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Xix Governo Constitucional


Revenge
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Aqui vai uma notícia que faz manchete na página principal semanário do país....
(e que foi publicado na edição impressa do mesmo)

 

 


Passos Coelho. Houve um tempo em que ele não era alemão
Entre as noitadas no Happening Bar e os dias de fato na Fomentinvest vão 20 anos de química latina. Os amigos confirmam: "Há um Pedro 1 e um Pedro 2".
 
Houve um dia em que Ângelo Correia resolveu dar a mão a Passos Coelho. O Pedro tinha acabado o curso, tinha entrado nos 40 e a Fomentinvest abre-lhe as portas para o que havia de ser um corte com cinco anos de caos. "Ele torna-se formal, começa a vestir-se na Labrador, organiza-se, o casamento com a Laura vira-o 180º", relata um amigo que acompanhou de perto a fase lunar do agora primeiro-ministro. Depois de duas décadas a 100 à hora, entre noitadas, muita política, um casamento agitado, duas filhas num ápice, alguns ganchos para ganhar dinheiro e muita falta dele, a cambalhota foi imensa e estonteante para os amigos: "Nós às vezes interrogamo-nos se havia um Pedro 1 e um Pedro 2". 
 
O Pedro 1 tinha química latina. A liderança da JSD afastara-o do percurso standard - "ele fez tudo ao contrário, quando nós estudámos ele gozou a vida e quando nós fomos trabalhar ele foi estudar" - e não terá sido por acaso que, na altura, a relação de Pedro com o pai não foi pera doce: "Ele adorava borga, foi adolescente até aos 20, era superdesorganizado", relata outro amigo que com ele partilhou à época animadas noites no Happening, o bar de Luís Represas onde Passos conheceu Fátima Padinha em registo tiro e queda. Conheceram-se hoje, foram viver amanhã. E quando ao fim de 18 anos conturbados se divorciam, "o Pedro fica um sem-terra". 
 
Os amigos não dão a cara porque "são questões pessoais", mas é raro ouvir tanta gente dizer o mesmo - "ele andava sempre aflito"; "era caótico", "era um pai exemplar no apoio às filhas e à mulher mas vivia amargurado"; "nunca acordava cedo", "em 99, quando deixou o Parlamento, arranjou uns ganchos mas teve problemas de dinheiro", "ele sempre foi desorganizadíssimo".
 
Distrações no ficheiro 
Luís Nobre, ex-deputado do PSD e amigo do protagonista, conta que quando ele saiu do Parlamento em 99, lhe deu trabalho na LDM (consultadoria para candidaturas a fundos europeus) e diz que ele era "escrupuloso numa coisa: sempre que recebia, passava logo o recibo". No resto, "o Pedro tinha uma vida difícil, era tudo uma confusão, faltava dinheiro, se não nunca teria acontecido o que aconteceu (não pagar a segurança social)". No fundo, no fundo, talvez também contasse o ADN: Luís Nobre acaba por admitir que "ele não era particularmente cauteloso na organização do seu ficheiro interno". 
 
De facto, sempre que é chamado a explicar questões procedimentais do passado, Passos Coelho fornece dados aos soluços, como se tivesse que reconstituir processos mal arrumados. A propósito da sua passagem pela Tecnoforma e pelo Centro Português para a Cooperação, soube-se que não declarou as ligações a esta ONG no registo de interesses na AR. Os amigos não estranham: "Ele nestas coisas sempre foi o português típico". O próprio veio esta semana assumir, ao "Sol" e numa resposta ao Expresso, que chegou a proceder "a pagamentos fora de prazo", "uma ou outra vez por distração, outras por insuficiência de meios financeiros". Assume ter tido "falhas no relacionamento com a autoridade tributária" mas diz que sempre as corrigiu "nos termos legais, tão rápido quanto possível".  
 
Pedro Pinto, outro amigo de sempre, conta que quando ele se casou com a Fá lhe emprestou a casa,"e ele na altura não podia pagar, mas quando conseguiu fazer um empréstimo, pagou-me tudo e com juros". "Ele não fica a dever nada, pode pagar com multa, mas paga". Já quanto à dinâmica funcional, até Miguel Relvas, o homem que o levou na ascensão a líder do PSD, confirma: "O Pedro é estruturalmente sério, mas pode ter situações de menor atenção". 
 
