdade que desde vez não há COPCON. Nem por isso deveremos deixar de recear algum tipo de ruptura política que, num país meio falido e numa democracia recente, terá  custos e demorará anos a sarar. E tudo isto para quê? Para António Costa não se demitir de secretário-geral do PS. A grande história é, por vezes, feita de pequenas coisas.

Edited by P4rthen0n
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Quem votou  PS, CDU e BE votou porque achavam que cada um deles seria o mais indicado para governar o país. Ora se acabarem os 3 no governo agrada-se a todos eles. 

Por acaso não estou preocupado com esta possibilidade porque o Cavaco nunca na vida dará posse à esquerda e no final terá a lata de fazer um comunicado no FB a dizer que a culpa é dos portugueses mas que ele corrigirá o erro dos "burros" 

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Eu por acaso votei BE com a plena consciência que nunca teriam votos para serem lideres de um acordo pós-eleições (muito menos o partido mais votado) mas com esperança que pudessem vir a ser parte de uma solução governativa com ideias diferentes. Chega do mesmo. Se estes tiverem de fazer merda, deixem fazer... andam lá uns outros há 41 anos a fazê-lo alternadamente, interesses mais que instalados... O PS a governar sem maioria absoluta e a ter de se entender com ideais muito diferentes para levar a legislatura avante, pelo menos seria uma pedra no charco. "Nunca na vida se irão entender!", dizem os votantes do "irrevogável". Podemos ter a possibilidade de saber?

Ah e tal, está tudo com medo do "queremos sair da Nato! Fora com o Euro! Não vamos pagar a dívida!" Podem ser ideologias de base (as mesmas com que eu não concordo na política do BE), mas serão certamente as primeiras a cair. Ainda antes da campanha começar, todos (pelo menos os mais informados) sabíamos ao que íamos. De grosso modo, se o PS abdicasse de 3/4 pontos de cariz social/económico o BE estava disposto para acordo e deixar cair as bandeiras ideológicas. Se calhar foram mais francos que a PaF que agora anda a cortejar o Costa e parece disposta a governar com o programa do PS.

 Virem agora dizer que o "povo" não votou numa coligação de esquerda... que se isso acontecer devíamos ir novamente a votos... e por que não? A democracia a mim não me faz comichão. Mas é necessário? O voto não está já lá na urna para eleger os deputados na Assembleia?

#tudoatremer

 

 

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Eu vi antes cerca de 39.31% pró-austeridade vs cerca de 60.69% anti-austeridade.

E agora?

Não entendes que esse argumento é ridículo e falacioso?

Mas assumindo que é um argumento totalmente válido e lógico, então, pela mesma lógica, não podes negar que 80% votaram a favor do tratado orçamental e euro, o que por si só pressupõe austeridade como o único caminho possível, principalmente em países com a dívida pública descontrolada, como bem se viu (de forma absolutamente inequívoca, diga-se) nos últimos meses. 

 

Also, outro motivo pelo qual o teu argumento é completamente ridículo é que estás a tornar a votação em pro ou anti austeridade, como se a austeridade fosse um fim por si mesmo, ou como se alguém gostasse de austeridade porque sim.

Ou pior ainda, falas como se afinal tivessemos era feito um referendo "é a favor da austeridade?" (tipo o que os gregos fizeram, com os lindos resultados que se viram).

Pois é, eu consigo fazer as maiorias que mais me apetece. É tão ridículo e falacioso como o que disseste anteriormente, quando afirmavas que a coligação teve a maioria dos votos etc etc etc... Mete-os la a governar sozinhos a ver em que é que se traduz essa maioria. Vitoria do PSD... isso faz algum sentido? Aparentemente foi uma vitória pírrica então... Não seria a primeira vez que alguém vence uma batalha mas perde uma guerra se queres ser tão redutor.

