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Crise na Venezuela


MotorBreath
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  • 3 months later...
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Divulgadas fotos de bebés a dormir em caixas de cartão num hospital da Venezuela

21.09.2016 às 19h51

Imagens de recém-nascidos terão sido captadas por funcionários hospitalares e foram depois partilhadas nas redes sociais pela oposição ao presidente Nicolás Maduro

 

A oposição ao regime de Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela, divulgou imagens de recém-nascidos a dormirem em caixas de cartão, no Hospital Dr. Domingo Guzmán Lander, na cidade de Barcelona, no estado de Anzoátegui.

As fotografias terão sido tiradas por pessoal médico do hospital e enviadas a membros do movimento oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD), que depois as partilharam em várias contas na rede social Twitter.

O diretor da MUD para os direitos humanos, Manuel Ferreira, um dos denunciantes, mostrou-se indignado com a falta de condições para os recém-nascidos, salientando que "as caixas não têm um nível de assepsia suficiente para assegurar que não há micróbios nem bactérias e expoem os bebés a doenças".

Através do responsável máximo pela Segurança Social, Carlos Rotondaro, o Governo "reconhece as falhas" e promete levar à justiça o funcionário que tirou as fotografias "sem autorização".

A escassez de incubadoras é apenas um dos muitos problemas com que se debatem os hospitais na Venezuela. Um estudo recente da Federação Farmacêutica da Venezuela concluiu que o material clínico disponível é 80% inferior ao necessário e o presidente da Federação Médica da Venezuela, Douglas Léon, garante que em alguns casos os hospitais só dispõem de "5% dos meios que precisam". Estima-se ainda que 13 mil profissionais da saúde emigram nos últimos quatro anos em busca de melhores condições de vida, acompanhando o fluxo migratório que tomou conta do país com a maior produção de petróleo do mundo.

http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2016-09-21-Divulgadas-fotos-de-bebes-a-dormir-em-caixas-de-cartao-num-hospital-da-Venezuela-1?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2016-09-22

Fdx, nem sei se ria se chore :facepalm:

 

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Venezuela: Helicóptero lançou explosivos contra a sede do Supremo Tribunal

28 jun 2017 08:53

 

Um helicóptero disparou e lançou, na terça-feira, explosivos contra a sede do Supremo Tribunal venezuelano, em Caracas, numa ação que o Presidente da Venezuela considerou ser um "ataque terrorista".

“Ativei todas as forças armadas para defender a ordem. Capturámos rapidamente o helicóptero e aqueles que realizaram este ataque terrorista”, declarou Nicolas Maduro.

O incidente ocorreu quando Maduro falava aos jornalistas, reunidos no palácio presidencial de Miraflores, numa cerimónia transmitida em direto pela televisão estatal.

O Presidente venezuelano afirmou que foi aberto fogo contra o tribunal a partir de um helicóptero, tendo sido lançada pelo menos uma granada, que não explodiu.

Um jornalista da agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) disse ter ouvido tiros, enquanto um helicóptero sobrevoava o centro da capital, mas não conseguiu confirmar a proveniência dos disparos.

Alguns relatos indicaram que o helicóptero, de cor azul, transportava um ‘banner’ antigovernamental e era alegadamente pilotado por um polícia que se autodeclarou em rebelião, num vídeo publicado nas redes sociais.

A agência noticiosa espanhola Efe disse tratar-se de um inspetor da polícia científica, que identificou como Oscar Perez.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/venezuela-helicoptero-lancou-explosivos-contra-a-sede-do-supremo-tribunal

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  • 2 weeks later...
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Venezuela: ataque ao Parlamento faz 13 feridos

05.07.2017 às 19h08

Caracas: o parlamento de Caracas foi atacado por apoiantes de Nicolás Maduro. Três deputados ficaram feridos.