Em off, há amigos mais impressivos: "Ele era desleixado e somítico. Quando se separou, foi viver para cima do Comilão, comia lá e pagava ao sr. Cardoso ao mês. E tinha um carro bordeaux que só ia à revisão quando estourava". Com o tempo, o Pedro mudou. Mas há quem conte que "já depois de chegar a líder do PSD, "era sempre preciso lembrar-lhe: já pagaste o IVA? Já viste o IRS?". "Não sou um cidadão perfeito", assumiu o PM esta semana. O PSD aplaudiu de pé.
 
À frente do Governo, Pedro Passos Coelho foi o que se sabe: construiu um modelo político na base da ética austeritária. Moral da história: de vez em quando o Pedro 1 dá-lhe um trabalhão dos diabos.

 

link

 

Portanto, para quem pensa que isto é tudo jornalismo, e que não há nenhuma intenção de manchar o carácter, com notícias destas deve conseguir juntar 1+1 e ver realmente o que está em causa aqui.. Conseguir (ou tentar) por via do baixo jogo sujo aquilo que não se está a conseguir fazer politicamente, é desprezível...

 

E dps ainda pedem para comentar as notícias dos impostos à segurança social (ignorando que estes acontecimentos também já aconteceram no outro lado, mas sem a mesma cobertura mediática), como se isto não fizesse tudo parte de um jogo encomendado para manter debaixo de fogo o Primeiro Ministro e a sua reputação, seja porque que medida desprezível, mesquinha e rasteira for....

 

 

(Enquanto que ao mesmo tempo não dão cobertura ao Oportunista Costa e ao facto de um dos fundadores do PS já se ter posto a andar depois do Costa ter andado a ter um discurso para Chineses e outro para o resto do Povo... essa dualidade de opiniões consoante a audiência e o cortejar da opinião consoante a plateia já não é sequer motivo de discussão, o que é bem mais grave...)


 

 

E estão a mover processos disciplinares a quem descobriu isto, porque parece que existe uma lei que proibe vasculhar papelada de certas pessoas(políticos).

 

Viva a transparência e viva quem meteu o pescoço em risco para descobrir isto.

 

És a favor de vasculhar papelada de certas pessoas?

 

 

Claro que sim. Caso contrario como é que apanhas quem tem dividas às finanças? Era uma festa então... Aliás, repara que podem fazer isso a o todo o comum mortal, menos a eles.

 

 

Estás a dizer que és a favor de que eu (ou uma pessoa qualquer ao acaso que não esteja ligada às Finanças), caso me interesse, possa vasculhar sobre as tuas contribuições (ou falta delas) para a Segurança Social, e afins??? E isto quando me apetece e sem nenhuma justificação para lá do interesse pessoal ou oportunismo??? 

Edited by panayotopoulos
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O problema não é a Segurança Social, os impostos, o que quer que seja; o problema é ele ser um falso moralista, que acha que dá lições aos portugueses.

É o discurso do "trabalhem, seus malandros", "vocês vivem acima das vossas possibilidades", "é só gente a viver de esquemas", etc, que serviu de base aos ataques feitos aos trabalhadores e pensionistas portugueses. Para ele ter esse tipo de atitude, tinha de estar acima de qualquer suspeita, de qualquer comportamento inadequado. E, nesse aspecto, sem dúvida que este é o menor dos problemas: os esquemas de que viveu, como a Tecnoforma e, acima de tudo, a ONG de fachada, bem como só ter "trabalhado" para o Ângelo Correia, dizem muito da figura.

Lições? Que as dê quem tiver moral para isso...

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(...)

Lições? Que as dê quem tiver moral para isso...

 

È verdade, mas assim tb n tolero dedos acusatórios e indignidades morais de quem também não tem o "cadastro" limpo (e como escrevi atrás, estes textis e "peças jornalísticas de investigação" são tudo menos inocentes)... Como disse há uns dias, quem nunca pecou, que atire a primeira pedra... 

 

Mas o discurso, quer se goste ou não, tem de ser um de exigência. 

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Como é obvio é tudo a mesma merda, eles protegem-se uns aos outros, é a falta e vergonha no seu melhor, é que quem tem telhados de vidro tem mais é de passar pelos pingos da chuva

"Está tudo esclarecido" no caso Passos Coelho, diz António Costa

O secretário-geral do PS, António Costa, dá como encerrado o caso das dívidas de Pedro Passos Coelho à Segurança Social, a não ser que surjam mais pormenores da situação. "Está tudo esclarecido". Agora, "o caso está bem entregue, nas mãos dos portugueses".

