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Greve dos Professores


ruit
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Já disse e repito.

A classe dos professores pode/deve ser dividida em duas:

Os da velha guarda e os novos.

A diferença entre cada um é como do vinho para a água.

Se alguém tem que fazer essa separação são os próprios, um professor da "nova guarda" que venha dizer que os da "velha" são uns privilegiados até lá é tudo igual pq a maioria lembra-se da vida de professor de qd andava na escola...

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Já disse e repito.

A classe dos professores pode/deve ser dividida em duas:

Os da velha guarda e os novos.

A diferença entre cada um é como do vinho para a água.

:Y: O pessoal gosta muito de generalizar e, neste caso, para os 2 lados...

É comum ver-se isso quando o tema é função pública.

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Já disse e repito.

A classe dos professores pode/deve ser dividida em duas:

Os da velha guarda e os novos.

A diferença entre cada um é como do vinho para a água.

:y: O pessoal gosta muito de generalizar e, neste caso, para os 2 lados...

É comum ver-se isso quando o tema é função pública.

Sabes que o facto de ter em casa uma mulher que, segundo o Mário Nogueira, não é professora, mas uma formadora (apesar de dar aulas numa escola profissional, mas isso não interessa), a trabalhar a recibos verdes permite-me ver o quanto ela trabalha (coisa que, neste preciso momento está a fazer) e faz e faz acontecer e permite-me ouvir as queixas dela relativamente aos colegas que já estão no quadro, têm todas as regalias e mais alguma, em comparação a ela...

Mas lá está, o fnf é, de facto, um local raríssimo no planeta...

P.S. não,não fez greve pois, como o único vínculo que tem com a Escola é um contrato de recibos verdes, só ganha à hora e apesar de pagar mais impostos e fazer mais descontos que eu (porque é mesmo assim para quem trabalha em recibo verde) nada nem ninguém lhe garante que para o ano lá continue... Aliás, nem a semana que vem tem garantido, quanto mais para o próximo ano lectivo...

Edited by camurso_
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Já disse e repito.

A classe dos professores pode/deve ser dividida em duas:

Os da velha guarda e os novos.

A diferença entre cada um é como do vinho para a água.

:y: O pessoal gosta muito de generalizar e, neste caso, para os 2 lados...

É comum ver-se isso quando o tema é função pública.

Sim, tens razão.. Os casos que falei, devia ter sublinhado que são casos mais antigos.

Mais atuais, não conheço nenhum.

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O problema é mesmo esse. A "old school" tem regalias a mais. A nova geração está desgraçada. Mas como o pessoal não consegue ver isso e é para mandar para baixo, pega-se na old school apenas.

A função pública, nesse campo, está desgraçada, porque a população geral não consegue (ou não quer) ver as diferenças entre o antigamente e o agora. O pessoal não consegue perceber que, por muito mal que as coisas possam ter sido, alterar um contrato de trabalho unilateralmente, sem espaço para discussão ou o que quer que seja é injusto (e ilegal, non?) e terrível, seja para quem for.

Consigo perceber as 2 faces da moeda e consigo perceber que algo tem de ser feito. Mas o problema é que há sempre os que se safam com as reformas milionárias e afins, e os desgraçados que vão ter de trabalhar a 200km de casa só porque sim...

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O problema é mesmo esse. A "old school" tem regalias a mais. A nova geração está desgraçada. Mas como o pessoal não consegue ver isso e é para mandar para baixo, pega-se na old school apenas.

A função pública, nesse campo, está desgraçada, porque a população geral não consegue (ou não quer) ver as diferenças entre o antigamente e o agora. O pessoal não consegue perceber que, por muito mal que as coisas possam ter sido, alterar um contrato de trabalho unilateralmente, sem espaço para discussão ou o que quer que seja é injusto (e ilegal, non?) e terrível, seja para quem for.

Consigo perceber as 2 faces da moeda e consigo perceber que algo tem de ser feito. Mas o problema é que há sempre os que se safam com as reformas milionárias e afins, e os desgraçados que vão ter de trabalhar a 200km de casa só porque sim...

:namuche:

E o grande cavalo de batalha dos nossos governantes actuais é puxar o mais para baixo possível as gerações actuais, daqui a 50 anos vai tudo estar na merda sem contratos de trabalho, sem regalias, sem direitos e sem reformas.

Basicamente vamos passar do 8 para o 80.

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Opinião de Miguel Sousa Tavares com a qual concordo 100%, que nem sempre acontece!