Há três deputados feridos, mas o assalto ao parlamento feito por civis que apoiam Maduro fez pelo menos 13 feridos. O edifício está cercado: Deputados, funcionários e jornalistas estão retidos no interior

 

EXPRESSO

 

Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas hoje na sequência do ataque ao parlamento, em Caracas, por civis armados afetos ao regime, mantendo-se os deputados, funcionários e jornalistas fechados no edifício, que está cercado.

Três deputados figuram entre os feridos resultantes do ataque, que ocorreu durante uma sessão especial comemorativa do 206.º aniversário do Dia da Independência, entretanto suspensa.

O ataque foi precedido por uma visita do vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que, conjuntamente com vários membros do Governo venezuelano, e cerca de 300 de apoiantes, entrou no parlamento para realizar um ato no salão Elíptico, onde está a ata da Independência da Venezuela.

"Estamos nas instalações de um poder do Estado, sequestrado pela mesma oligarquia que traiu a Bolívar (Simón)", disse, num discurso em que defendeu a convocatória a uma Assembleia Constituinte feita pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

A visita de El Aissami foi feita sem informação prévia à mesa da Assembleia Nacional, onde a oposição é maioritária.

À saída as portas do parlamento ficaram abertas permitindo a entrada dos 'coletivos' [denominação por que são conhecidos os grupos de civis armados afetos ao regime] que lançaram engenhos explosivos e ameaçando sequestrar os deputados.

O jornal “El Pais” diz que dois dos feridos, são os deputados Américo De Grazia e Armando Armas.

 

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  • 2 weeks later...
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Oposição quer parar a Venezuela por 24 horas

 

Com as eleições para a assembleia constituinte marcadas para 30 de julho, teme-se uma escalada da violência. Federica Mogherini, Alta Comissária europeia para os Assuntos Externos, já condenou a posição de Nicolás Maduro.

Depois do referendo simbólico às eleições para a assembleia constituinte (com que o presidente venezuelano quer substituir o parlamento livremente eleito) a oposição a Nicolás Maduro ganhou novo fôlego e quer parar o país por 24 horas. Marcada para amanhã, mais esta prova de força da oposição pretende juntar-se a outras iniciativas que querem demonstrar a inconstitucionalidade da decisão de Maduro.

Externamente, essa tentativa já foi bem sucedida: o cerco diplomático está a apertar-se cada vez mais e a Venezuela é neste momento um país isolado. Até a União Europeia – costumeiramente muito parcimoniosa nas palavras condenatórias, principalmente se forem proferidas relativamente a uma região com laços históricos com a Europa, como é o caso – já veio condenar publicamente o regime de Maduro.

A italiana Federica Mogherini, Alta Comissária para os Assuntos Externos, disse ontem que Maduro está a perder a legitimidade e devia promover o diálogo com a oposição. O presidente venezuelano respondeu prontamente, recordando que já não se vive o tempo do colonialismo europeu – mas o certo é que, sendo a Europa um parceiro privilegiado de toda a América Latina, o regime chavista deixa paulatinamente de contar com o suporte vindo do outro lado do oceano.

O mesmo acontece por todo o lado. A Organização dos Estados Americanos (OEA) continua a reunir o maior número possível de países para avançar com uma reprimenda institucional ao regime venezuelano. Mas, segundo os analistas, essa questão (a do número de países que fazem maioria na OEA) já nem sequer é a mais importante: o que importa reter é que cada vez mais países latinos estão contra o regime de Maduro. México, Argentina, Brasil, Porto Rico, Panamá, Canadá e Perú estão na linha da frente, podendo promover, tal como a União Europeia, sanções económicas contra a Venezuela.

Entretanto, dentro de portas, Freddy Guevara, deputado e um dos mais destacados dirigentes da oposição concentrada na Mesa de Unidade Democrática (MUD), que apelou à espécie de greve convocada para amanhã, pediu aos venezuelanos que se mantivessem vigilantes contra qualquer iniciativa contrária que possa fazer regressar a violência às ruas.

