Jump to content

Notícias Variadas sobre Temas em Geral


GODfromage
 Share

Recommended Posts

Quote

Moscovo: Tiroteio em tribunal faz pelo menos três mortos e vários feridos

1 ago 2017 14:22

 

Três membros de um grupo de assaltantes de automobilistas considerado perigoso foram hoje mortos e dois outros feridos durante uma tentativa de evasão de um tribunal perto de Moscovo, onde estavam a ser julgados, anunciou a polícia russa.

Pelo menos três pessoas morreram esta terça-feira, vítimas dum tiroteio, no Tribunal Regional de Moscovo, na Rússia, de acordo com a BBC, que cita a agência TASS.

Indiciados por “banditismo”, os cinco homens “atacaram os polícias no elevador” do tribunal da região de Moscovo e “tentaram apoderar-se das suas armas”, indica o comunicado policial, ao precisar que três assaltantes foram mortos e dois outros feridos.

Segundo a mesma fonte, um membro da Guarda nacional e dois polícias também ficaram feridos.

O Comité de investigação da Rússia precisou no entanto que um dos arguidos tentou estrangular um dos dois guardas que os acompanhavam no elevador e conseguiram escapar após se terem apoderado das armas dos agentes.

No tiroteio que se seguiu com os guardas do tribunal regional, três dos suspeitos foram mortos e dois agentes policiais ficaram feridos, sendo transportados para o hospital.

Na audiência, estariam 9 acusados a ser visados com várias acusações de assassínio, de acordo com a Reuters. A agência avança que o grupo de réus era constituído por membros do gangue GTA e em causa estavam crimes de banditismo, posse de armas, roubo de documentos, entre outros. Este grupo também é conhecido pelos seus ataques a motoristas de camiões nas autoestradas nos arredores de Moscovo.

Uma advogada que estava numa sessão diferente disse ter ouvido mais de vinte tiros. "Estávamos noutra sessão quando começaram os tiros — mais de vinte", disse Sofia Rubasskaya, à agência TASS.

Segundo a Russia Today (RT), que cita Tatatiana Petrova, porta-voz da polícia local, "três suspeitos foram mortos e outros dois ficaram feridos enquanto estavam a tentar chegar às portas de emergência".

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/moscovo-tiroteio-em-tribunal-faz-pelo-menos-tres-mortos-e-varios-feridos

Link to comment
Share on other sites

Quote

Estado arrisca perder €72 milhões com construtora falida

01.08.2017 às 18h00

Grupo liderado por Eduardo Rodrigues deve um total de €72 milhões à Caixa Geral de Depósitos e à também estatal Parvalorem

 

Obriverca SGPS, “holding” de topo do grupo fundado por Eduardo Rodrigues e Luís Filipe Vieira, vai ser liquidada. Estado português é credor de 72 milhões, dívida total da empresa é de quase 400 milhões. Eduardo Rodrigues é um dos empresários portugueses que o Expresso identificou no âmbito da investigação Malta Files e trata-se de um dos maiores devedores do Novo Banco, devido a créditos concedidos pelo BES

O grupo nasceu em 1986 pela mão dos sócios Eduardo Rodrigues e Luís Filipe Vieira, vindo a tornar-se uma das maiores construtoras nacionais. Em 2001, 15 anos depois da fundação, o homem que é agora presidente do Benfica afastou-se. E em 2007 o fundador Eduardo Rodrigues, já sozinho nessa empreitada, reorganizava o negócio, criando uma “holding” para servir de chapéu ao grupo, a Obriverca SGPS. Hoje, esta sociedade é um somatório de dívidas: 392 milhões de euros, segundo a mais recente lista de credores publicada pelo administrador de insolvência.

