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Notícias Variadas sobre Temas em Geral


GODfromage
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13 hours ago, The_Investor said:

Há falta de Advogados, Gestores, Economistas? Alguém se preocupa com o número de formados por ano?
Se há procura pelo curso de Medicina, só tem é que haver mais cursos de medicina! Ou uns são filhos e outros não?

O @JoGo e o @gosma25 basicamente já responderam.

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Na minha opinião a saúde é um monopólio, se existem poucas vagas para as especializações deve investir-se para se criar mais. 
Se o privado está a pagar assim tanto a mais do que o público isso é sinal que a procura é muito maior do que a oferta, agora claro quem é médico não quer ver mais oferta para não ver os ordenados cairem, mas a realidade é que os ordenados na medicina são incomparavelmente mais altos do que noutras profissões e essa diferença não deveria ser assim tão elevada.

Existe falta de médicos em Portugal, e existe falta de locais para se especializarem, e existe um monopólio na saúde, não existe nenhuma razão para uma consulta de algumas especialidades custar 90€ e estares com o médico 5m, isto só existe porque a oferta é pouca e a procura é muita.

No SNS falta efetivamente médicos, muitos andam lá só até se especializarem e depois fogem para o privado, para resolver isso nem sei qual a melhor maneira mas talvez obrigar o médico depois de formado a permanecer x anos no serviço público caso o SNS precise dele. Vemos isto noutras áreas como por exemplo pilotos que se formam na força aérea e claramente era uma decisão que os médicos não iam gostar mas era algo que ajudava o SNS, porque a realidade é que enquanto precisam os médicos usam o SNS para se formar, muitos mal terminam fogem para o privado para ganhar dinheiro, é uma atitude normal mas que podia ser precavida.

Edited by invaderhd
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O problema da medicina é que ao saírem das faculdade, e ao contrário de muitas outras profissões, os médicos não podem começar logo a trabalhar com autonomia / segurança. É uma profissão que exige treino continuo e supervisão numa fase inicial. Afinal de contas, são vidas humanas que estão em jogo. Contra mim falo, que cresci muito à bruta e pedi desculpa muita vez por imaturidade. Mas o certo é que não tinha o esteio mais velho ao lado para discutir um caso ou pedir uma opinião... E isso é o que faz falta para uma especialização. E tem que ser obrigatório. É mau para os doentes serem cobaias e é mau para o profissional sentir que anda a inventar. E são exageros de custos desnecessários. E isso é que me mata. Então em urgências com tarefeiros, tudo leva com análises, Rx e ECG, mesmo que só tenha uma merda de uma amigdalite. Dinheiro para o lixo... 

O SNS não tem capacidade de especialização dos médicos que a procuram? Não. Mas já teve e foi destruída. Porquê? Monopólio da Luz, Cuf, etc... Malta como eu, que pode formar os mais novos, vai saindo. Ficam os novos inexperientes e os dinossauros, que muito contribuíram para que se chegasse aqui e que não produzem. Porque saímos? Porque somos mão de obra qualificada que tem trabalho em qualquer lugar. Oferta e procura... O problema é que ao sairmos, o SNS perde capacidade de especializar jovens que, sem a especialização, aumentam custos e reduzem qualidade dos serviços. Quem ganha? Os privados que levam os melhores profissionais e ficam depois com os doentes, por incapacidade do SNS. Como resolver? Obrigar quem faz a especialização a ficar x anos? Os jovens ia para outro país fazer a especialidade, como já acontece. A Alemanha chega cá e leva os portugueses que fazem formação em Portugal, pois é muito boa. Não levam os portugueses que fizeram a formação na Roménia ou na República Checa... Mas acredito que possa vir a acontecer, senão isto fica insustentável. Mas tem que haver compensação financeira. Um interno leva para casa 1250€ por mês, a trabalhar 40h por semana (mais as borlas). Não é mau, mas mehh. Se no outro lado oferecem mais... Claro que o estado quer pagar o mínimo possível, mesmo que para isso tenha indiferenciados. Para a população geral vale o mesmo, desde que seja médico...