Mas essa é uma vontade cada vez mais difícil de atingir. Nicolás Maduro já não se esconde atrás do anteriormente propagandeado desconhecimento das milícias armadas que têm espalhado a violência contra as manifestações da oposição e, recentemente, caraterizou-as como movimentos espontâneos de verdadeiros nacionalistas revolucionários.

Dito de outra forma, é quase impossível que a greve de amanhã não resulte em novos confrontos entre os dois lados das barricadas, uma vez que as posições estão cada vez mais extremadas. Para os analistas, estes próximos dias que vão até à data da eleição da constituinte serão particularmente perigosos em termos da proliferação da violência. Com o referendo marcado para 30 de julho, o país está definitivamente em estado de sítio.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/oposicao-quer-parar-a-venezuela-por-24-horas-186747

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1 hour ago, GODfromage said:

Eu fico parvo é como ainda há tanta gente a lutar pelo maduro. 

Parvo, porquê?

Tens cá mais que também acreditam. Devem ser é só 3-5% da população.

 

Lá eles já vivem há mais tempo no regime

Especialmente para quem era mesmo pobre, o regime ajudou bastante e são esses a sua base de apoio mais forte.

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2 hours ago, Kopien said:

Parvo, porquê?

Tens cá mais que também acreditam. Devem ser é só 3-5% da população.

 

Lá eles já vivem há mais tempo no regime

Especialmente para quem era mesmo pobre, o regime ajudou bastante e são esses a sua base de apoio mais forte.

Mas nos protestos a favor, que provocam confrontos não vês velhos. 

18 minutes ago, Vasco G said:

Eu fico parvo é como é que ainda não lhe limparam o sebo. O sacana tá maduro mas nunca mais cai. 

Ser mártir era o melhor que lhe podia acontecer. 

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  • 2 weeks later...
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Venezuela: Assembleia Constituinte será empossada num prazo de 24 a 72 horas, diz Governo

O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) anunciou que a Assembleia Constituinte vai ser empossada num prazo de 24 a 72 horas.

"A Assembleia Constituinte é um facto e vai ser empossada no prazo máximo de 72 horas. Mas poderá acontecer em 24" horas, disse Diosdalo Cabello aos jornalistas.

A cerimónia vai decorrer no Palácio Federal Legislativo, sede da Assembleia Nacional (parlamento), onde a oposição detém a maioria desde janeiro de 2016.

O "número dois" do "chavismo" [referência ao Presidente da Venezuela Hugo Chávez, que morreu em 2013], Cabello elogiou a participação dos venezuelanos nas eleições de domingo, onde apenas foram eleitos candidatos do "chavismo" à Assembleia Constituinte.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou hoje que 8.089.320 pessoas votaram, no domingo, nas eleições para a Assembleia Constituinte, promovida pelo Presidente Nicolas Maduro.

O Ministério Público venezuelano indicou que pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral, boicotada pela oposição.

"Gostávamos que a direita tivesse participado" na eleição, frisou o vice-presidente do PSUV.

Diosdallo Cabello anunciou que vão ser recolocados. em todos os espaços do parlamento, quadros de Simón Bolívar [político venezuelano que teve um papel importante na independência de vários países da América Latina] e de Hugo Chávez, retirados pela oposição quando obteve a maioria parlamentar.

Atualmente, a Assembleia Nacional tem sido uma das instituições mais críticas do "chavismo", estando em conflito com o Supremo Tribunal de Justiça, que a acusa de desobedecer a várias sentenças.

A convocatória para a eleição dos 545 membros da Assembleia Nacional Constituinte foi feita a 01 de maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.

A oposição venezuelana, que decidiu não participar nas eleições, acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.

