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Conflito na Ucrânia


Pablo Empanada
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Disseram-me que a forma que os protestantes arranjaram para romper o cordão policial foi aparecer na linha da frente com um buldozer em direcção aos agentes.

Não encontro vídeo disso, só da máquina já parada. Alguém arranja?


EDIT:

http://www.youtube.com/watch?v=MeyRf3dVAOc

A partir do 1:30, reparem no gajo deitado ao lado do lancil do passeio. Quantos lá vão molhar o bico.

Aos 3:10, é o verdadeiro headshoot.

Edited by GODfromage
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Não sei o que se passou ao certo, mas independentemente do que tenha sido, esse vídeo mostra violência gratuita e excessiva por parte da polícia...

Aos 4:25 os gajos apanham do nada, partem-lhes os telemóveis (?) e continuam a bater só porque sim...

Há bófias que chegam ao pé do gajo no chão e arreiam, sem saber de onde ele vem ou o que ele fez...

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É bom que seja "serious buniseness", porque o que está em cima da mesa é extremamente importante para a Ucrânia e não só.

O povo quer uma maior aproximação do país à União Europeia e para aí é que as políticas estavam direcionadas. Mas de repente vem Moscovo meter o nariz, com chantagens à mistura, para trazer mais influência (de novo) naquela região.

Estou completamente solidário com a população da Ucrânia, que luta por um país sem corrupção e sem a mão pesada de Moscovo a pairar sobre as cabeças deles.

Se conseguirem inverter novamente as políticas do governo, é uma grande vitória.

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É bom que seja "serious buniseness", porque o que está em cima da mesa é extremamente importante para a Ucrânia e não só.

O povo quer uma maior aproximação do país à União Europeia e para aí é que as políticas estavam direcionadas. Mas de repente vem Moscovo meter o nariz, com chantagens à mistura, para trazer mais influência (de novo) naquela região.

Estou completamente solidário com a população da Ucrânia, que luta por um país sem corrupção e sem a mão pesada de Moscovo a pairar sobre as cabeças deles.

Se conseguirem inverter novamente as políticas do governo, é uma grande vitória.

Deixa lá que na União Europeia não existe corrupção nem nada disso... Basta ver o estado em que todos estamos.

Seja como for, o povo é que manda, e se o povo quer a União Europeia, assim seja. (Só em Portugal é que o povo não manda).

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É bom que seja "serious buniseness", porque o que está em cima da mesa é extremamente importante para a Ucrânia e não só.

O povo quer uma maior aproximação do país à União Europeia e para aí é que as políticas estavam direcionadas. Mas de repente vem Moscovo meter o nariz, com chantagens à mistura, para trazer mais influência (de novo) naquela região.

Estou completamente solidário com a população da Ucrânia, que luta por um país sem corrupção e sem a mão pesada de Moscovo a pairar sobre as cabeças deles.

Se conseguirem inverter novamente as políticas do governo, é uma grande vitória.

Deixa lá que na União Europeia não existe corrupção nem nada disso... Basta ver o estado em que todos estamos.

Seja como for, o povo é que manda, e se o povo quer a União Europeia, assim seja. (Só em Portugal é que o povo não manda).

Penso que nesta questão o que está em jogo é o preço do gás natural que a europa importa da rússia e cujo gasoduto passa pela ucrânia adentro. Se a ucrânia estrebuchar muito, a russia corta-lhes o abastecimento, como já fez uma vez. A russia chatageou a dizer que baixava o preço do gás, se o presidente recusasse assinar tratado comercial com a UE, ou seja, garantir que Ucrania continua cliente da Russia,

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DOMINGO, DEZEMBRO 01, 2013

A Ucrânia às portas da guerra civil

O fim de semana ficou marcado por confrontos entre a oposição ucraniana pró-europeia e a polícia, que já provocou dezenas de feridos entre manifestantes e agentes de segurança, entre os quais alguns se encontram em estado grave.