A minha entrada no ensino foi feita numa pequeníssima aldeia rural do norte. Éramos uns 80 alunos, da 1ª à 4ª classe, todos juntos na mesma e única sala de aula da escola - que não me lembro se tinha ou não casas-de-banho, mas sei que não tinha qualquer espécie de aquecimento contra o frio granítico, de Novembro a Março, que nos colava às carteiras duplas, petrificados como estalactites. Lembro-me de que o "recreio" era apenas um pequeno espaço plano, enlameado no Inverno, e onde jogávamos futebol com uma bola feita de meias velhas e balizas marcadas com pedras. A escola não tinha um vigilante, um porteiro, uma secretária administrativa. Ninguém mais do que a D. Constança, a professora que, sozinha, desempenhava todas essas tarefas e ainda ensinava os rios do Ultramar aos da 4ª classe, a história pátria aos da 3ª, as fracções aos da 2ª, e as primeiras letras aos da 1ª. Ela, sozinha, constituía todo o pessoal daquilo a que agora se chama o 1º ciclo. Se porventura, adoecesse, ou se na aldeia houvesse, que não havia, um médico disposto a passar-lhe uma baixa psicológica ou outra qualquer quando não lhe apetecesse ir trabalhar, as 80 crianças da aldeia em idade escolar ficariam sem escola. Mas ela não falhou um único dia em todo o ano lectivo e eu saí de lá a saber escrever e para sempre apaixonado pela leitura. Devo-lhe isso eternamente.

Nesse tempo, não havia Parque Escolar, não havia pequenos-almoços na escola (que boa falta faziam!), não havia aquecimento nas salas, não havia o recorde de Portugal e da Europa de baixas profissionais entre os professores, não havia telemóveis nem iPads com os alunos, não havia "Magalhães" ao serviço dos meninos, mas sim lousas e giz, os professores não faziam greves porque estavam "desmotivados" ou "deprimidos" e a noção de "horário zero" seria levada à conta de brincadeira. Era assim a vida.

Não vou (notem: não vou) sustentar que assim é que estava bem. Limito-me a dizer que tudo é relativo e que nada do que temos por adquirido, excepto a morte, o foi sempre ou o será para sempre. E sei que na Finlândia - o país considerado modelo no ensino básico e secundário pela OCDE - os professores trabalham mais horas do que aqui, não faltam às aulas e ganham proporcionalmente menos. Com resultados substancialmente melhores, do único ponto de vista que interessa aos pais e aos contribuintes: o desempenho escolar dos alunos.

Só uma classe que recusou, como ultraje, a possibilidade de ser avaliada para efeitos de progressão profissional - isto é, uma classe onde os medíocres reivindicaram o direito constitucional de ganharem o mesmo que os competentes - é que se pode permitir a irresponsabilidade e a leviandade de decretar uma greve aos exames nacionais. Nisso, são professores exemplares: transmitem aos alunos o seu próprio exemplo, o exemplo de quem acha que os exames, as avaliações, são um incómodo para a paz de um sistema assente na desresponsabilização, na nivelação de todos por baixo, na ausência de estímulo ao mérito e ao esforço individual.

Mas a greve dos professores vai muito para lá deles: reflecte o estado de espírito de uma parte do país que não entendeu ou não quer entender o que lhe aconteceu. Deixem-me, então recordar: Portugal faliu. O Portugal das baixas psicológicas, dos direitos adquiridos para sempre, das falcatruas fiscais, das reformas antecipadas, dos subsídios para tudo e mais alguma coisa, dos salários iguais para os que trabalham e os que preguiçam, faliu. Faliu: não é mais sustentável. Podemos discutir, discordar, opormo-nos às condições do resgate que nos foi imposto e à sua gestão por parte deste Governo: eu também o faço e veementemente. Mas não podemos, se formos sérios, esquecer o essencial: se fomos resgatados, é porque fomos à falência; e, se fomos à falência, é porque não produzimos riqueza que possa sustentar o modo de vida a que nos habituámos. Se alguém conhece uma alternativa mágica, em que se possa ter professores sem crianças, auto-estradas sem carros, reformas sem dinheiro para as pagar, acumulando dívida a 6, 7 ou 8% de juros para a geração seguinte pagar, que o diga. Caso contrário, tenham pudor: não se fazem greves porque se acaba com os horários zero, porque se estabelece um horário semanal (e ficcional) de 40 horas de trabalho ou porque o Estado não pode sustentar o mesmo número de professores, se os portugueses não fazem filhos.