Mais de cem pessoas foram mortas nos protestos anti-governamentais que têm agitado a Venezuela desde o passado dia 1 de abril.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/venezuela-assembleia-constituinte-sera-empossada-num-prazo-de-24-a-72-horas-diz-governo

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Maduro inicia perseguições a quem não votou na constituinte

António Freitas de Sousa

07:10

Ontem, dois líderes da oposição foram presos. A procuradora geral Luisa Ortega Díaz pode pedir ajuda internacional para lidar com o pós-eleições da constituinte. Entretanto, a União Europeia ainda não conseguiu concluir a sua declaração conjunta.

Tal como muitos analistas esperavam, o governo venezuelano de Nicolás Maduro está a iniciar a perseguição a quem não vou nas eleições de domingo, que culminaram na nova assembleia nacional constituinte, que hoje mesmo tomará posse.

Segundo relata o jornal ‘El Impulso’, alguns venezuelanos que faziam parte de um programa governamental de auxílio aos mais desfavorecidos, gerido no terreno pelos Comités Locais para a Alimentação e Produção (CLAP), estavam obrigados a participarem nas eleições de domingo; como não o terão feito, pelo menos 17 pessoas referenciadas numa das bases da CLAP foram impedidas de aceder à ajuda que vinham recebendo.

O jornal refere que as pessoas receberam uma mensagem no domingo, que informava que a participação no ato eleitoral era obrigatória para comprarem os produtos disponibilizados por aquele organismo. A coordenadora do programa estadual em determinada região (Chirgua), Luisa Isabel Rojas, citada pelo jornal, confirmou a obrigação e disse que os direitos também têm um dever: “não dissemos em quem votar, apenas dissemos para irem votar. Votar é um dever”.

Entretanto, dois dos principais opositores ao regime de Maduro, o ex-presidente da câmara de Caracas, António Ladezma, e Leopoldo López, ambos detidos em prisão domiciliária, foram ontem levados para parte incerta pela polícia secreta – possivelmente para a prisão de Ramo Verde, segundo fontes da oposição.

Juan Carlos Gutiérrez, advogado do coordenador nacional e fundador do partido Voluntad Popular, Leopoldo López (também ele ex-autarca) denunciou que a prisão não teve qualquer justificação e que o procedimento se realizou sem ordem judicial.

Perante o evoluir da situação, a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, disse ontem que está a preparar uma investigação penal para apurar os procedimentos que estão na base da atuação do regime depois de domingo passado. Mas a procuradora não parece ter grandes esperanças na eficácia da investigação, uma vez que afirmou que pode ter de vir “a pedir ajuda a instâncias internacionais”, se o clima interno da Venezuela continuar a ser de ditadura.

Os Estados Unidos, por seu lado, anunciaram o congelamento de todos os bens de Nicolás Maduro sob jurisdição norte-americana e avançaram com a proibição de que qualquer pessoa com a nacionalidade dos Estados Unidos negoceie com o chefe do regime de Caracas.

Por seu lado, e até ao fecho desta edição, ainda não era conhecido o teor da declaração conjunta da União Europeia sobre as eleições de domingo na Venezuela. Recorde-se que, na segunda-feira, uma porta-voz da Comissão tinha revelado que a União Europeia tinha muitas reservas face ao desfecho do ato eleitoral e que a comissária das Relações Externas, Federica Mogherini, estava a preparar uma declaração conjunta sobre a matéria.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/maduro-inicia-perseguicoes-a-quem-nao-votou-na-constituinte-193803

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Dois mortos e oito feridos em ataque a base militar na Venezuela

7 ago 2017 08:35

 

Uma base militar foi ontem atacada na Venezuela, tendo provocado dois mortos e oito feridos. Presidente e forças armadas falam de um ataque terrorista e paramilitar, mas a oposição pede que se conte "a verdade" e que não haja "caça às bruxas".