O que aqui está em jogo é um pensamento consciente do bem da nação. Há que governar, há que ter estabilidade. Só vejo um partido à procura disso, a tentar construir bases para governar quer à direita quer à esquerda. O outro só se preocupou quando lhe vê a ser puxado o tapete debaixo dos pés. Foi assim o mandato todo, no deixa andar. Conheces o programa eleitoral do PaF? Passas assim uma carta branca para fazerem o que quiserem?

eu já escrevi aqui mais que uma vez o que traduz o resultado do passado dia 4:

104 deputados do PaF

85 deputados do PS

19 deputados do BE

17 deputados da CDU

1 deputado do PAN

Daqui, quem conseguir uma maioria deveria governar, a bem da estabilidade. Não olhem para a política como se fosse futebol, vencer ou perder é totalmente relativo.

Voltando ai à vaca fria que estão fartos de martelar, do BE e CDU serem anti euro, anti nato etc etc etc... Não sei se sabem, mas já tivemos governos comunistas, e a entrada na NATO foi bem anterior a isso... e vejam lá, ainda lá estamos. Vocês acham que nalguma realidade possível o PS aceitava fazer um pacto com o BE e a CDU se alguma dessas questões que estão no cerne do partido fossem postas em causa? Isso e quase como afirmar que pelo PSD ter feito coligação com a CDS que o estado deixa de ser laico e passa a ser fundamentalista católico. Sentido = 0.

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Confuso com as opções de governo? É isto que Cavaco pode decidir

O Jornal de Negócios consultou um grupo de constitucionalistas para avaliar os vários cenários que o Presidente da República terá de analisar.

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São vários os cenários que poderão advir das negociações em curso entre os líderes dos principais partidos com representação parlamentar. Com Passos Coelho incumbido de encontrar uma solução para uma governação estável, as opções são várias, mas cabe apenas ao Presidente da República pôr um ponto final nesta história.


 

Se a coligação PSD/CDS não garantir o apoio do PS

Cavaco Silva deve, por tradição, pedir ao líder do partido ou da coligação mais votados para formar governo. No seu discurso após as legislativas, já incumbiu Passos de encontrar uma solução que garantisse um governo estável e excluiu um executivo formado por partidos mais à esquerda devido à defesa de questões fraturantes, como a permanência no euro.

Se os socialistas aceitarem um apoio parlamentar com a coligação

Seria a opção preferida do Presidente, garantindo o “governo estável e duradouro” que pediu. António Costa nunca excluiu completamente essa hipótese, mas já afastou a ideia de um Bloco Central. Quanto à ‘força’ do apoio, Costa poderá viabilizar o Orçamento, por exemplo, mas não garante facilitar o trabalho a Passos durante quatro anos

Se o PS formar uma maioria no Parlamento com PCP e Bloco

Cavaco Silva deverá dar posse a um executivo maioritário, ainda que não seja constituído pela força política mais votada. Poderá, no entanto, exigir compromissos escritos aos partidos envolvidos para que estes se mantenham dentro das ‘linhas vermelhas’ por ele traçadas.

Se, neste caso, optar por dar posse a um governo minoritário arrisca-se a que o Governo caia e a ter de convidar o líder do segundo partido mais votado, António Costa, a formar Governo.

Se nenhuma das forças políticas se entender

Caso nem o PS se junte à coligação Portugal à Frente, por um lado, nem ao PCP e Bloco, por outro, o Presidente da República deverá "privilegiar" quem teve mais votos e tem mais mandatos no Parlamento - a coligação, ainda que isso se traduza numa grande instabilidade política.

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Há aqui muita gente que está a demonstrar uma falta de democracia gritante...

Não admira que tenhamos tido um governo que não conseguiu apresentar um único orçamento em quatro anos de governação que seja no mínimo constitucional...

Nunca pensei que malta relativamente jovem tivesse este tipo de ideias. O que se está a procurar é uma maioria na assembleia para que hajam condições governativas. Está na cara que é necessário haver um acordo pós-eleitoral. Se votaram e não estão satisfeitos, nas próximas eleições, manifestem o vosso descontentamento, votando em liberdade nos deputados que quiserem eleger para a assembleia (não entendo bem o que têm contra o ultimo deputado eleito no vosso circulo eleitoral, até porque ainda não iniciou atividade na assembleia... mas não tenho nada a ver com isso).

A não ser que considerem que o cenário de ter um governo de gestão até haver acordo governativo (que aparentemente já existe qualquer coisinha) seja um melhor cenário (o que aconteceu na Bélgica durante 541 dias).