Sem meios para pagar tudo o que deve, a Obriverca SGPS vai avançar para liquidação. O administrador de insolvência, Jorge Calvete, afirmou ao Expresso ser expectável que esse processo, que passa por tentar vender o património que a empresa tem, deverá durar três a quatro meses. O mesmo responsável admitiu ser possível que diversos credores incorram em perdas face ao montante global de créditos reclamados. Entre eles está a Caixa Geral de Depósitos (CGD). E a também estatal Parvalorem. No seu conjunto, as duas empresas públicas têm a receber mais de 72 milhões.

http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2017-08-01-Estado-arrisca-perder-72-milhoes-com-construtora-falida

Link to comment
Share on other sites

Não me importava nada de ser o Administrador de Insolvência desse processo. Levar por debaixo da mesa de um lado para não declarar como insolvência dolosa. Do outro fazer o que quer com o património. Win win.

Link to comment
Share on other sites

Quote

Investigadores fazem nascer alimento a partir de eletricidade e dióxido de carbono

SOCIEDADE

31.07.2017 às 16h34

 

Ainda é cedo para falar em resolver os problemas da fome no mundo, mas os resultados de uma experiência com um reator especial são promissores

Água, dióxido de carbono e micróbios. Tudo junto num pequeno bioreator, onde os ingredientes são submetidos a eletrólise (decomposição por meio da corrente elétrica, neste caso com recurso a painéis solares). A receita pode não fazer crescer água na boca, mas o resultado é cientificamente "delicioso": um material sólido com um perfil nutricional semelhante ao de um alimento básico.

Para já, foram precisas duas semanas para uma série de pequenos reatores, do tamanho de chávenas de café, produzirem uma colher cheia destas proteínas unicelulares, mas os investigadores esperam que, a partir desta experiência, um dia seja possível usar este alimento em voos espaciais de longo curso ou até mesmo combater a fome nas regiões mais pobres do mundo. Sobretudo porque os ingredientes são fáceis de encontrar: "Na prática todos os materiais estão disponíveis a partir do ar", afirma Juha-Pekka Pitkänen, o investigador que liderou a experiência e que lidera também o Centro de Investigação Técnica VTT, na Finlândia, parceiro da Universidade de Lappeenranta neste projeto.

O responsável explica que a ideia é que possa chegar-se a uma espécie de reator doméstico para a produção de proteínas. E não é só a alimentação humana que está em vista: usada como substituto para a forragem, pode ajudar a libertar terra para outros fins.

Este processo de criação de alimento a partir da eletricidade pode ser até 10 vezes mais eficiente do que a fotosíntese comum, usada pelas plantas para se alimentarem.

A equipa já está focada no desenvolvimento da tecnologia para permitir, dentro de uma década, estimam, ter uma produção em quantidade suficiente para poder ser testada como alimentação humana e animal.

"A longo prazo, a proteína criada com eletricidade pode ser usada na cozinha", acredita Pitkänen, satisfeito com a riqueza nutricional do produto: mais de 50% de protéina e 25% de hidratos de carbono. O restante corresponde a gordura e ácidos nucleicos.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-07-31-Investigadores-fazem-nascer-alimento-a-partir-de-eletricidade-e-dioxido-de-carbono?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2017-08-02

Link to comment
Share on other sites

A história da semana...

 

Quote

 

Mista de marisco para dois a 250€? Bacalhau a 120€? Restaurante de Lisboa cobra preços exorbitantes, mas é ilegal?

http://observador.pt/2017/08/01/mista-de-marisco-para-dois-a-250e-restaurante-de-lisboa-alvo-de-queixas/

 

 

 

... agora com um twist engraçado :ohyeah::ohyeah:

 

 

Quote

 

Antigo carteirista é o dono dos restaurantes que cobram preços exorbitantes. E o seu sócio faz o mesmo

http://observador.pt/2017/08/03/antigo-carteirista-e-o-dono-dos-restaurantes-que-cobram-precos-exorbitantes-e-o-seu-socio-faz-o-mesmo/

 

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

Além de ex-carteirista, é taxista.

Quote

Dono do Made In Correeiros acusado de ameaçar os clientes dos outros restaurantes

“Não quero falar sobre isso.” “Abstenho-me, não comento.” “Não tenho nada a dizer”. A maioria dos responsáveis pelos restaurantes à volta do Made In Correeiros, na Baixa de Lisboa, não quer falar sobre as recentes notícias de alegadas burlas aos clientes daquele espaço. As mistas de marisco a 250€, os pratos de carne a 100€ ou bacalhau a 120€ têm lançado o caos nas caixas de comentários das redes sociais, com fotos de faturas dos clientes, comentários negativos nas plataformas de críticas, como a Zomato e o TripAdvisor, e até referências a processos sem consequências legais levantados pela DECO e ASAE.