Um grupo de pessoas armadas atacou ontem uma base militar no norte da Venezuela, na cidade de Valencia que fica a 180 quilómetros da capital do país, Caracas. Um primeiro balanço realizado pelo comandante do Exército, o general Jesús Suárez Chourio, deu conta da existência de um morto e de um ferido, ambos parte do grupo que atacou a base, mas posteriormente o presidente da Venezuela apresentou novo ponto de situação com dois mortos e oito feridos. "Dois foram abatidos pelo fogo leal à pátria, um está ferido. Destes 10 atacantes que ficaram nas instalações de Paramacay, nove são civis e um é um tenente desertor há meses, que tinha dado baixa (foi reformado)", assegurou o presidente no seu programa dominical de TV.

Segundo o governo, o ataque foi realizado por um grupo de civis e um tenente desertor que, usando uniformes militares, atacaram na madrugada de domingo um forte militar, tendo sido neutralizados. Sete atacantes foram capturados."Um grupo de paramilitares aproveitou as condições do momento e atacou, mas foi imediatamente repelido, foram derrotados e aqui estamos a festejar o triunfo da pátria em paz", disse  o general Jesús Suárez Chourio, que participou da tentativa frustrada de golpe de 1992 ao lado de Hugo Chávez, de quem foi chefe de segurança quando chegou à presidência da Venezuela.

"Aqui houve uma insurgência da pátria em 4 de fevereiro, há 25 anos e meio, mas hoje o que houve foi um ataque terrorista, paramilitar, mercenário, pago pela direita e pelos seus colaboradores, pago pelo império americano", sublinhou o general. Os militares venezuelanos expressaram sua "lealdade absoluta" a Maduro e à revolução fundada por Chávez, morto em 2013.

Segundo Nicolás Maduro, o militar que integrou o grupo de atacantes à base "está a colaborar ativamente com informação" e também foram obtidos "os testemunhos dos sete civis". Maduro informou que "uns 20 mercenários" entraram às 03h50 locais, "surpreenderam a segurança e dirigiram-se diretamente aos parques de armas". Após a voz de alerta - "em questão de minutos" - os soldados e oficiais reagiram e responderam com fogo num combate que durou até as oito da manhã e, disse Maduro, "fizeram os atacantes fugir".

O incidente foi divulgado depois da difusão nas redes sociais e em vários veículos de comunicação de um vídeo gravado supostamente na 41ª brigada, em que um homem que se apresenta como um capitão, se declara em "rebeldia" contra Maduro e exige um "governo detransição".Em Valencia, a situação era tensa. Helicópteros sobrevoavam os arredores da base e militares patrulhavam a área com tanques e armas longas, segundo comprovou uma equipa da AFP.

Após o ataque, dezenas de pessoas ergueram barricadas nas proximidades de Valencia, onde depositaram troncos de árvores e queimaram lixo, enfrentando-se com militares da Guarda Nacional que os dispersaram com bombas de gás lacrimogéneo e projéteis de chumbo.

 "Queremos saber a verdade, que não venham com historinhas"

O presidente do Parlamento venezuelano, Julio Borges, exigiu que o governo de Nicolás Maduro diga "a verdade" sobre o suposto ataque terrorista deste domingo. "Queremos saber a verdade, que não venham com historinhas, com uma caça às bruxas, que não venham nos culpar", disse Borges, líder da maioria opositora num evento universitário.

O Ministério de Defensa informou que sete atacantes foram capturados e que a incursão do tipo "paramilitar" teria sido realizada por "integrantes da extrema-direita venezuelana em conexão com governos estrangeiros". Julio Borges afirmou que os acontecimentos devem "levar a uma reflexão profunda do governo" e que "é muito claro: a Força Armada é um espelho de um país que não quer mudar".