Por mais que respeite o direito à greve, causa-me uma sensação desagradável ver dirigentes sindicais, dos professores e não só, regozijarem-se porque ninguém foi trabalhar. Ver um sindicalismo de bota-abaixo constante, onde qualquer greve, qualquer manifestação, é muito mais valorizada e procurada do que qualquer acordo e qualquer negociação - como se, por cada português com vontade de trabalhar, houvesse outro cujo trabalho consiste em dissuadi-lo desse vício. Assim como me causa impressão, no estado em que o país está, saber que quase 200.000 trabalhadores pediram a reforma antecipada em 2012, mesmo perdendo dinheiro, e apesar de se queixarem da crise e dos constantes cortes nas pensões. Porque a mensagem deles é clara: "Eu, para já, mesmo perdendo dinheiro, safo-me. Os otários que continuarem a trabalhar e que se vierem a reformar mais tarde, em piores condições, é que lixam!" É o retrato de um país que parece ter perdido qualquer noção de destino colectivo: há um milhão de portugueses sem trabalho e grande parte dos que o têm, aparentemente, só desejam deixar de trabalhar. Será assim que nos livraremos da troika?

As coisas chegaram a um ponto de anormalidade tal, que, quando o ministro da Educação, no exercício do seu mais elementar dever - que é o de defender os direitos dos alunos contra a greve dos professores - convoca todos eles para vigiar os exames, aqui d'El Rey na imprensa bem-pensante que se trata de sabotar o legítimo direito à greve. Ou seja: que haja professores (que os há, felizmente!) dispostos a permitir que os alunos tenham exames é uma violação ilegítima do direito dos outros a que eles não tenham exames. Di-lo o dr. Garcia Pereira, o advogado dos trabalhadores e do dr. Jardim, infalível defensor da classe operária, e o mesmo que, no final do meu tempo de estudante, na Faculdade de Direito de Lisboa, invocando os ensinamentos do grande camarada Mao, decretava greve aos "exames burgueses" - que o fizeram advogado.

Não contesto que as greves, por natureza, causem incómodos a outrem - ou não fariam sentido. Mas há limites para tudo. Limites de brio profissional: um cirurgião não resolve entrar em grave quando recebe um doente já anestesiado pronto para a operação; um controlador aéreo não entra em greve quando tem um avião a fazer-se à pista; um bombeiro não entra em greve quando há um incêndio para apagar. Eu sei que isto que agora escrevo vai circular nos blogues dos professores, vai ser adulterado, deturpado, montado conforme dê mais jeito: já o fizeram no passado, inventando coisas que eu nunca disse, e só custa da primeira vez. Paciência, é isto que eu penso: esta greve dos professores aos exames, por muitas razões que possam ter, é inadmissível.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/leia-o-artigo-de-miguel-sousa-tavares-sobre-os-professores-publicado-no-expresso-de-sabado=f814601#ixzz2WZguK7jS

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E olha que belas pessoas saíram dessa geração e que tão bem têm feito pelo país.

Com todo o respeito... Uns burros e sem vontade de aprender, outros parasitas da sociedade que apenas vivem à custa dos outros, outros acomodados à situação. Poucos foram os dessa geração que moldaram o país. Limitaram-se a copiar a evolução que houve pelo mundo.

Odeio, estes textos, do no meu tempo é que era tudo bom. NÃO, NÃO ERA! O MUNDO EVOLUÍ E SÓ UM PALHAÇO COMO O MIGUEL SOUSA TAVARES É QUE NÃO VÊ A DIFERENÇA.

Felizmente, os meus primos mais novos, os meus vizinhos mais novos, têm acesso a muita coisa que eu e os alunos antes de mim não tinham acesso.

Peace.

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Nessa altura que ele fala ir à escola para 80% dos alunos era não passar da 3ª classe, tirar a 4ª classe era um feito,.. a isso chamava-se FASCISMO.. nessa altura como agora como em todo o lado havia professores bons e professores maus, eu vi por exemplo um a professora à minha frente partir a cabeça de um aluno com um pires de ferro, outro dar uma bofetada noutro que o atirou por cima de duas mesas. É uma geração que a maioria não conhece, que a maioria dos rapazes e raparigas não iam à escola e acabavam trabalhando no duro, de sol a sol (não era sentados a uma mesa a escrever ). Mas há uma coisa muito semelhante ao que está a acontecer agora que o Sousa Tavares não fala e que se calhar o pai dele falaria... a protecção do ensino privado. Os Melos os Champalimauds, todos os filhos do regime não andavam no ensino público , andavam no privado. Hoje em toda a Europa e nos Estados Unidos, quem tem muito maior hipóteses de entrar nas boas universidades é quem anda nas escolas privadas. O ensino publico cada vez mais será para o desemprego, é isto que esta Europa quer! Mão de obra barata ! Por isso se fala na privatização de muitas escolas. Mas o que oferecem as escolas privadas que não oferecem as públicas ! !º turmas bem dimensionadas, 2º não há cá alunos bi ou tri-repetentes 3º a opinião generalizada que os professores no particular não faltam (no público desde o ano passado as faltas quase desapareceram e as substituições de professores só não são mais rápidas por causa de motivos financeiros.