Resumidamente: é um imbróglio difícil de gerir, pois graças a uma geração de dinossauros que encheu o cu de dinheiro, o resto da classe, e sobretudo a minha geração, leva por tabela. E quem acaba por perder é quem tem poucos recursos e não tem seguro de saúde, que mais tarde ou mais cedo vai ser a única solução. A não ser que voltem os contatos de exclusividade, mas isso tem custos que o estado não quer ter... E depois há tanto, mas tanto interesse por trás... Olhe uma: diretor clínico da Luz Coimbra = presidente da faculdade de medicina e diretor de serviço da pneumologia dos HUC. O seu fez para melhorar a Luz? Fechou o melhor servico de oncologia pneumológica do centro (HG) e meteu alunos de medicina na Luz. O que acontece aos doente do HG? Vão virados à Luz... Precisava!? Onde estão os conflitos de interesses? Pois... Também tem um cargo político e está protegido. Isto é tudo uma merda, infelizmente. Só corruptos e interesse económicos.

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A minha pergunta é... se a justiça é uma parte fundamental da sociedade a saúde é por acaso menos? Claro que não. Se existem juízes que só podem trabalhar para o Estado, porque raio é que não existem médicos que só possam trabalhar para o Estado (remunerados condignamente).

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Volto a dizer.

Ao contrário do que a opinião pública possa pensar, o país não tem falta de médicos. Tem é falta de capacidade de especializar os médicos. 

Isso e incentivar os médicos a ocuparem vagas nos hospitais do interior. O Hospital de Beja, por exemplo, fica sempre com vagas por preencher... 

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Eu percebo perfeitamente o que os médicos fazem, mas os ordenados malucos que muitos recebem no privado é impossível o estado pagar, até porque este ordenados não são praticados por mais nenhuma classe profissional em Portugal.
O problema é sempre o mesmo é pouca oferta e os preços sobem, os médicos como qualquer outro cidadão procura o melhor para si e acaba no privado.

É uma situação difícil de resolver, acho que só vai lá mesmo com imposição de x anos a trabalhar no publico antes de poder mudar para o privado, mesmo que alguns vão fazer especialização lá foram não vão ser assim tantos não é por ai o problema.

Chegar-se a um compromisso com os hospitais privados que roubam os talentos depois de formados a serem obrigados também a formar todos os anos uma boa quantidade de médicos, o problema nisto está precisamente numa geração de médicos e gestores hospitalares que contribuiu muito para a degradação do SNS.

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7 minutes ago, PunK_BoY said:

A minha pergunta é... se a justiça é uma parte fundamental da sociedade a saúde é por acaso menos? Claro que não. Se existem juízes que só podem trabalhar para o Estado, porque raio é que não existem médicos que só possam trabalhar para o Estado (remunerados condignamente).

Isso existe também.

Tens contratos de exclusividade no publico.

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3 minutes ago, cyberurbis said:

Volto a dizer.

Ao contrário do que a opinião pública possa pensar, o país não tem falta de médicos. Tem é falta de capacidade de especializar os médicos. 

Isso e incentivar os médicos a ocuparem vagas nos hospitais do interior. O Hospital de Beja, por exemplo, fica sempre com vagas por preencher... 

Se fica com vagas é porque existe falta de médicos, duvido que algum tenha ficado no desemprego só porque não lhe apeteceu ir para Beja. Falta médicos e capacidade de os especializar, se houvesse fartura de oferta não se praticava 90€ por 5m de atendimento, pelo menos não com a regularidade que se pratica agora.

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@invaderhdisso não é assim tão simples. Exemplo: hospital em Viana do castelo abre 3 vagas para especialistas em Medicina Interna. Um médico que esteja no Algarve e que só tem nota para vagas em Viana do Castelo poderá não as querer (seja distância, seja condições do serviço, etc). Então mantém-se com contrato de interno de especialidade no hospital em que está, apesar de ser especialista. Há muitos casos assim que ficam como internos durante uns anitos.

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12 minutes ago, EsCk said:

Isso existe também.

Tens contratos de exclusividade no publico.

Sim, durante X anos. O sistema atualmente está montado para que o privado venha a substituir o publico porque é o que interessa. A saúde nunca na vida deveria ser privatizada ao nível que se está a ver porque o que se está a caminhar é para sistemas como os EUA. E olhem que bem que funciona por lá... 