Os militares expressaram sua "lealdade absoluta" a Maduro, apesar de a oposição continuamente pedir que eles retirem seu apoio e "se coloquem ao lado da Constituição". Borges concordou, no evento, com Luisa Ortega, procuradora-geral destituída pela Assembleia Constituinte de Maduro, com quem rompeu há quatro meses."Estou consciente de que a instalação da assembleia para muitos é uma espécie de golpe", mas "cada passo da Constituinte é um passo ao precipício para esse governo", afirmou o deputado."A única coisa que resta é a força bruta, não é um governo forte, é um governo podre, caído, que só quer se agarrar ao poder. O que devemos fazer? Continuar nas ruas, será uma luta difícil, mas, ao fim, a dignidade do povo vai prevalecer", garantiu.

"Estamos diante de um poder de facto, aqui não há governo"

Luisa Ortega voltou, por seu lado, a não reconhecer a sua destituição como procuradora-geral da Venezuela por parte da Assembleia Constituinte, que, segundo ela, é o "poder de facto" que governa o país agora."Eu desconheço essa remoção, continuo sendo a procuradora-geral deste país", disse, um dia após ser destituída pela Constituinte do presidente Nicolás Maduro, com quem rompeu há quatro meses.

A procuradora insistiu que a assembleia que no sábado iniciou os trabalhos e a retirou do cargo é "ilegítima e inconstitucional"."Estamos diante de um poder de facto, aqui não há governo. Quem ocupa ilegalmente o poder é essa Assembleia Nacional Constituinte presidencial", sublinhou Ortega, que integra há anos o grupo chavista.

A decisão de destituí-la, afirmou, que teve alto repúdio internacional, foi uma "ordem do Executivo"."O que a Constituinte está a fazer é perseguir; foi convocada ilegalmente. A eleição também foi, a participação foi muito pequena e as poucas pessoas que compareceram, o fizeram obrigadas", acrescentou, assegurando que o Ministério Público recebeu denúncias de instituições públicas que obrigaram seus funcionários a votar.

Os mais de 500 integrantes da Constituinte, instituída na sexta-feira, foram eleitos com mais de oito milhões de votos, segundo o poder eleitoral, mas a oposição não a reconhece e denuncia que é uma fraude para instaurar uma "ditadura comunista".

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/dois-mortos-e-oito-feridos-em-ataque-a-base-militar-na-venezuela

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Forças Armadas: um poderoso ator político e económico na Venezuela

7 ago 2017 08:48

 

As Forças Armadas venezuelanas - Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), como se denomina oficialmente -  têm amplo poder, tanto no gabinete do presidente Nicolás Maduro, quanto em setores estratégicos, como o petróleo, e estão dotadas de armamento russo e chinês, que inclui aviões Sukhoi, mísseis e tanques.

A FANB declara-se "chavista, nacionalista e anti-imperialista" e a sua cúpula jura "lealdade absoluta e incondicional" a Maduro.Conta com 365.315 efetivos (terreste, naval, aéreo, guarda nacional, reserva) - quase a mesma quantidade que o Brasil, que tem 366.614 -, segundo a Rede de Segurança e Defesa da América Latina, um centro de análise sobre o tema, formado por especialistas da região.

Em 2006, os Estados Unidos proibiram a venda e a transferência de armamento e tecnologia militar norte-americana para a Venezuela, razão pela qual o governo do então presidente, Hugo Chávez (1999-2013), recorreu a novos "aliados estratégicos": Rússia e China.

A ONG Control Ciudadano, que monitora a atividade militar, adverte que embora os acordos militares sejam confidenciais, comprovou-se que a Rússia forneceu à Venezuela fuzis, lança-foguetes antitanques, blindados, tanques de guerra, veículos de combate de infantaria, artilharia, sistemas de defesa antiaérea, aviões de combate, helicópteros e mísseis.

A China, por sua vez, dotou a Venezuela de equipamentos de comunicação, uniformes militares, dispositivos antimotins, radares, blindados, bem como aviões e helicópteros.

Dos 32 ministros no gabinete, doze são militares: dez no activo e dois da reserva. No governo de Maduro, a participação militar aumentou de 25% em 2014 para 37,5% em junho passado, segundo a Control Ciudadano.