A NiT passou pela Rua dos Correeiros e percebeu que existe realmente um clima de medo na zona. Grande parte dos gerentes e empregados dos restaurantes vizinhos, tanto nesta rua como nas mais próximas, recusou-se a falar com o nosso repórter assim que percebeu que o tema era o Made In Correeiros. O motivo foi sempre o mesmo: medo de represálias. A única exceção foi o responsável por um restaurante da Baixa da cidade que — depois de pedir para não ser identificado — garantiu que o maior culpado deste clima é o próprio dono do Made In Correeiros.

´“A culpa dos preços e da forma como as pessoas são tratadas deve-se ao sócio que eles têm. Ele ameaça não só os clientes, como também os empresários aqui à volta”, explica.

Junto de uma fonte na Segurança Social, a NiT descobriu que a empresa Guardião do Tesouro (que detém os restaurantes Made in Correeiros e Obrigado Lisboa, que fica na mesma rua, e uma companhia de táxis, a Calculégua Táxis) pertence a José Manuel Cardoso — conhecido em Lisboa como Zé Taxista.  

O mesmo gerente conta à NiT que os empregados vão às esplanadas da concorrência para “roubar” clientes e que os “chamadores” vão até à Rua Augusta para convencer os turistas a visitar o Made in Correiros. Este apelo só deveria ser feito junto dos espaços. 

“Muitos dos empresários não fazem nada porque não querem ter chatices com ele. Há três meses partiram a montra do restaurante mesmo ao lado”, acusa o gerente. 

Sobre a questão dos preços exorbitantes que surpreendem os turistas no final das refeições, a mesma fonte explica que “os clientes reclamam logo no espaço e muitos acabam por pagar com medo.” E acrescenta: “Este ano houve um que se recusou a pagar, chamou a polícia e até um foi algemado, mas não deu em nada.”

Nunca sai do restaurante sem deixar um ordenado.

O responsável por um restaurante a poucos metros dali insinua ainda que José Cardoso tem relações privilegiadas com a polícia. “A partir das 19 horas, eles alargam a esplanada para a zona à frente da loja das malas, mesmo ao lado. É ilegal, mas há dias que que não a colocam. São os dias em que sabemos que a inspeção anda pela Baixa. Isto não é mau, é péssimo para a zona e para os restaurantes. Isto é um faroeste e eles é que mandam. Nós temos seguranças, mais para estar alerta para roubos, mas também para evitar este tipo de situações”.

O gerente de outro estabelecimento da zona, que também não quis ser identificado, garante à NiT que José Manuel Cardoso “goza de um estatuto de criminoso.” E conclui: “Os trabalhadores recebem por comissão. Por isso, quanto mais roubam, mais ganham. Aqui é só um esquema para roubar.”

Fonte da PSP diz que os seus agentes já foram chamados várias vezes ao restaurante por causa de queixas de clientes e que este processos foram todos encaminhados para o Ministério Público. A entidade diz à NiT que “encontra-se a decorrer um inquérito no qual se investiga as denúncias criminais apresentadas”. 

O restaurante já se chamou Portugal no Prato.

A NiT sabe também que José Manuel Cardoso se prepara para abrir mais um restaurante na Baixa de Lisboa em agosto. Vai ser uma pizzaria chamada Prazeres 28 e ficará no número 43 da Rua de São Nicolau.

O Made in Correeiros tem 532 avaliações no TripAdvisor. Dessas, 486 atribuíram-lhe a classificação “terrível”, a pior nota na plataforma. Na Zomato, o restaurante ainda aparece com o nome antigo, Portugal no Prato, e tem 1,7 pontos numa escala de 5. Grande parte dos comentários refere a palavra “burla” e sublinha a questão dos preços exorbitantes. A situação foi denunciada novamente este domingo, 30 de julho, numa publicação no Facebook que se tornou viral em poucas horas.

