Jump to content

A crise do BES


Kubrick
 Share

Recommended Posts

Tópico para se ir seguindo as notícias relacionadas com a crise que o grupo BES e o BES em si mesmo estão a atravessar. Acho que a situação é grave demais para estar a ser debatida nos "desabafos" de ânimo leve. 

 

Conto com participações dos entendidos para tranquilizar, ou aconselhar os mais incautos ou desatentos. 

 

A história:

 

http://observador.pt/explicador/bes/

 

Algumas notícias recentes:

 

 
As acções do BES estão a afundar, mas essa desvalorização, por si só, não põe em causa a sua solidez. Os depósitos dos clientes estão a salvo. Mesmo que eventuais necessidades de capital ditem o recurso ao Estado.

Os depósitos dos clientes do BES estão seguros?

Os depósitos dos clientes do BES até 100 mil euros por titular estão seguros, uma vez que é este o valor protegido pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Acima deste valor também há razões para acreditar que o banco tem uma situação de solidez suficientemente confortável para dar segurança aos seus clientes. No limite, se a exposição do BES aos problemas financeiros do Grupo Espírito Santo causar problemas de capitalização ao banco, este poderá recorrer ao apoio do Estado. A linha de apoio público continua acessível e dispõe de 6.400 milhões.

 

Os clientes de retalho do BES que investiram em papel comercial do GES podem estar tranquilos?

Os clientes de retalho que investiram em papel comercial das empresas da área não financeira estão a salvo, isto porque o Espírito Santo Financial Group, que tem 25% do BES, foi obrigado pelo Banco de Portugal a registar uma provisão especial de 700 milhões. Este dinheiro será usado para pagar a estes investidores, caso as empresas que emitiram aqueles títulos não tenham condições para lhes devolver o valor investido.

 

E os trabalhadores?

Para já, apenas os trabalhadores que têm acções do BES estão a ser afectados pela desvalorização dos títulos. Os restantes estão a viver um momento conturbado que, por enquanto, não passa disso mesmo. Se a situação entrar nos cenários limite, por exemplo, com recurso ao apoio do Estado, pode haver necessidade de reduzir o quadro de pessoal ou cortar salários, como aconteceu no BCP, para garantir que o banco tem condições de viabilidade para devolver a ajuda pública.

 

Os contribuintes podem ser chamados a apoiar o banco?

Recusar o apoio do Estado tem sido uma das obsessões de Ricardo Salgado e da família Espírito Santo desde a chegada da troika. Os 1.045 milhões de euros que o BES conseguiu levantar, há um mês num aumento de capital privado funcionam como uma reserva adicional de solidez que pode ser útil caso o banco venha a sofrer a com exposição ao GES. Face ao alastrar da crise na área não financeira do GES, não se pode assegurar que os contribuintes não venham a ser chamados a ajudar o BES, através da injecção de fundos públicos no banco. Esse apoio será dado apenas ao banco, nunca à área não financeira, como tem sublinhado o primeiro-ministro.

 

A concessão de créditos pode ser afectada pela crise no GES?

Neste momento, devido ao maior escrutínio do Banco de Portugal, o banco estará a ser ainda mais cauteloso na concessão de crédito. No entanto, se no limite for necessário o apoio do Estado, haverá maior controlo na actividade central do BES.

 

Porque é que a queda das acções pode ser um problema?

A desvalorização das acções do BES é um problema, sobretudo, para os accionistas, cujo património diminui. No caso dos grandes investidores, como o ESFG, que tem 25%, e o Crédit Agricole (15%), o Bradesco (3,9%) e a PT (2,1%), a queda dos títulos pode mesmo obrigar ao registo de imparidades nas contas destas empresas, por forma a reconhecer a desvalorização destas participações. Também os investidores que tenham dado acções do BES como garantia de empréstimos poderão ser chamados a reforçar os colaterais apresentados, já que os títulos passarão a ser insuficientes para fazer face a um mesmo empréstimo.

 

Que efeitos têm as insuficiências detectadas no GES?

As insuficiências detectadas na área não financeira do GES estão a criar uma onda de desconfiança no mercado, devido à percepção de que as dificuldades de financiamento do grupo estão a aumentar. A preocupação dos investidores com o GES está a penalizar as acções do BES, apesar de este estar protegido contra o buraco das contas do GES.