As Forças Armadas são comandadas pelo general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, e pelo general Remigio Ceballos, comandante Estratégico Operacional. Padrino López é um tipo de "superministro", a quem os demais membros do gabinete devem prestar contas, segundo o disposto por Maduro em 2016.

Também estão em poder dos militares os ministérios da Presidência, Interior e Justiça, Alimentação, Agricultura e Terras, Pesca e Aquicultura, Transportes, Habitação, Energia Elétrica, Obras Públicas, Fronteiras, Eco-socialismo e Águas. Quase todas pastas relevantes.

A oposição responsabiliza o coronel na reserva Rodolfo Marco Torres, ministro de Alimentação, pela escassez de alimentos básicos. O ministro da Habitação, general Manuel Quevedo, lidera um dos programas bandeira do governo, no âmbito do qual foram entregues, segundo Maduro, 1,7 milhão de apartamentos subsidiados.

A oposição critica a ampla participação dos militares no governo e sua "politização". "O pior erro que Chávez cometeu foi ter tirado os militares dos quartéis. Quem vai mandá-los de volta?", disse o deputado e ex-presidente do Parlamento, Henry Ramos Allup.

Um canal de televisão, um banco, um construtor automóvel e uma empreiteira são algumas das empresas controladas pelos militares venezuelanos, que somaram à lista no ano passado a Companhia Anónima Militar de Indústrias Mineiras, Petrolíferas e de Gás (Camimpeg). Esta indústria cumpre tarefas similares às da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), como seja reabilitar e manter poços, e vender e distribuir produtos da indústria mineradora, petroquímica, petroleira e gasífera. A Camimpeg é o coração do "motor industrial militar", uma das propostas de Maduro para enfrentar o que considera uma "guerra económica" da oposição e de empresários para desestabilizar seu governo.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/forcas-armadas-um-poderoso-ator-politico-e-economico-na-venezuela

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  • 2 weeks later...
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Crise na Venezuela. Animais roubados de zoo para servirem de alimento

17 ago, 2017 - 00:39

Até agora, foram roubados animais de dez espécies, incluindo um búfalo. São retalhados por criminosos e vendidos para alimentação, refere o director do jardim zoológico de Zulia.

Animais de um jardim zoológico na Venezuela terão sido roubados para consumo humano, um reflexo da grave crise económica que assola um país onde há fome e falta de alimentos nas prateleiras dos supermercados.

Dois pecaris, uma espécie de porco selvagem da América, foram levados do parque zoológico de Zulia, na cidade de Maracaibo, na região Oeste do país, junto à fronteira com a Colômbia, avançam as autoridades que estão a investigar o caso.

“Presumimos que foram levados com a intenção de alguém os comer”, admitiu aos jornalistas Luis Morales, da Polícia Nacional venezuelana.

O director do zoo, Leonardo Nunez, adianta que a onda de assaltos começou há várias semanas.

Até agora, foram roubados vários animais de dez espécies, incluindo um búfalo. Os animais são retalhados por criminosos e vendidos para alimentação, refere Leonardo Nunez.

“Eles levam tudo aqui. Os animais foram roubados para serem comidos”, lamentou o director do jardim zoológico de Zulia.

De acordo com Mauricio Castillo, um antigo responsável do parque, os ladrões também capturaram duas antas, um animal selvagem que se encontra em perigo de extinção.

Mas este não é o único problema que os jardins zoológicos da Venezuela têm que enfrentar. A grave crise que assola o país deixou os parques sem alimentos suficientes para os animais. Cerca de metade dos animais dos zoos de Caracas morreram no último ano, segundo uma fonte citada pela agência Reuters.

O Governo de Nicolás Maduro nega tudo. Garante que os animais são tratados “como família” e não passam fome.

http://rr.sapo.pt/noticia/91289/crise_na_venezuela_animais_roubados_de_zoo_para_servirem_de_alimento?utm_source=rss

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