A continuar assim não me admirava muito que um dia destes volte a tele-escola e fechem todas as escolas que não tenham capacidade de formar turmas de 40 alunos Nessa altura, muitos de vós terão filhos e continuaram a culpar os professores pelo estado a que isto chegou...

Já agora é interessante ouvir a entrevista do Sousa Tavares ao 5 pra meia noite em que ele diz precisamente o contrário... que não tem boas recordações da primária e quer lá saber dos seus colegas de então...

Edited by ruit
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E olha que belas pessoas saíram dessa geração e que tão bem têm feito pelo país.

Com todo o respeito... Uns burros e sem vontade de aprender, outros parasitas da sociedade que apenas vivem à custa dos outros, outros acomodados à situação. Poucos foram os dessa geração que moldaram o país. Limitaram-se a copiar a evolução que houve pelo mundo.

Odeio, estes textos, do no meu tempo é que era tudo bom. NÃO, NÃO ERA! O MUNDO EVOLUÍ E SÓ UM PALHAÇO COMO O MIGUEL SOUSA TAVARES É QUE NÃO VÊ A DIFERENÇA.

Felizmente, os meus primos mais novos, os meus vizinhos mais novos, têm acesso a muita coisa que eu e os alunos antes de mim não tinham acesso.

Peace.

Lê o 3º parágrafo... Pelos vistos nem aí chegaste...

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Engraçado que ele tenha dado como exemplo para dizer coisas como "só cá é que se fazem greve aos exames" de um país cujos enfermeiros ameaçaram demitir-se em bloco para conseguir o que queriam.

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Opinião de Miguel Sousa Tavares com a qual concordo 100%, que nem sempre acontece!

(...) Não vou (notem: não vou) sustentar que assim é que estava bem. Limito-me a dizer que tudo é relativo e que nada do que temos por adquirido, excepto a morte, o foi sempre ou o será para sempre. E sei que na Finlândia - o país considerado modelo no ensino básico e secundário pela OCDE - os professores trabalham mais horas do que aqui, não faltam às aulas e ganham proporcionalmente menos. Com resultados substancialmente melhores, do único ponto de vista que interessa aos pais e aos contribuintes: o desempenho escolar dos alunos. (...)

(...) Eu sei que isto que agora escrevo vai circular nos blogues dos professores, vai ser adulterado, deturpado, montado conforme dê mais jeito: já o fizeram no passado, inventando coisas que eu nunca disse, e só custa da primeira vez. Paciência, é isto que eu penso: esta greve dos professores aos exames, por muitas razões que possam ter, é inadmissível

E olha que belas pessoas saíram dessa geração e que tão bem têm feito pelo país.

Com todo o respeito... Uns burros e sem vontade de aprender, outros parasitas da sociedade que apenas vivem à custa dos outros, outros acomodados à situação. Poucos foram os dessa geração que moldaram o país. Limitaram-se a copiar a evolução que houve pelo mundo.

Odeio, estes textos, do no meu tempo é que era tudo bom. NÃO, NÃO ERA! O MUNDO EVOLUÍ E SÓ UM PALHAÇO COMO O MIGUEL SOUSA TAVARES É QUE NÃO VÊ A DIFERENÇA.

Felizmente, os meus primos mais novos, os meus vizinhos mais novos, têm acesso a muita coisa que eu e os alunos antes de mim não tinham acesso.

Peace.

O fail... Mete outra moeda e tenta outra vez...

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Já disse e repito.

A classe dos professores pode/deve ser dividida em duas:

Os da velha guarda e os novos.

A diferença entre cada um é como do vinho para a água.

Eu não generalizava dessa maneira, até pq há excelentes exemplos de excelentes profissionais nessas duas divisões... No entanto, num quadro de recessão demográfica (e isto para lá das disputas sobre carreiras, horário de trabalho, etc...), não mudar nem fazer nada não é opção...