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=181102

Na Suécia a outra demite-se por não pagar taxa de audiovisual ou parecido, cá é mansardas à custa de empresas, amigos com contas chorudas em nome de terceiros, são gajos que emprestam casas, é SS e Fisco por pagar, são taxistas com contas na Suiça etc, etc

Vale tudo

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(...)

Lições? Que as dê quem tiver moral para isso...

 

È verdade, mas assim tb n tolero dedos acusatórios e indignidades morais de quem também não tem o "cadastro" limpo (e como escrevi atrás, estes textis e "peças jornalísticas de investigação" são tudo menos inocentes)... Como disse há uns dias, quem nunca pecou, que atire a primeira pedra... 

 

Mas o discurso, quer se goste ou não, tem de ser um de exigência. 

 

 

O Zé Povinho não tem, sequer hipótese de pecar e, quando o consegue fazer, ainda leva com uma castanhada de todo o tamanho...

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Permite-me que discorde.... 

 

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Governo PS desistiu de cobrar dívidas à Segurança Social anteriores a 2006
Segurança Social abdicou de pagamentos devido a falhas em 8 centros distritais e ao grande volume de queixas. Governo PS avalizou travão nas notificações. Mais de 278 mil não pagaram.
 
Os documentos internos do Instituto de Segurança Social, a que o Observador teve acesso, mostram que o caos na regularização das dívidas à Segurança Social, desencadeada pela centralização do sistema, levou o Estado, em dezembro de 2007, a decidir não fazer novas notificações de dívida relativas ao período em falta que ainda não tinham prescrito.
 
A decisão foi tomada depois de terem sido enviadas, entre março e julho de 2007, as primeiras 112.377 notificações para quem não tinha feito os descontos entre 2002 e 2004. Dessas notificações, a Segurança Social recebeu 30.911 reclamações, levando o Instituto a criar três grupos de trabalho para analisar o processo e a elaborar um parecer sobre a necessidade, ou não, de proceder a uma “prescrição oficiosa das notificações” – expressão usada num documento do ISS, datado de dezembro de 2007.
 
Precisamente a 21 de dezembro, ocorre uma reunião entre o Secretário de Estado da Segurança Social (na época, Pedro Marques), a vice-presidente da Segurança Social (Luísa Guimarães) e os responsáveis pelo Instituto de Informática e o Instituto de Gestão Financeira. Segundo um mail enviado depois por Luísa Guimarães, nessa reunião tomaram-se duas decisões relativamente aos trabalhadores independentes em dívida: “Participação (aos serviços) para prescrição” das dívidas anteriores a 2002 (já tinham passado cinco anos sobre o prazo dessa prescrição); e não fazer nova “intervenção sobre este período” relativo às dívidas de 2002 a 2006.
 
A razão para esta última decisão explica-se no mesmo documento da Segurança Social: pela “fragilidade da informação disponível” no sistema; e pela “impossibilidade de demonstrar a existência de qualquer diligência administrativa que interrompa” a prescrição.
 
Oito centros não deram dados
A verdade é que, em janeiro de 2006, apenas 10 dos 18 centros distritais fizeram a migração dos respetivos dados para o novo sistema central, que o Governo de José Sócrates implementou nessa altura. A ideia era colocar tudo num único sistema, de modo a agilizar a cobrança de dívidas. Mas alguns dos maiores centros distritais acabaram por não mandar boa parte dos dados, por não os terem ainda informatizados, nem os meios adequados para o fazer. Estavam nessa situação Lisboa e Porto, bem como Beja, Braga, Évora, Faro, Leiria e Santarém. Lisboa era, de resto, o centro onde estava inscrito o agora primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
 
A disparidade da informação que chegou à Segurança Social, assim como as reclamações em massa, colocaram um dilema a quem tinha a responsabilidade de gerir o sistema: para uns trabalhadores era possível reconstituir a conta corrente inteira; para outros isso não era possível.
 