 

   

JN

ESI e Rioforte ultimam pedidos de protecção contra credores. ESFG também poderá avançar com pedido. BES tem exposição de 1,2 mil milhões às ‘holdings’. PT terá de assumir perdas na Rioforte.

Os pedidos de protecção contra credores das principais ‘holdings' do Grupo Espírito Santo (GES) estão iminentes, devendo ter lugar nos próximos dias, para poderem avançar com a venda controlada de activos e com a reestruturação da sua dívida superior a sete mil milhões de euros, apurou o Diário Económico. Com o colapso do GES, a família Espírito Santo está em vias de perder o pouco poder que lhe restava no BES após a saída do líder histórico Ricardo Salgado, dado que esta participação deverá ser utilizada para compensar os credores.
Os pedidos de protecção contra credores da ESI e Rioforte serão determinantes para estimar as imparidades que o Banco Espírito Santo (BES), detido em 20% pelo ESFG, terá de registar devido a perdas com o crédito concedido a estas empresas. Também a Portugal Telecom, que investiu 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, terá de assumir perdas. Parte desta dívida da Rioforte vencia hoje e a PT não deverá ser reembolsada

 

 

 

Económico.

 

A crise que o Grupo Espírito Santo (GES) atravessa serviu de mote à chanceler alemã para alertar para os riscos de maior flexibilidade nas metas do défice e da dívida, que têm vindo a ser sugeridas por alguns países, nomeadamente França e Itália.

Durante uma campanha da União Democrata-Cristã (CDU) na cidade de Jena, na Alemanha, Angela Merkel avisou que a instabilidade causada pela crise no BES é reveladora das fragilidades do euro.

“Se nos afastarmos agora das regras, por exemplo ao nível do Pacto de Estabilidade e Crescimento, e de tudo o que fizemos para estabilizar o euro, podemos muito rapidamente entrar numa situação em que nos começamos a afundar”, afirmou a chanceler alemã, citada pela Bloomberg.

Merkel acrescentou, sem mencionar explicitamente o BES, que “o exemplo de um banco português mostrou-nos nos últimos dias como os mercados se agitam, como a incerteza volta rapidamente e como ainda é frágil a construção do euro”.

Na sexta-feira, a agência Moody's cortou o rating da dívida BES de Ba3 para B3 e o rating de depósitos de Ba3 para B2 por causa de "preocupações com a credibilidade do banco, que são acentuadas com a falta de transparência no estabelecimento de protecções (ring-fencing) contra quaisquer problemas que surjam na sua empresa holding ESFG ou em qualquer outra entidade do grupo".

Também a canadiana DBRS seguiu o mesmo caminho, baixando a notação financeiro do ESFG, que detém 25% do BES, de BBB- para B. A descida de cinco níveis foi explicada em comunicado pela agência com a existência de “preocupações significativas acerca da deterioração da situação financeira do grupo, com um elevado nível de incerteza em torno da extensão das exposições entre as empresas e as ligações a outras entidades do GES”. 

Os efeitos colaterais desta crise não se fazem sentir apenas na esfera do GES. Além dos impactos na PT, que tem sido castigada em bolsa pela aplicação de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte (que pertence ao grupo), outras entidades estão profundamente expostas a esta instabilidade. 

Tal como o PÚBLICO noticiou neste sábado, a Caixa Geral de Depósitos tem uma exposição de 300 milhões de euros a empresas do GES.

 

 

Publico

Edited by Kubrick
  • Like 1
Link to comment
Share on other sites

Com o dinheiro não se brinca, muito menos quando são poupanças de uma vida.

Se eu tivesse lá dinheiro, já o tinha metido noutro banco... Caguei se é parvoíce ou se não é situação para alarme, como muitos dizem.

 

Como disse, com o dinheiro não se brinca e eu não me parece boa política confiar despreocupadamente as poupanças de uma vida a um banco que aparentemente, está preso por arames.

  • Like 2
Link to comment
Share on other sites

Bom tópico :y: mais logo já vou ler tudo com muita atenção, estou particularmente interessado na Rioforte, ou se calhar nem vale a pena estar, essa já foi lol

Edited by Vasquinho da Anatomia
Link to comment
Share on other sites

A entrevista do noticiário da TVI foi elucidativa sobre o que vai acontecer... se as empresas do grupo nao declaram rapidamente a falência isto só vai piorar! Todos dizem que os depositantes não precisam de se preocupar, mas não percebo como um banco pode funcionar se der o estoiro completo das acções.