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11 minutes ago, Stone said:

@invaderhdisso não é assim tão simples. Exemplo: hospital em Viana do castelo abre 3 vagas para especialistas em Medicina Interna. Um médico que esteja no Algarve e que só tem nota para vagas em Viana do Castelo poderá não as querer (seja distância, seja condições do serviço, etc). Então mantém-se com contrato de interno de especialidade no hospital em que está, apesar de ser especialista. Há muitos casos assim que ficam como internos durante uns anitos.

Sim tens razão mas se houver mais procura de certeza que alguém vai querer, nisso não me lixem quando existe muita procura as vagas enchem todas seja em que ponto do país for, até porque possivelmente alguém da zona vai-se formar em medicina.

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1 hour ago, cyberurbis said:

Isso e incentivar os médicos a ocuparem vagas nos hospitais do interior. O Hospital de Beja, por exemplo, fica sempre com vagas por preencher... 

Discordo totalmente disso. Mas compensar porquê? Se ficam vagas por preencher e depois vais a Braga, Porto e Lisboa e tens gajos que optam por continuar internos (posso estar a dar a designação errada) a serem especialistas longe de casa. 

Quantos no fórum são eng civis e após 6 anos de carreira ainda trabalhavam a km de distância porque era onde a empresa tinha obras? Quantos professores no início da carreira são colocados na outra ponta do país porque é onde há vagas. 

A classe médica tem muita coisa mal (por exemplo são mal pagos e têm horários que não lembra a ninguém quando nas mãos trabalham com vidas humanas) mas que ao mesmo tempo continua a estar carregada de gajos com a mania, lamento mas continua. 

Edited by GODfromage
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Tenho muitos amigos médicos e falo do que conheço.

A maioria, quando concluiu o curso, já tinha um(a) namorada(o) para a vida... para casar e criar família. Não é fácil deslocar uma família "em formação" para uma nova localidade, sem que sejam garantidos incentivos para estes.

Por outro lado, a maioria dos médicos que ocuparam as vagas no Hospital de Beja, são solteiros e naturais de vários pontos do País (todos os anos, temos apenas um ou outro caso, de médicos que nasceram em Beja, que se formaram e agora regressam).

 

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1 hour ago, invaderhd said:

Sim tens razão mas se houver mais procura de certeza que alguém vai querer, nisso não me lixem quando existe muita procura as vagas enchem todas seja em que ponto do país for, até porque possivelmente alguém da zona vai-se formar em medicina.

 

56 minutes ago, GODfromage said:

Discordo totalmente disso. Mas compensar porquê? Se ficam vagas por preencher e depois vais a Braga, Porto e Lisboa e tens gajos que optam por continuar internos (posso estar a dar a designação errada) a serem especialistas longe de casa. 

Quantos no fórum são eng civis e após 6 anos de carreira ainda trabalhavam a km de distância porque era onde a empresa tinha obras? Quantos professores no início da carreira são colocados na outra ponta do país porque é onde há vagas. 

A classe médica tem muita coisa mal (por exemplo são mal pagos e têm horários que não lembra a ninguém quando nas mãos trabalham com vidas humanas) mas que ao mesmo tempo continua a estar carregada de gajos com a mania, lamento mas continua. 

@invaderhd Não é bem assim. O exemplo que dei de Viana do Castelo não tem qualquer faculdade por lá que leccione Medicina. A menos que tenhas familiares lá ou que tenhas gostado do hospital (caso tenhas feito um estágio lá), não existe grande motivação para mudar-se para lá. Se calhar preferem esperar pelo próximo concurso a ver se conseguem uma vaga melhor.

@GODfromage tens toda a razão quando dizes que muitos deles têm a mania. E têm mesmo. Mas não te esqueças que o curso de Medicina são 6 anos, mais um ano de Internado Geral (Ano Comum), mais X anos de especialidade (média de 5 anos, se não estou em erro). Ou seja, mesmo que entres na faculdade com 18 anos só és especialista aos 30 anos. Nesta altura, como disse o @cyberurbis, há muito pessoal que já assentou com uma pessoa e conciliar com o trabalho dela pode não ser muito fácil. Então se for médico como é costume há que esperar que o mesmo hospital tenha vagas para ambos e que as consigam.