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Como podem verificar pela noticia que o Kinas colocou, vocês elegem deputados, mas quem decide o Partido que vai formar Governo é o Presidente da Republica e não os votantes. Estejam descansados que nunca esteve nas vossas mãos.

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O que esta gentinha faz só para se manter no poder, fonex........

O que era impossível na campanha torna-se possível agora só para tentar não perder o poder.

Está aqui o doc facilitador para quem quiser ler em anexo:

Doc_CompromissoPolítico_PaF-PS.pdf

Onde anda a natalidade?

Não acredito que estes gajos nem sequer consideram discutir isso...

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O que esta gentinha faz só para se manter no poder, fonex........

O que era impossível na campanha torna-se possível agora só para tentar não perder o poder.

Está aqui o doc facilitador para quem quiser ler em anexo:

Doc_CompromissoPolítico_PaF-PS.pdf

Isso é uma grande chapada de luva branca para quem, precipitadamente, os acusou de falta de disponibilidade para negociar (mesmo apesar de serem os únicos que, durante a campanha, disseram que queriam negociar algumas reformas estruturantes).

 

Já alguma vez um governo de maioria minoritária esteve disposto a negociar tanto?

 

Eleições. Oito cenários para o dia seguinte (alguns são o caos)

Eis um guia para se preparar para a noite eleitoral. São oito cenários, com várias subdivisões. E algumas saídas surpreendentes pelo meio. Em cada um tem o grau de risco e de probabilidade.

 

http://observador.pt/2015/10/01/eleicoes-oito-cenarios-dia-seguinte-alguns-sao-caos/

 É bastante extensivo, mas cobre todas as possibilidades em cima da mesa.

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Oficial: Passos, Portas e Costa reúnem hoje às 18 horas

10:31 Económico

Coligação faz último esforço para convencer socialistas a viabilizar governo de direita.

 

Passos Coelho, Paulo Portas e António Costa vão reunir-se esta terça-feira no Largo do Rato, confirmou fonte oficial do PS, em mensagem enviada ao jornalistas. Desta vez em cima da mesa estará o documento a coligação enviou ontem para o PS e apelidou de "facilitador de um compromisso" para a governabilidade.

Foi o PS que tinha inicialmente proposto que esta reunião fosse marcada para as 18h.

Na segunda-feira à tarde, PSD e CDS-PP anunciaram ter enviado ao secretário-geral do PS, António Costa, pelas 15h50, um "Documento facilitador de um compromisso entre a coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista para a governabilidade de Portugal", cujo conteúdo não foi oficialmente divulgado.

Segundo o PSD e o CDS-PP, esse documento dá sequência ao que ficou acordado com o PS na anterior reunião entre delegações dos três partidos, que se realizou na sexta-feira, na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa, e durou perto de três horas.

No final dessa primeira reunião, o secretário-geral do PS, António Costa, qualificou-a de "bastante inconclusiva", dizendo que os dois partidos da coligação Portugal à Frente não tinham apresentado qualquer proposta concreta.

Por sua vez, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, declarou que esperava que fossem os socialistas a apresentar propostas concretas e acrescentou que, como isso não tinha acontecido, PSD e CDS-PP iriam então fazer "um exercício um bocadinho mais atrevido" de tentar "selecionar propostas do PS" para debater num próximo encontro, marcado para esta terça-feira.

Segundo Passos Coelho, PSD e CDS-PP estão disponíveis para acolher propostas do PS para obter um acordo sobre as linhas gerais do seu Programa do Governo e do Orçamento do Estado para 2016, sem traçar "linhas vermelhas", desde que sejam respeitadas as regras europeias, incluindo o chamado tratado orçamental.

A coligação PSD/CDS-PP foi a força mais votada nas legislativas de 4 de outubro, mas sem maioria absoluta de deputados. Logo na noite eleitoral, o presidente do PSD anunciou que sociais-democratas e centristas iriam assinar um acordo para governar e que iria tomar a iniciativa, "no plano parlamentar, de contactar o PS" para procurar entendimentos.

Por sua vez, no domingo de eleições, o secretário-geral do PS prometeu não fazer parte de uma "maioria negativa" contra PSD e CDS-PP sem haver "um Governo credível e alternativo ao da direita".