Contactada pela NiT, a ASAE diz que no último ano foram apresentadas dezenas de denúncias contra o Made In Correeiros. Em consequência, foi instaurado um processo crime por fraude sobre mercadorias e um processo de contraordenação por incumprimento de requisitos obrigatórios na área da restauração, que ainda estão em averiguação. Sobre os tais preços exagerados, a entidade diz que não pode fazer nada uma vez que eles estão apresentados no menu, tal como a lei obriga. 

O problema é que esse menu, como fazem questão de explicar os clientes nos comentários deixados no Tripadvisor, só é apresentado no final da refeição, uma vez que os pratos mais caros são sempre sugeridos pelos empregados como uma das especialidades da casa. Quando chega a conta, eles percebem que há uma disparidade enorme entre os preços dos pratos sugeridos e os dos pratos regulares.  

A NiT confrontou também a AHRESP (Associação da Hoteleira, Restauração e Similares de Portugal) com as acusações dos três gerentes dos restaurantes vizinhos do Made in Correeiros, mas até ao momento não obteve nenhuma resposta. O mesmo aconteceu com José Manuel Cardoso, a quem pedimos, por email, uma reação oficial ao alegado “clima de medo” que se vive na Baixa de Lisboa por sua causa. 

https://nit.pt/buzzfood/restaurantes/dono-do-made-in-correeiros-acusado-de-ameacar-os-clientes-dos-outros-restaurantes

Link to comment
Share on other sites

Quote

Coreia do Sul pode tornar-se o primeiro país a cobrar “imposto sobre robôs”

Joana Almeida

13:55

A introdução das máquinas no mercado laboral veio, de acordo com o Governo sul-coreano, criar um desajustamento, deixando o ser humano em clara desvantagem e levando, consequentemente, à substituição dos humanos pelas máquinas.

A Coreia do Sul está a ponderar implementar um “imposto sobre os robôs”, tendo em conta que os avanços tecnológicos e a automação do trabalho vieram roubar milhares de empregos aos sul-coreanos. A iniciativa visa diminuir os benefícios fiscais das empresas que investem em máquinas automatizadas, para que os trabalhadores se possam tornar tão competitivos quanto as máquinas.

A introdução das máquinas no mercado laboral veio, de acordo com o Governo sul-coreano, criar um desajustamento, deixando o ser humano em clara desvantagem e levando, consequentemente, à substituição dos humanos pelas máquinas. Face a isso, a Coreia do Norte quer reduzir as deduções na taxa de imposto às empresas sul-coreanas de 7% para menos 2 pontos percentuais, para desincentivar o investimento em robótica.

“Embora não se trate de um imposto direto sobre os robôs, este pode ser interpretado como um tipo de política similar, considerando que ambos envolvem a questão da automação industrial”, indica um trabalhador industrial ao jornal ‘Korea Times’.

A ideia já havia sido defendida pelo multimilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, que entende que “se um robô consegue fazer o mesmo que um trabalhador e se o rendimento dos humanos é tributado, então temos de taxar o trabalho feito por um robô de igual forma”.

O país apresenta a maior concentração de robôs em indústrias transformadoras do mundo, com 531 robôs multitarefas por cada 10 mil funcionários em fábricas. Desde o início do ano, o desemprego disparou para cerca de 1,17 milhões de sul-coreanos sem emprego.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/coreia-do-sul-pode-tornar-se-o-primeiro-pais-a-cobrar-imposto-sobre-robos-197116

Edited by Vasco G
Link to comment
Share on other sites

Não sei muito bem é onde é que as pessoas vão trabalhar no futuro, tudo bem que nascemos cada vez menos mas mesmo assim...