Foi assim que, no final de 2007, a Segurança Social deu o parecer para uma decisão:
 
Reconhece-se não fazer sentido, nem tão pouco ser vantajoso em termos de custo-benefício, nomeadamente pela qualidade da informação residente no sistema, reconstituir a conta-corrente de todas as contribuições, relativamente às quais decorreu o prazo de prescrição.”
 
Dito de outra: abdicou-se de recuperar os dados que não estavam no sistema.
 
“Considerando a realidade existente, não se reconstitui a conta-corrente integralmente” dos beneficiários dos oito centros distritais que ficaram em falta, lê-se no mesmo documento.
 
Ficou mesmo assim decidido aceitar “o pagamento voluntário das contribuições como cumprimento de uma obrigação natural”.
 
278 mil não pagaram
Com a polémica sobre Pedro Passos Coelho a ganhar contornos de bomba mediática, a Segurança Social foi agora reconstituir como se passou todo o processo e fazer contas. Segundo esses cálculos, existem ainda hoje 278.756 trabalhadores independentes que não pagaram uma dívida que totaliza 324 milhões de euros relativas ao período de 2002 a 2004 (aquele que Passos pagou agora).
 
Quando no final de 2007 a Segurança Social decide nada fazer sobre as dívidas ainda em falta, estavam em causa (segundo estes dados) 525 milhões de euros, relativos a 373 mil trabalhadores independentes.
 
E depois de 2007?
 
Segundo os dados consultados pelo Observador, a Segurança Social procedeu em 2008 a uma nova vaga de notificações, por carta, a 76 mil trabalhadores independentes, relativamente a dívidas entre janeiro de 2006 e agosto de 2007 – recebendo de novo 29,9% de reclamações.
 
Nos três anos seguintes não terão existido novas notificações, até que em janeiro de 2011, ainda com José Sócrates no Governo, se avança para cobranças coercivas – ou seja, por carta registada. Estas incluíam dívidas de fevereiro de 2006 a dezembro de 2010. Mesmo assim, com um critério novo: apenas abranger dívidas acima de 4 mil euros. Receberam estas notificações 29.855 pessoas.

link


Portanto, isto foi uma tal castanhada para cima deles todos que vai lá vai.... 

 

Isto é que já não ser manchete nos próximos dias, nem notícia de abertura dos telejornais, ou motivo de discussão na Assembleia da República, mas agora, depois de 2 semanas a ser cozido em lume brando pela imprensa não isenta, lá veio o "magnânimo" Oportunista Costa do alto da sua sapiência a proclamar que o caso está entregue na mão dos Portugueses, convenientemente depois de se andar a chafurdar com o nome do Primeiro Ministro durante duas semanas... Qual Pilates, qual quê... 

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Não há qq solução no PS ou PSD, são todos problema. Agora está tudo mais atento mas bastava entrar no parlamento há uns anos e perceber quem se dava com quem e ver que os partidos n tem mt a ver com a coisa...

 

O problema do Passos é que adora ouvir-se a falar e deixa as coisas correr e tudo soa tão bem na cabeça dele, "Ai e tal eu pertenço a uma raça de homens que paga o que deve!", "Trabalhem piegas!", vindo de alguém que nunca fez nada na vida...

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Após ter votado a lei de bases da segurança social, um deputado diz desconhecer as suas obrigações legais para com a segurança social.

Após ter passado anos a dar aulas de catequese, um catequista diz ter ficado com a ideia de que a obediência aos mandamentos era opcional.

Um cidadão passa cinco anos sem descontar para a segurança social. Depois chega a primeiro-ministro e manifesta grande preocupação com a sustentabilidade financeira da segurança social.

Um cidadão passa cinco anos sem tomar banho. Depois fica incomodado quando partilha o elevador com um vizinho que acabou de chegar do ginásio.

Um primeiro-ministro admite que cometeu irregularidades mas justifica-se dizendo que são irregularidades menores do que aquelas que o primeiro-ministro anterior é acusado de ter cometido.

Um aluno falha a entrega dos trabalhos de casa mas justifica-se dizendo que não procedeu tão mal como um aluno que, no ano anterior, tinha roubado a lancheira a outro menino. A professora lembra-lhe que o facto de outros terem cometido infracções maiores não o isenta de uma nota negativa. O aluno, mesmo sendo pequenino, compreende o argumento da professora.