Dois dias depois, António Costa recebeu da Comissão Política Nacional do PS um mandato para falar com todas as forças políticas representadas no parlamento - tendo-se já reunido, desde então, com PCP, PEV, BE e PAN, para além do encontro com PSD e CDS-PP.

Entretanto, PSD e CDS-PP reuniram os seus órgãos nacionais, na segunda e terça-feira seguintes às eleições, para preparar um acordo de Governo entre os dois partidos, que assinaram na quarta-feira.

Nessa ocasião, referindo-se a António Costa como "líder do maior partido da oposição", Passos Coelho anunciou que lhe tinha proposto nessa manhã uma reunião destinada a promover "uma cultura de diálogo, de compromissos" que assegurasse "estabilidade para governar".

O Portas já deve estar mas é cheio de medo de seguir as pisadas do Sócrates e acabar preso, e convenhamos, o Sócrates ao pé do Portas é um menino de coro.

António Costa diz estar em melhor posição do que PSD e CDS para formar Governo

13 Out, 2015 - 15:12

Declarações em entrevista à agência Reuters. Costa afirma que PCP e Bloco desistem de pôr em causa os compromissos europeus.

António Costa garante, em entrevista à agência de notícias internacional Reuters, que o PCP e o Bloco de Esquerda desistem de pôr em causa os compromissos europeus e que, por isso, o PS “está em melhor posição do que a direita para formar um governo estável para os próximos quatros anos”.

O secretário-geral socialista afirma à Reuters que, depois das reuniões com os líderes do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, passou a existir um compromisso de respeito pelas regras europeias, nomeadamente o cumprimento das metas do défice.

“É claro, e pode ser uma surpresa para muitos porque é uma novidade, que pela primeira vez pode haver um governo que reflicta a maioria de esquerda no Parlamento, sem colocar em risco as regras europeias”, acrescentou.

António Costa disse ainda que espera concluir as negociações para poder formar governo a "curto prazo". O PS está pronto para governar e "virar a página da austeridade".

Segundo o líder socialista, apesar da derrota do PS, as eleições legislativas de 4 de Outubro mostram um "desejo de mudança na política" portuguesa, patente na maioria de votos reunidos pelas forças que se opõem à política de austeridade do governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

A Reuters escreve que os "mercados financeiros caíram nos últimos dois dias" perante a possibilidade de Costa estar a formar um governo de esquerda.

"O que eu quero transmitir, especialmente aos mercados, é que Portugal vai manter a estabilidade dos seus compromissos europeus", afirmou António Costa à agência noticiosa.

A entrevista à Reuters foi publicada pelas 15h00 (hora de Lisboa), a três horas da segunda reunião entre responsáveis do PS e da coligação.

Costa afirma que as negociações com Bloco de Esquerda e PCP basearam-se no programa do Partido Socialista, enquanto as conversações com PSD e CDS basearam-se nos planos da coligação. Ou seja, a coligação de direita quer governar com base no seu programa.

"Mantemos a nossa posição de falar com todos em boa-fé", diz Costa. "Naturalmente cabe-nos também a nós, tendo em conta a falta de sucesso [da coligação PSD/CDS], tentar chegar a um governo que seja estável durante os próximos quatro anos e implementar a mudança que os resultados da eleição mostraram inequívocamente [que os portugueses querem]."

PS reúne-se com PCP e BE mas longe dos jornalistas

13.10.2015 às 13h19

 

Próximo encontro entre comunistas e socialistas não ver ter jornalistas por perto

JOSÉ CARIA

Comunistas voltam a reunir-se esta terça-feira com o PS e na quarta-feira será a vez dos bloquistas e dos Verdes. Só que ninguém sabe a que horas, nem em que local. “São reuniões de trabalho” e a ordem é para reduzir a mediatização das negociações

 

Um entendimento tácito entre o PS e os partidos de esquerda faz com que as próximas reuniões negociais sobre a formação de um novo Governo passem a ser feitas longe dos holofotes da comunicação social. "São reuniões de trabalho", justificam fontes partidárias. Ou "privadas", segundo os socialistas. Por isso, não serão divulgadas nem a hora, nem o local onde os encontros irão decorrer.