Os manifestantes ocuparam a Câmara de Kiev e tentaram ocupar a presidência, tendo sido travados pela polícia de choque. A oposição pró-europeia acusa provocadores de terem dado início aos incidentes para levar a polícia de choque a reagir com violência. Victor Ianukovitch, Presidente da Ucrânia, encontra-se na sua residência oficial dos arredores de Kiev, para onde se dirigem centenas de manifestantes. No centro da capital ucraniana, manifestam-se mais de 200 mil pessoas, que exigem a demissão do Presidente, do governo, bem como a assinatura do Acordo de Parceria com a União Europeia.

Recordo que, durante a “revolução laranja” de 2004-2005, não foi derramado sangue, não obstante, então, estar em jogo uma falsificação em massa das eleições presidenciais por parte de Victor Ianukovitch. Os ucranianos conseguiram resolver as divergências entre eles e, naquela altura, as forças pró-Europa conseguiram vencer depois da repetição das eleições presidenciais.

Mas os pró-Rússia não baixaram os braços e, também devido à incompetência, corrupção, entre outros factores, desforraram-se nas eleições presidenciais seguintes, com a eleição de Ianukovitch.

Este político e a sua equipa tentaram tirar proveito da luta entre a Rússia e a UE em torno da Ucrânia, mas, quando chegou a hora da definição, o dirigente ucraniano “vendeu a alma” a quem promete mais.

Os protestos do fim de semana visam protestar contra o facto de Victor Ianukovitch se ter recusado a assinar o Acordo de Parceria com a União Europeia na sexta-feira e a falta de diálogo entre o poder e a oposição sobre este problema.

Além disso, este problema é agravado pelo facto de o futuro da Ucrânia estar a ser resolvido através do prisma da Guerra Fria e da Geopolítica clássica, ou seja, numa luta por “zonas de influência”, pela criação ou manutenção de “zonas-tampão”, com o emprego de termos como a “teoria da anaconda”, etc.

Nesta situação e seguindo esses conceitos, os presidentes da Ucrânia e da Rússia, Victor Ianukovitch e Vladimir Putin, propuseram que o futuro da Ucrânia seja resolvido entre Moscovo, Kiev e Bruxelas.

Porém, esta proposta não agrada à oposição ucraniana, pois vê nisso uma forma de retirar a soberania ao país, um perigo de que a Ucrânia se transforme numa vítima de pactos secretos do tipo do pacto “Molotov-Ribbentrop”, assinado entre a URSS comunista e a Alemanha nazi em 1939.

Nas palavras, a União Europeia discorda dessa proposta e quer deixar aos ucraniano o direito de optar pela UE ou pela União Alfandegária, constituída pela Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão. Porém, no interior da UE, como acontece cada vez mais frequentemente, há opiniões diferentes face à “política de chantagem” da Rússia. Se países como a Polónia e a Lituânia exigiram, na “Cimeira do Leste”, a aprovação de um documento com fortes críticas à Rússia, a chanceler alemã Angela Merkel pede maior contenção e propõe um encontro com Putin “para esclarecer todos os equívocos.

Resumindo, Bruxelas pode não tomar uma posição unânime de apoio claro à oposição ucraniana e de condenação da política de Moscovo no antigo espaço soviético. Os interesses económicos e financeiros parecem continuar a prevalecer, tanto mais em período de crise, quando cada país da UE tenta salvar-se como pode. Como tem vindo a acontecer, a Alemanha não quer perder um dos seus maiores parceiros comerciais: a Rússia.

O desfecho da luta entre a Rússia e a UE em torno da Ucrânia será muito importante não só para os destinos da Europa, mas para as relações internacionais em geral. A vitória alcançada por Moscovo ao travar a aproximação de Kiev em relação a Bruxelas é, talvez, a maior humilhação na política externa da União Europeia. Porém, a grave crise que afecta a UE não permite acreditar que Bruxelas, no mínimo, equilibre as coisas.

A social ucraniana está dividida a meio e o agravamento da crise na Ucrânia torna cada vez mais real o cenário da sua desintegração.