(falamos de um défice que poderá variar no GES de 5 a 10 MIL MILHOES de euros !!!!!)

Edited by ruit
Link to comment
Share on other sites

Não sabes o que dizes rev nem tu nem muita gente, imagina toda a gente tirava o dinheiro.

a seguir o Bes que é o banco com maior penetração empresarial, ia ao teu patrão e pedia a devolução da pasta, achas que a tua empresa se mantinha activa se fosse encostada à parede?

Kubrick o portal do cliente bancário tem lá o tempo, menos papaias mais leitura fazia bem

Ruit o problema das acções é maior para o accionista do que para a instituição em si, mas da mesma forma o BCP passou por algo semelhante em bolsa, muita gente perdeu, é o mercado, aqui o problema é quem detém as acções, quanto mais caírem mais o principal accionista se enterra, e esse é exactamente o principal problema por onde isto começa

  • Like 1
Link to comment
Share on other sites

Já eu prefiro jogar pela seguranca, embora saiba que não existe a 100% em lado nenhum.

é como eu, por caso não tenho conta no bes nem nunca tive, mas a minha irmã tem

se fosse eu já tinha mexido na guita e metia noutro banco, estando seguro até 100k ou não, se falir tou para ver quando a malta recebe o que lá tinha

Link to comment
Share on other sites

Eu acho que mais preocupados devem estar outros bancos/empresas/grupos que andaram a investir na Rioforte/BESI etc....esses sim podem ficar sem o dinheiro investido.

Para quem tem menos de 100 mil euros no BES o Fundo de Garantia de Depósitos assegura esse valor....atenção que é o valor em depositos, não em papel comercial ou ações ou aplicações de risco....ok...se acontecer alguma coisa poderá levar "algum" tempo para o reaver, mas acho que não ficam a arder....

Agora e sem fazer comparações (mas fazendo...) o BCP tambem teve uma "altura" conturbada e conseguiu se safar sem "muito" alarido....

De qualquer maneira quem tem dinheiro no BES faz o que quiser com ele...deixa ficar ou tira de la...isso é com cada um....

Link to comment
Share on other sites

Já eu prefiro jogar pela seguranca, embora saiba que não existe a 100% em lado nenhum.

Mas que segurança? se o Bes cai e começa a pedir reembolsos, 99% das empresas portuguesas não sobrevivem rev

Eu acho que mais preocupados devem estar outros bancos/empresas/grupos que andaram a investir na Rioforte/BESI etc....esses sim podem ficar sem o dinheiro investido.

Para quem tem menos de 100 mil euros no BES o Fundo de Garantia de Depósitos assegura esse valor....atenção que é o valor em depositos, não em papel comercial ou ações ou aplicações de risco....ok...se acontecer alguma coisa poderá levar "algum" tempo para o reaver, mas acho que não ficam a arder....

Agora e sem fazer comparações (mas fazendo...) o BCP tambem teve uma "altura" conturbada e conseguiu se safar sem "muito" alarido....

De qualquer maneira quem tem dinheiro no BES faz o que quiser com ele...deixa ficar ou tira de la...isso é com cada um....

Não leva tempo nenhum, a partir do momento que é solicitado reembolso o banco de Portugal tem 7 dias para devolver até 10.000, o resto para os 100 são 20 dias a contar do pedido

Link to comment
Share on other sites

Perks que exagero man... estamos a falar da m3rda do BES, não da Google.

 

Pois eu acho isso uma falta de respeito enorme pelos profissionais do BES que trabalham diariamente e dão a cara pelo banco, não têm culpa das asneiras que alguns Admins andaram a fazer (no Grupo e não no BES particularmente).

Desculpa mas já não é a primeira nem segunda vez que te "ouço" dizer isso. Menos sff, muito menos, de certeza que não gostavas de estar na posição de funcionário da instituição neste momento. ;)

 

B)

  • Like 2
Link to comment
Share on other sites

Create an account or sign in to comment

You need to be a member in order to leave a comment

Create an account

Sign up for a new account in our community. It's easy!

Register a new account

Sign in

Already have an account? Sign in here.

Sign In Now
 Share

  • Recently Browsing   0 members

    • No registered users viewing this page.
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.