Do lado do PCP, sabe-se que a reunião desta terça-feira com os socialistas será chefiada por Jorge Cordeiro e incluirá o deputado e líder parlamentar João Oliveira. Outros elementos poderão participar no encontro, mas os comunistas não divulgam quem nem a agenda da reunião de trabalho. Do lado do PS, Mário Centeno, Pedro Nuno Santos e Adalberto Campos Fernandes são os dirigentes presentes.

Do lado do Bloco de Esquerda, apenas se confirma que a reunião com o PS decorrerá esta quarta-feira. O grupo de trabalho do BE será constituído por Jorge Costa, José Gusmão, Pedro Soares, Joana Mortágua, Mariana Mortágua e Moisés Ferreira.

Os Verdes também reunem quarta-feira com a delegação socialista que incluirá ainda Helena Freitas. A cabeça de lista por Coimbra nas últimas Legislativas e reitora da Universidade é especialista em ambiente. No domingo, curiosamente 'postou' na sua página de Facebook um comentário onde assumia, preto no branco que "Passos Coelho ganhou as eleições e tem todo o direito a governar". A recém eleita deputada admite que "existe uma grande maioria de portugueses contra a coligação (facto que Passos e Portas fingem que não percebem)", mas "trata-se de uma “maioria negativa”, como muto bem disse António Costa. Uma maioria que não se apresentou aos eleitores e portanto, para efeitos de governo, não existe, não é legítima".

Já começou a clandestinidade :-..

Coligação aceita descer TSU para as empresas, mas recusa baixar contribuições dos trabalhadores

13:44 Marta Moitinho Oliveira

No documento que enviou a Costa, Passos e Portas deixam cair o plafonamento das contribuições para a Segurança Social. Em troca querem que os socialistas recuem na redução da TSU para os trabalhadores.

 

A coligação manifesta abertura para "deixar de lado, em sede de uma reforma estrutural da Segurança Social, o princípio de plafonamento das contribuições e pensões, tanto na sua dimensão horizontal, como vertical (constantes dos programas eleitorais respectivamente da coligação Portugal à Frente e do PS)", lê-se no documento divulgado pela TSF ao final da manhã e que foi enviado segunda-feira pela coligação PSD/CDS ao PS. 

Isto significa que Passos e Portas recuam no plafonamento das contribuições para a Segurança Social, que tinham proposto no seu programa eleitoral. Mas em troca, propõem ao PS que deixe de lado da redução da Taxa Social Única para os trabalhadores, que o PS previa que fosse de quatro pontos percentuais até 2018 e que implicava uma redução das pensões nos anos seguintes.

Ou seja, em matéria de Segurança Social, e se esta proposta vingar, para os trabalhadores fica tudo na mesma.

O que não fica igual é a TSU para as empresas. No mesmo documento, a coligação mostra abertura para discutir com os parceiros sociais em sede de concertação social a redução das contribuições a cargo das empresas. Reforçar "o financiamento e a sustentabilidade da Segurança Social através da diversificação das suas fontes de financiamento, designadamente "alargar aos lucros das empresas a base de incidência da contribuição dos empregadores para a Segurança Social, reduzindo a componente que incide sobre massa salarial dos contratos permanentes, de modo a combater a precariedade", lê-se no documento. 

Esta foi a formulação usada pelo PS para inscrever no seu programa uma redução da TSU para as empresas. Porém, a coligação não sugere uma meta de descida, ao contrário do PS que defendeu uma redução de quatro pontos na taxa, que está em 23,75%.

A coligação PSD/CDS rejeita corte nas pensões em pagamento, mas afirma que deve ser feita uma "discussão em torno da diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social [que] deve integrar o reforço de 600 milhões de euros do sistema, tal como previsto no Programa de Estabilidade".

Como é óbvio com estas criaturas quem trabalha é que sai sempre prejudicado.

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O Portas já deve estar mas é cheio de medo de seguir as pisadas do Sócrates e acabar preso, e convenhamos, o Sócrates ao pé do Portas é um menino de coro.

Eu quero acreditar que estás a brincar ao comparar o Sócrates com alguém...

O problema é que não está.

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