Um primeiro-ministro apercebe-se, em 2012, que deve dinheiro ao Estado, mas acha que é mais oportuno fazer o pagamento apenas no fim do seu mandato, para não criar confusões. Ao mesmo tempo, o seu governo recorre a penhoras automáticas para executar mais rapidamente as dívidas fiscais.

Um verdugo apercebe-se, em 2012, que cometeu um delito parecido com os que são cometidos pelas pessoas que castiga com chibatadas. Passa a dar chibatadas com mais força, para transmitir a ideia de que a sua adesão à prática delituosa não significa que a aprove.

Um primeiro-ministro decide regularizar imediatamente a sua situação fiscal depois de perceber que o jornal Público descobriu aquilo que ele já sabe desde 2012. ?O ministro da segurança social considera a postura do primeiro-ministro muito digna.

Um criminoso decide confessar um crime cometido dez anos antes, e só depois de terem surgido provas absolutamente claras e indesmentíveis de que o cometeu. O seu advogado considera a postura do cliente muito digna.

Milhares de cidadãos falham o pagamento dos impostos na data estipulada e justificam-se dizendo que o jornal Público não teve a gentileza de os incentivar a saldar a dívida.

Um cidadão acumula dívidas e não recebe a respectiva notificação. O sistema que não o notifica durante cinco anos é o mesmo que não deixa passar cinco dias sem notificar os outros cidadãos devedores. O ministro da segurança social diz que o primeiro-ministro foi vítima de um erro do sistema.

Um cidadão ganha a lotaria. Os seus amigos dizem que foi vítima de um acaso da sorte

Ler mais: http://visao.sapo.pt/ideias-para-comedias=f813007#ixzz3UOl9EU3A

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Porque é que o desmentido da Segurança Social não é um desmentido

O Expresso reitera a informação e os valores que divulgou na edição de sábado e garante que os registos referidos foram gerados dentro do sistema da Segurança Social.

 

A Segurança Social desmentiu este sábado os documentos publicados pelo Expresso que davam conta das contribuições que Passos Coelho devia ter pago e que totalizavam mais de sete mil euros. Depois das declarações públicas de um responsável da Segurança Social, o Expresso reitera a informação e os valores que divulgou na edição de sábado e garante que os registos referidos foram gerados dentro do sistema da Segurança Social e com base no histórico real do primeiro-ministro. Passos Coelho foi, aliás, confrontado pelo Expresso em 2012 com esses mesmos documentos. Vamos aos factos:

 

- O Expresso noticiou este sábado que, em 2012, confrontou o primeiro-ministro com um "Documento para pagamento de contribuições/juros de mora", emitido pela Segurança Social a 26 de outubro de 2012 em nome Pedro Manuel Mamede Passos Coelho, em que o valor a pagar era de 7.534,82 euros, relativo a 58 meses em dívida, de novembro de 1999 a agosto de 2004. 

 

- A Segurança Social e o PSD vieram garantir este sábado que o documento, publicado pelo Expresso, não existe e que os dados constantes não coincidem com o número de identificação do documento. Mas tal como o Expresso escreveu, trata-se de uma simulação de nota de pagamento feita dentro do sistema informático da Segurança Social, com base nos dados reais do histórico de contribuições do primeiro-ministro. 

 

- De facto, o dito registo nunca chegou a ser emitido, como o Expresso sempre escreveu, mas os valores em que assenta são reais. Aliás, além da nota de cobrança, existe também um extrato, emitido na mesma data (e que Passos Coelho também viu em 2012 quando o Expresso lhe entregou cópia de todos os documentos), com a relação de todo o período em causa: 58 meses, entre novembro de 1999 e agosto de 2004. E diversos print screens retirados do sistema central da Segurança Social, com detalhe sobre a conta corrente do primeiro-ministro. 

 

- Em 2012, ao tomar conhecimento desses documentos, o primeiro-ministro contactou a Segurança Social e consultou a sua conta na Segurança Social Direta e obteve uma "declaração de não dívida". Foi essa declaração oficial que fez com que o Expresso tenha optado por não publicar nada na altura. 

 

A declaração de não dívida que Passos entregou ao Expresso

 

- Já este ano, quando confrontado pelo "Público" com a mesma informação, o primeiro-ministro decidiu pagar a dívida, explicando que tinha noção da sua existência desde 2012, mas que tinha decidido adiar o seu pagamento para quando deixasse o cargo de primeiro-ministro. 