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2 hours ago, cyberurbis said:

Volto a dizer.

Ao contrário do que a opinião pública possa pensar, o país não tem falta de médicos. Tem é falta de capacidade de especializar os médicos. 

Isso e incentivar os médicos a ocuparem vagas nos hospitais do interior. O Hospital de Beja, por exemplo, fica sempre com vagas por preencher... 

Isto é um completo contrassenso. Se não existem falta de médicos, como podem ficar vagas por preencher? Significa que existem médicos que preferem ficar desempregados do que ocupar a vaga? Claro que não. E é tanta a falta de médicos em Portugal que mesmo péssimos profissionais com relatos de más práticas recorrentes continuam a trabalhar quando deviam estar no olho da rua/prisão.

 

1 hour ago, cyberurbis said:

Tenho muitos amigos médicos e falo do que conheço.

A maioria, quando concluiu o curso, já tinha um(a) namorada(o) para a vida... para casar e criar família. Não é fácil deslocar uma família "em formação" para uma nova localidade, sem que sejam garantidos incentivos para estes.

Por outro lado, a maioria dos médicos que ocuparam as vagas no Hospital de Beja, são solteiros e naturais de vários pontos do País (todos os anos, temos apenas um ou outro caso, de médicos que nasceram em Beja, que se formaram e agora regressam).

 

Garantidos incentivos? Olha para os professores, que se mudam centenas de km de casa para ganharem salários baixíssimos e depois os médicos não podem deslocar-se? Tenho a certeza que muita gente não se importava de ter acesso ao curso de medicina e ir para esses locais. Atenção, não tiro o mérito, o esforço e dedicação de muitos médicos e acho o salário que ganham justo para o trabalho que têm agora não digam que não há falta de médicos em Portugal. E quantos mais formados houver mais pressão irá haver para criarem vagas de especialização o que resolve o problema que tanto falam.

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28 minutes ago, Stone said:

 tens toda a razão quando dizes que muitos deles têm a mania. E têm mesmo. Mas não te esqueças que o curso de Medicina são 6 anos, mais um ano de Internado Geral (Ano Comum), mais X anos de especialidade (média de 5 anos, se não estou em erro). Ou seja, mesmo que entres na faculdade com 18 anos só és especialista aos 30 anos. Nesta altura, como disse o @cyberurbis, há muito pessoal que já assentou com uma pessoa e conciliar com o trabalho dela pode não ser muito fácil. Então se for médico como é costume há que esperar que o mesmo hospital tenha vagas para ambos e que as consigam.

Lá está, os professores por exemplo também têm família e essas coisas todas mas têm mais é que se aguentar à bomboca, e não é aos 30 anos ir para Vila Real ou para Beja, é andarem uma vida inteira com a casa às costas.

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Em Portugal, em 1980, tínhamos 191,7 médicos por cada 100 mil habitantes. 

Em 2018 tínhamos 515 médicos por cada 100 mil habitantes. 

Na Europa, só há 2 países com mais médicos por 100 mil habitantes. 

A Áustria com 524,1 e a Grécia com 610,4.

 

Por isso, deixem de acreditar na ideia que os políticos têm vendido e que têm sido propagada, de que há falta de médicos. Não há. Estão é muito mal distribuídos e o Privado tem atacado ou aproveitado o desinvestimento no SNS como nunca antes. 

Para mim, Médicos deviam ser das profissões mais bem pagas do País. A seguir, os Juízes e depois os Professores. 

Todos eles deveriam ganhar mais que os deputados. Ser deputado deveria apenas garantir um extra ao anterior vencimento que auferia antes de ser deputado e caso o vencimento anterior fosse superior a 5000 euros, então deveria haver um tecto máximo. 

Uma sociedade para ser bem sucedida, precisa de Saúde, Justiça e uma Educação acima da média. 

Tudo o resto gira em torno destes 3 principais grupos. 

 

NOTA: eu defendo há imenso tempo que os professores ganhem um subsídio de deslocação, consoante o número de km que façam, desde a morada de residência. É vergonhoso saber que um deputado tem direito a todo o tipo de subsídios e um professor em início de carreira corre o país de uma ponta à outra por sua conta e risco. 

Edited by cyberurbis
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