Edit: as máquinas contribuem para a SS e nós humanos vivemos todos à pala :trollface:

 

 

Edited by Vasco G
Link to comment
Share on other sites

À conta disto na Madeira, apanhei na TV numa daquelas reportagens a típica emigrante burra. O discurso foi mais ou menos "férias em Portugal e na Madeira nunca mais. Lá na França isso não acontece. Só em Portugal os aviões não aterram" 

 

Link to comment
Share on other sites

35 minutes ago, GODfromage said:

À conta disto na Madeira, apanhei na TV numa daquelas reportagens a típica emigrante burra. O discurso foi mais ou menos "férias em Portugal e na Madeira nunca mais. Lá na França isso não acontece. Só em Portugal os aviões não aterram" 

 

vid or didn´t happen

Link to comment
Share on other sites

Quote

Já começou a batalha para alargar Portugal

14.08.2017 às 10h53

 

Foi na segunda-feira, 14 de agosto, a primeira reunião entre Portugal e o Grupo 
de Trabalho da Comissão 
de Limites da Plataforma Continental da ONU.

O que é a extensão da plataforma continental

Prevista na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, visa aumentar o território marítimo sob jurisdição dos Estados Costeiros – permitindo definir um limite no solo e subsolo para lá das 200 milhas medidas a partir da linha de costa

Importância do projeto

A exploração de recursos minerais, um dos pilares de desenvolvimento das sociedades, e esta nova soberania sobre mais território, proporcionará, espera-se, novas oportunidades no acesso a recursos naturais com elevado potencial económico

Mar mineral

Esta nova soberania sobre mais território, proporcionará, espera-se, novas oportunidades no acesso a recursos naturais com elevado potencial económico. Nos fundos marinhos de Portugal, já se sabe, existem minerais com utilizações várias, desde o fabrico de telemóveis e computadores a tratamentos anticancerígenos

ÁREA TOTAL PREVISTA DO PAÍS NO FINAL DO PROJETO

4 milhões km2

- Território terrestre: 92 mil km2
- Fundo marinho da Zona Económica Exclusiva
(compreende a coluna de água e o fundo do mar): 1 600 mil km2
- Plataforma continental (para lá das 200 milhas) 2 150 mil km2
(inclui apenas o solo e o subsolo em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre)

http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-08-14-Ja-comecou-a-batalha-para-alargar-Portugal

Vamos crescer :-..

Link to comment
Share on other sites

Quote

Terrorismo. Lisboa reforça segurança com blocos de cimento e pilaretes

Em Belém, alguns turistas acharam que as novas barreiras eram bancos. Na Baixa, a equipa da CML instalou 40 pilaretes no fim de semana e vai continuar. Turistas consideram Lisboa segura, mas alguns tomam precauções como evitar multidões

Ao oitavo atentado perpetrado este ano na Europa com recurso ao abalroamento de multidões em áreas movimentadas, Lisboa não esperou mais e avançou no fim de semana com o reforço das barreiras de proteção. Em Belém foram dispostos junto ao Mosteiro dos Jerónimos 50 blocos de cimento. Já na Baixa, começaram a ser instalados pilaretes de metal nos eixos com maior afluência.

Durante o fim de semana, a equipa da autarquia, que ontem pelas 17h terminava os trabalhos no alto da Rua do Carmo, instalou 40 pilaretes, sobretudo ao longo da Rua Augusta, onde já havia floreiras nas extremidades a servir de barreira. Nos próximos dias, explicou ao i um dos elementos da equipa, deverão ser instalados mais 40 pilaretes. São dispostos em linha a cortar a passagem de carros mas, para garantir a circulação de viaturas de emergência, os dois pilaretes colocados no centro da via são um pouco diferentes: podem ser rebaixados com recurso a uma chave própria.

Jorge, técnico da Câmara Municipal de Lisboa que comandava as operações debaixo do sol quente do fim de semana, adiantou ao i que os preparativos para montar as estruturas começaram na sexta-feira e uma das preocupações foi precisamente assegurar a passagem de viaturas de emergência. Já o vereador Manuel Salgado, que confirmou na RTP que o atentado de Barcelona acelerou os planos da autarquia, recusou fazer qualquer esclarecimento ao i.