 

- O primeiro-ministro alega que os serviços lhe apresentaram uma conta de 3.900 euros referentes aos anos de 2002 a 2004 e não de sete mil como refere o documento publicado pelo Expresso. 

 

- A diferença entre o valor cobrado a Passos e o valor total da dívida explica-se com problemas na centralização das bases de dados dos trabalhadores independentes. Criado em 2007, integrou apenas as dívidas a partir de 2002, excluindo, por defeito, as anteriores por estarem prescritas. Essa será a explicação da Segurança Social. Porém, esses outros dados não desapareceram - existem e estão no sistema. 

 

- A Segurança Social, bem como responsável que decidiu desmentir a notícia do Expresso, sabem bem a razão das divergências de valores: a dívida efetiva, e a única que o sistema processa automaticamente, é uma; as contribuições em falta são referentes a um período mais extenso.    

 

- Aliás, quando algum trabalhador acerta contas com a Segurança Social, pode pagar tudo o que tem em falta - e não apenas o que o sistema gera como dívida - fazendo prova dos rendimentos que auferiu no período em que, por qualquer razão, falhou os descontos obrigatórios. 

 

- Ao dizer que o documento publicado no Expresso é falso, a Segurança Social pretendeu confundir os portugueses, quando sabia que todos os valores citados são verdadeiros, que as parcelas e a conta de somar estão certas e se alguma coisa falhou nesta história toda foi a própria Segurança Social.

 

http://expresso.sapo.pt/porque-e-que-o-desmentido-da-seguranca-social-nao-e-um-desmentido=f914276

 

Vergonha.

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Director-geral da Autoridade Tributária demite-se

 

O director-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) apresentou nesta quarta-feira o seu pedido de demissão.

 

Maria Luís Albuquerque aceitou o pedido de António Brigas Afonso, revela o Ministério das Finanças (MF) em comunicado à imprensa.

 

A demissão de António Brigas Afonso acontece numa altura em que o MF ordenou à Inspecção-Geral de Finanças (IGF) a abertura de um inquéritosobre a alegada existência de uma lista de contribuintes na AT, mais conhecida por Lista de contribuintes VIP. 

No âmbito da mesma lista, que pretenderia proteger a consulta de dados fiscais de pessoas importantes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou esta segunda-feira que está a recolher informação.

 

A nota do ministério não adianta as razões para o pedido de demissão mas o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Paulo Ralha, em declarações à TSF, liga esta decisão de Brigas Afonso à alegada Lista VIP. Para Ralha, o director-geral foi surpreendido pela existência da mesma – "as provas vão-se acumulando e, se calhar, [brigas Afonso] chegou à conclusão que a lista existe. Esta é a nossa leitura". O sindicalista considera que o responsável foi "apanhado de surpresa".

 

Para Ralha, desde o momento em que foi nomeado até agora o "único facto" realmente relevante foi o da Lista VIP. Recorde-se que quando Brigas Afonso foi nomeado, o sindicato teceu rasgados elogios. Esta quarta-feira, Ralha declara que o director-geral "é uma pessoa que mostrou sempre grande frontalidade. Sempre transparente, directo e uma honestidade a toda a prova". Alguém com quem o sindicalista teve "prazer" em trabalhar.

 

O presidente do sindicato tem afirmado que a referida lista de contribuintes VIP foi comunicada pelo chefe de divisão dos serviços de auditoria da AT aos trabalhadores, numa acção de formação para 300 inspectores tributários.

 

A instauração de processos disciplinares a cerca de 140 funcionários da administração fiscal que terão acedido ao cadastro fiscal de determinados contribuintes, incluindo o primeiro-ministro, levou o STI a pedir aintervenção do Provedor de Justiça. Então, o STI referiu a coincidência dos processos disciplinares aos trabalhadores terem começado em Dezembro, depois das notícias sobre a situação fiscal do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

 

Recorde-se que a notícia de que teria sido criada a Lista VIP – que fariadisparar um alarme e perceber que funcionários estariam a consultar as informações fiscais de forma injustificada relativamente a alguns contribuintes conhecidos ou que ocupam cargos públicos – foi desmentida pelo próprio primeiro-ministro no início deste mês.