TERÇA-FEIRA, DEZEMBRO 03, 2013

Parlamento da Ucrânia derrota moção de confiança ao governo ucraniano

O primeiro-ministro, Mikola Azarov, foi à Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia tentar convencer os deputados a não apoiarem a exigência de demissão do seu governo, apresentada pela oposição.

Azarov fez algumas promessas para tentar “pôr água na fervura”. Primeiro, anunciou que, na próxima semana, serão reatadas as conversações com a União Europeia a fim de analisar a questão das compensações a Kiev pelas perdas que a economia ucraniana sofrerá depois de assinar o Acordo de Associação com a UE. Segundo ele, Durão Barroso teria dito, na véspera, que Bruxelas estava de acordo em analisar essa questão.

Além disso, o primeiro-ministro ucraniano, prometeu fazer alterações no seu governo, prevendo-se que um dos primeiros membros a ser substituído será o Ministro do Interior, devido à acção violenta da polícia de choque contra os manifestantes da oposição durante o fim de semana.

O Parlamento, como era previsível, não apoiou a moção de censura, porque a oposição e o Partido Comunista da Ucrânia não chegaram a acordo sobre uma moção comum. Ou melhor, o presidente da Rada não permitiu que o projecto do PCU fosse a votos e colocou à votação a moção de censura da oposição pró-europeia, que não recebeu os votos dos comunistas. A oposição pró-ocidental afirma que teria apoiado a moção comunista se ela fosse a votos, o que permitiria formar uma maioria contra o governo.

O PCU está claramente contra a aproximação da Ucrânia em relação à Europa e é completamente a favor da integração do país no Tratado Aduaneiro, constituído por Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão, mas discorda da forma como Azarov e Ianukovitch geriram todos estes processos.

A oposição precisava do apoio de 226 deputados para ver a sua moção aprovada, mas receberam apenas 186, porque os comunistas se juntaram ao Partido das Regiões, principal força de apoio de Ianukovitch no Parlamento, e chumbaram esse documento.

A oposição pró-europeia apelou aos seus apoiantes a cercarem o edifício da Administração do Presidente para exigir a demissão dele e da Rada Suprema. Arseni Iatzniuk, um dos principais líderes da oposição, declarou que Ianukovitch se encontra lá e que só partirá para a China amanhã e não hoje, como fora anunciado.

Além disso, é de salientar que manifestantes da oposição impedem o funcionamento do governo, pois bloquearam todos os ministérios.

Mikola Azarov prometeu que, amanhã, irá realizar-se uma reunião do gabinete de ministro no edifício do governo e ameaçou recorrer à força se o edifício continuar a ser bloqueado.

“Vós tendes advogados inteligentes, estes compreendem que vós violais não só a Constituição, mas também o Código Penal. Estamos abertos ao diálogo. Estamos prontos a conversar com os manifestantes... Nós estendemo-vos a mão. Se nos mostrarem o punho, garanto que temos força suficiente”, ameaçou ele.

Por enquanto, a situação continua instável e indefinida, sendo difícil prever como irá desenvolver-se. Uma coisa é certa: se o poder recorrer uma vez mais às forças policiais, a situação poderá tornar-se incontrolável.

José Milhazes

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O presidente já veio dizer qualquer coisa como: "antes uma paz forçada do que uma guerra indesejada".

Uma coisa é certa, a posição dele como líder do país (sem ser pela força) tem os dias contados. Se voltar atrás, a população apoia-o, mas a Rússia corta-lhe as pernas. Se mantiver a decisão, a população trata-lhe da saúde.

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Antes estes que os Turcos.

Nem de propósito, a minha esposa esteve lá uma semana, há quinze dias. Veio de lá com uma ideia completamente diferente da que tinha e, pelo que viu, nós é que somos os ignorantes e selvagens, comparando com eles, em alguns aspectos...

Oxalá isto não acabe mal, mas...

Pelo fim da influência e hegemonia russa na região, estou com eles!

O Putin corta-lhes o gás, eles começam a morrer de frio e não escapam ao poder de Moscovo. Enquanto a UE não lhes fornecer petróleo e instalações a preços competitivos, os ucranianos estão e estarão sempre dependentes de Moscovo...

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