Na rua, exceto quando os trabalhos estiveram em curso, as barreiras acabaram por passar despercebidas aos turistas. João, vendedor da Rua de Belém que testemunhou a colocação dos blocos durante a manhã, não tinha percebido a meio da tarde para que serviam. “É para sentar os turistas”, comentava um dos fregueses. Perante a explicação, começavam as dúvidas: “Se é para prevenir atentados deveriam ter sido colocados ao longo de toda a rua”, atira João, uma vez que só ficou protegida parte do perímetro do Mosteiro dos Jerónimos, com zonas para passagem de veículos entre os blocos vedadas apenas por barreiras metálicas.

Bruno, brasileiro que se mudou com a mulher e as filhas há três meses para Portugal, começa por admitir ter pensado que os blocos de cimento eram bancos. Sentem-se seguros em Portugal, sobretudo porque viviam no Rio de Janeiro. E se a medida, mesmo discreta, é bem-vinda, Aline não deixa de reparar noutro pormenor: “Se é para proteger os peões, os blocos de cimento não deviam estar junto à estrada?”, pergunta. Isto porque as barreiras foram colocadas entre o passeio e o relvado dos Jerónimos e não entre a estrada e o passeio. Já David e Priscila, ele alemão e ela brasileira, também não tinham reparado na medida de segurança, mas consideram-na positiva. Também se sentem seguros em Lisboa, mas a campainha do receio vai soando. “Quando estivemos no Mercado da Ribeira pensámos que poderia ser um sítio mais complicado se houvesse um atentado”, diz Priscila. “Não deixamos de ir aos sítios, mas procuramos ficar longe das multidões.”

Já na Rua do Carmo, Jorge, da CML, explicaria que as barreiras metálicas deixadas nos Jerónimos são temporárias: serão substituídas por pilaretes rebaixáveis como os instalados na Rua Augusta. Quanto ao local onde foram colocados os blocos, diz que a localização foi debatida e remete esclarecimentos para a autarquia. Esta era uma das questões que o i pretendia colocar ao vereador Manuel Salgado, que se mostrou indisponível, remetendo apenas para o comunicado da câmara, que fala de “reforço da instalação de medidas passivas de segurança na vida pública, tendo em vista melhorar a proteção em zonas com elevada afluência de pessoas”.

Na Rua Augusta, Theresa e Melanie, turistas alemãs, estão sentadas no extremo de uma esplanada, mesmo ao lado da estrada e dos novos pilaretes.

Até metermos conversa, não tinham reparado na barreira nem tinham sentido que a escolha do lugar poderia deixá-las mais vulneráveis. Levantada a lebre, dizem que preferem este tipo de medidas discretas a polícias armados com metralhadoras, que ontem à tarde só se vislumbravam debaixo do arco da Rua Augusta ou no Chiado. “Ver a polícia faz-nos sentir que estamos numa zona perigosa.” Não escolheram visitar Lisboa por ser uma cidade segura, mas porque queriam conhecer. Mas, pensando bem, está lá o medo, no subconsciente. “Quando começámos a falar das férias, acho que pensei nisso. Por exemplo, ir para a Turquia está fora de questão.”

https://ionline.sapo.pt/577083

Link to comment
Share on other sites

Quote

Comunidade portuguesa indignada com a morte de emigrante em França

Luís foi abatido pela polícia no sábado. Associação portuguesa em Châlette-sur-Loing fala de um sentimento de injustiça

A comunidade portuguesa em Châlette-sur-Loing está em choque com o caso do português abatido pela polícia no passado sábado, depois de ter resistido a ordens dos agentes para abandonar a sua viatura. Uma associação de portugueses desta localidade, Ronda Típica, disse ao i, por email, que espera que seja feita justiça, e fala de uma “reação desproporcional” da polícia.

Segundo o i apurou, a família de Luís, que tinha 48 anos, é natural de uma aldeia da Guarda e vive em França há vários anos. “Tinha problemas psiquiátricos desde há muito e tinha acompanhamento médico, mas nunca fez mal a ninguém. A sua morte foi um choque para todos. É uma injustiça e os polícias avançaram sobre ele como se fosse um criminoso”, disse ao i esta associação.