 

Brigas Afonso foi nomeado em Junho de 2014 para substituir José Azevedo Pereira e foi escolhido entre os então 12 subdirectores-gerais da instituição. Na altura era subdirector-geral da Área dos Impostos Especiais sobre o Consumo e Imposto Automóvel.

 

 

Listas VIP já fizeram a primeira baixa.

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Essa merda... Se vos contasse as histórias que conheço no nosso país (TMN) e nos países cujas operadoras que trabalho...

 

Desde números que "não existem", passando por grupos de números "vip"... :rolleyes:

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A gravação que trama o Fisco

Na sua edição de amanhã, a VISÃO revela a gravação que contraria a narrativa do Governo e do Fisco sobre a lista VIP. E adianta que os acessos ao cadastro fiscal do Presidente da República também foram investigados pelos serviços de auditoria. OIÇA JÁ EXCERTOS da intervenção de Vítor Lourenço, perante mais de 200 pessoas do Fisco e de vários ministérios, na qual explica como funciona o "pacote VIP".

Ler mais: http://visao.sapo.pt/a-gravacao-que-trama-o-fisco=f813677#ixzz3UkOtb1qG

 

As gravações estão no link acima.

 

Vai cair mais alguém? Prognósticos? ...

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Os nossos políticos estão cada vez mais queimados, será que nas próximas eleições vamos ter um recorde de abstenção, votos brancos, votos nulos,ou vai tudo a correr votar neles outra vez?

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Portugal já pagou 6,6 mil milhões de euros ao FMI
Ministério das Finanças confirma que pagamento já foi realizado. É o primeiro reembolso antecipado e faz parte da estratégia do Estado para poupar juros. 
 
O Estado português já reembolsou 6,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), confirmou ao Expresso fonte oficial das Finanças. A antecipação do pagamento tinha sido autorizada recentemente pelo Eurogrupo, cujos países são igualmente credores de Portugal através do fundo de resgate europeu, e visa reduzir os encargos com juros.
 
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou, entretanto, que o pagamento "foi executado em três datas (13, 16 e 18 de março) e representa 22% do empréstimo total do FMI a Portugal". A agência acrescenta ainda que "estes reembolsos correspondem às amortizações de capital que originalmente eram devidas entre novembro de 2015 e outubro de 2017".
 
O objetivo do IGCP é reembolsar mais 6000 milhões de euros em 2016 e 2000 milhões de euros em 2017. Dentro de dois anos, a concretizar-se esta estratégia, a dívida de Portugal ao FMI rondará 12 mil milhões de euros, ou seja, menos de metade do empréstimo original.
 
Esta amortização antecipada foi financiada através da utilização da almofada de liquidez do Estado (cerca de 4000 milhões de euros) e também da aceleração da emissão de Obrigações do Tesouro que estão, neste momento, a pagar taxas de juro em mínimos históricos.
 
Poupança de 500 milhões de euros
Com estes reembolsos antecipados, o Estado espera poupar 500 millhões de euros em juros durante os próximos 10 anos. Esta estratégia visa trocar dívida ao FMI, que nas tranches mais antigas (com mais de três anos) paga uma taxa a rondar 4%, por emissões a taxas que, neste momento, rondam 1,6% a 10 anos. 
 
O reembolso realizado esta semana, por si só, representa uma poupança anual em juro que poderá rondar 100 milhões de euros. O valor concreto dependerá do financiamento concreto que for usado para substituir o empréstimo do FMI.  

link

 

Hmmmmmm, um corte de 100M€ (500M€ no total?) na despesa.... 

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Empréstimos do FMI ficaram 1500 milhões de euros mais caros desde a saída da troika
Depreciação forte do euro nos últimos meses tornou os empréstimos feitos na moeda do FMI mais caros para o tesouro português.
 
Quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) entregou em Abril do ano passado a 11ª tranche do empréstimo a Portugal, pouco antes da saída da troika do país, aquilo que Portugal ficou a dever à instituição sedeada em Washington correspondia a 26.670 milhões de euros. Esta semana, antes das primeiras amortizações antecipadas do empréstimo, o valor total estava próximo de 30.400 milhões de euros.
 
O que explica esta diferença de mais de 3700 milhões de euros? A razão está na forte depreciação do euro face à maior parte das divisas internacionais, que tornou mais caro, em euros, o empréstimo que Portugal tem de pagar em SDR (a sigla em inglês para Direitos Especial de Saque, que é a moeda usada pelo FMI nos seus créditos).
 
Isto significa que, tendo em conta que cerca de 60% dos empréstimos cedidos pelo FMI a Portugal foram alvo de uma cobertura cambial (que protege o devedor do risco de variação do valor das moedas), o Estado português está, desde Abril até agora, a ter de registar um encargo adicional com dívida próximo dos 1500 milhões de euros, só por causa da perda do valor do euro nos mercados.
 
No final de Abril de 2014, o mês em que o FMI entregou pela última vez uma tranche do empréstimo a Portugal, eram precisos 1,12 euros para pagar uma dívida de um euro em SDR. Agora, ao câmbio de 12 de Março, o dia anterior à amortização antecipada de parte do empréstimo, são necessários 1,29 euros.
 
Os SDR são a moeda usada pelo FMI nas suas operações e resultam de um cabaz de divisas internacionais e que inclui, por exemplo, o dólar e o euro. Como a moeda europeia tem vindo a depreciar-se de forma muito acentuada face a outras divisas, especialmente o dólar, os SDR apreciaram-se quando comparados com o euro.
 
Para quem tem empréstimos em moedas estrangeiras, a depreciação do euro é um problema. É o caso do Estado com os empréstimos em SDR.
 
Nos boletins publicados mensalmente pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP é possível verificar que, no decorrer de 2014, o valor dos empréstimos em euros aumentou em 1747 milhões por causa da desvalorização cambial. Em Janeiro, o último para o qual o IGCP publica estes dados, o agravamento do empréstimo foi de mais 1233 milhões de euros.
 
Em Fevereiro e Março, a depreciação do euro continuou e até acentuou-se. Entre o final de Abril de 2014 e meados do presente mês de Março, a perda de valor euro face aos SDR foi de 14%, o que significa que o empréstimo ficou 3700 milhões de euros maior.
 
As perdas são potenciais porque é sempre possível que, antes da dívida ser paga, o euro se volte a apreciar. No entanto, esta semana, já se registaram perdas efectivas. O Tesouro amortizou antecipadamente 5108 milhões de SDR da dívida do FMI entre 13 e 18 de Março. Ao câmbio actual, isto corresponde a 6600 milhões de euros, mas quando a troika saiu de Portugal valiam 5700 milhões de euros.
 
A situação não é tão penalizadora para as contas públicas porque o Estado português se precaveu parcialmente contra o risco de câmbio associado a estas operações. Em declarações ao PÚBLICO, a presidente do IGCP explicou que, relativamente aos dados de 2014, o acréscimo da dívida de 1747 milhões de euros, acabou por representar um custo de 700 milhões de euros, o que significa que cerca de 60% da dívida portuguesa ao FMI tinha contratos de cobertura do risco cambial.
 
Este tipo de contratos é geralmente feito em todas as emissões de dívida em divisa estrangeira (foi o que aconteceu com a emissão em dólares feita em 2014), mas, no caso dos empréstimos do FMI, nem toda a dívida ficou protegida, porque o Estado não conseguiu contratar seguros em condições suficientemente favoráveis.
 
Para os principais indicadores da dívida, este encarecimento dos empréstimos do FMI têm um impacto significativo. No caso da dívida pública (na óptica de Maastricht), o efeito negativo é minimizado parcialmente pela existência das coberturas cambiais.
 
No caso do défice público, o valor contabilizado em contas nacionais, não leva em conta, no novo Sistema Europeu de Contas, os contratos de cobertura. Por isso, sempre que  Portugal paga juros ao FMI, o efeito da depreciação do euro reflecte-se integralmente na despesa.

 
:facepalm:
 
Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu..................................
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E não é que a lista VIP já foi confirmada? loles o Coelho e a Albuquerque são mesmo estúpidos crl, eu já não sei se é incompetência se é negligência se o que é, parece que andam mesmo à procura de lenha para se queimarem, estão-se completamente a cagar.

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E não é que a lista VIP já foi confirmada? loles o Coelho e a Albuquerque são mesmo estúpidos crl, eu já não sei se é incompetência se é negligência se o que é, parece que andam mesmo à procura de lenha para se queimarem, estão-se completamente a cagar.

 

eu tb gosto dos bitaites por bitaites (ainda por cima todos fundamentados, e explicar tudo e mais alguma coisa). Manda mais.... 

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