A cena foi registada em pelo menos dois vídeos divulgados pela imprensa local e redes sociais. Nas imagens surgem seis agentes de armas apontadas ao veículo e que pedem ao homem para sair da viatura. Depois de algumas bastonadas nos vidros, o homem tenta arrancar embatendo num dos carros da polícia colocados de forma a travar uma eventual fuga. Apesar dos avisos e do bloqueio, consegue fazer uma manobra e sair do cerco, e é nesse momento que os polícias começam a disparar, num tiroteio que se revelaria fatal. Seriam 17h30 e a assistir à cena estavam várias pessoas, inclusive alguns adolescentes que surgem numa segunda gravação conhecida ontem.

De acordo com a imprensa local, a polícia foi chamada depois de o homem ter ameaçado um transeunte com uma faca e algumas fontes dizem que ameaçou colocar bombas na cidade. Testemunhas no local terão registado a matrícula, o que levou as patrulhas até uma morada num bairro na fronteira entre Montargis e Châlette--sur-Loing, a cerca de cem quilómetros a sul de Paris. Os agentes encontraram o suspeito dentro do carro, do qual não sairia com vida.

O presidente da Câmara de Châlette-sur-Loing esteve no local na manhã de domingo. Em declarações ao jornal “La République du Centre”, o autarca disse ter- -se encontrado com o irmão e o cunhado do homem. “A comunidade portuguesa de Châlette está de luto. Após a emoção gerada pela intervenção dos polícias, pedi para que fosse ativada uma unidade de assistência psicológica. Crianças e famílias assistiram à cena”, disse Frank Demaumont. “Depois de respeitar um período de recolhimento, é necessário que os poderes públicos analisem as responsabilidade de uns e de outros. Neste cenário, questiono a qualidade do acompanhamento psicológico durante o período estival. Numa cidade como Châlette existem meia dúzia de pessoas a fazer medicação psiquiátrica. Sempre que a situação fica descontrolada e os vizinhos têm medo, sou chamado para uma eventual hospitalização compulsiva, medida de que o cidadão de Châlette que ontem morreu nunca foi alvo.”

Na madrugada de segunda-feira, alguns veículos foram incendiados no local do tiroteio como forma de protesto, testemunhou ao i a associação Ronda Típica. “A reação da polícia foi desproporcional. Sabiam dos problemas psiquiátricos e que não era um homem perigoso.”

Fonte oficial da Câmara de Montargis, a que pertence o Bairro Kennedy, adiantou ao i que a polícia ordenou um inquérito sobre os desacatos na via pública, recusando para já estabelecer ligação com o caso de sábado. Também a Inspeção-Geral da Polícia Nacional de França já anunciou um inquérito à intervenção em Châlette-sur-Loing, um procedimento habitual sempre que existem vítimas mortais em operações policiais. Um sindicato local da polícia também já reagiu, defendendo a atuação dos agentes, que sentiram ser necessário travar o indivíduo. “Hoje em dia, os polícias são abatidos. Não costumam usar as suas armas. Em Montargis foi a primeira vez”, disse Dominique Coquelle, do sindicato Alliance.

https://ionline.sapo.pt/577396

Link to comment
Share on other sites

Quote

Nas imagens surgem seis agentes de armas apontadas ao veículo e que pedem ao homem para sair da viatura. Depois de algumas bastonadas nos vidros, o homem tenta arrancar embatendo num dos carros da polícia colocados de forma a travar uma eventual fuga. Apesar dos avisos e do bloqueio, consegue fazer uma manobra e sair do cerco, e é nesse momento que os polícias começam a disparar, num tiroteio que se revelaria fatal.(...)a polícia foi chamada depois de o homem ter ameaçado um transeunte com uma faca e algumas fontes dizem que ameaçou colocar bombas na cidade.

Reação desproporcional?? Ou está tudo doido, ou eu é que estou...

Link to comment
Share on other sites

  • Stone locked and unlocked this topic

Create an account or sign in to comment

You need to be a member in order to leave a comment

Create an account

Sign up for a new account in our community. It's easy!

Register a new account

Sign in

Already have an account? Sign in here.

Sign In Now
 Share

  • Recently Browsing   0 members

    • No registered users viewing this page.
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.