O problema é mesmo esse. A "old school" tem regalias a mais. A nova geração está desgraçada. Mas como o pessoal não consegue ver isso e é para mandar para baixo, pega-se na old school apenas.

A função pública, nesse campo, está desgraçada, porque a população geral não consegue (ou não quer) ver as diferenças entre o antigamente e o agora. O pessoal não consegue perceber que, por muito mal que as coisas possam ter sido, alterar um contrato de trabalho unilateralmente, sem espaço para discussão ou o que quer que seja é injusto (e ilegal, non?) e terrível, seja para quem for.

Consigo perceber as 2 faces da moeda e consigo perceber que algo tem de ser feito. Mas o problema é que há sempre os que se safam com as reformas milionárias e afins, e os desgraçados que vão ter de trabalhar a 200km de casa só porque sim...

:namuche:

E o grande cavalo de batalha dos nossos governantes actuais é puxar o mais para baixo possível as gerações actuais, daqui a 50 anos vai tudo estar na merda sem contratos de trabalho, sem regalias, sem direitos e sem reformas.

Basicamente vamos passar do 8 para o 80.

Mas isso não é específico de Portugal. Estas mudanças estão a acontecer um pouco por todo o lado, infelizmente. E, ou as coisas mudam, ou essa profecia dos 50 anos é irrealista...

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Um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista. O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os dias?

E esta comédia sindical não se fica por aqui. Por artes burocráticas impenetráveis, Mário Nogueira tem sido avaliado como professor: recebeu o "Bom" correspondente à classificação de 7,9 obtida no agrupamento de escolas da Pedrulha, Coimbra (Correio da Manhã, Dezembro 2011). Mais uma vez, um camião de perguntas bate à porta: se não dá aulas, como é que este indivíduo pode ser avaliado como professor? Como é que se opera este milagre da lógica? Entre outras coisas, parece que conferências e artigos de jornal contam para a avaliação de Mário Nogueira. Fazer propaganda da Fenprof, ora essa, é igual ao confronto diário com turmas de vinte e tal garotos. Justo, justíssimo, justérrimo.

Se não é professor, quem é afinal Mário Nogueira? Na minha modesta opinião de contribuinte assaltado por horários zero e afins, Mário Nogueira é o verdadeiro ministro da educação. A cadeira do ministério vai mudando de dono, mas Mário Nogueira está lá sempre. Os governos sucedem-se, mas a Fenprof está lá sempre. E, com menor ou maior intensidade, as políticas educativas são determinadas pela Fenprof e não pelos governos democraticamente eleitos. A força das eleições nunca chega à tal escola pública, que é auto-gerida há décadas pela Fenprof. Curiosamente, TVs e jornais nunca fazem fogo sobre este sindicato. O poder da educação está ali, mas as redacções só sabem queimar ministros atrás de ministros. Nunca ouvi ou li uma entrevista a Mário Nogueira. Só vi e ouvi tempos de antena. Quem é Mário Nogueira? Um dos inimputáveis do regime.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/quem-e-mario-nogueira=f814448#ixzz2WftoidUR


A MODO E A DESTEMPO (Com um agradecimento ao senhor Henrique Raposo)

Não vou perguntar quem é Henrique Raposo, simplesmente porque não me interessa conhecer quem, à falta de argumentos políticos, se dedica a ataques pessoais. Mas quero esclarecer o senhor Raposo, em primeiro lugar a propósito da pergunta que faz: quem sou eu; depois, sobre uma questão que, para ser compreendida, obriga a perceber o que é a democracia... mas tentar não custa.

Admitindo que não lhe interesse saber onde nasci, a minha filiação, as minhas habilitações académicas, a minha ficha clínica ou o nome do meu gato, limitar-me-ei a esclarecê-lo sobre três coisas:

1) A minha presença na atividade sindical decorre de processos eleitorais legais e democráticos, sendo que o cargo de Secretário-geral da FENPROF é por mim exercido há apenas dois mandatos. Iniciei o terceiro há pouco mais de um mês, na sequência de um Congresso Nacional que elegeu a direção da FENPROF. Dos 650 delegados presentes, 500 foram eleitos nas escolas pelos professores sindicalizados, tendo sido inequívoca a votação que elegeu esta direção.

2) A lei sindical a que a FENPROF e os seus dirigentes se sujeitam não é exclusiva para nós. É a mesma que se aplica a outras organizações respeitáveis como, no caso da Educação, a FNE, ou, num âmbito mais geral, as confederações sindicais CGTP e UGT;

3) A avaliação a que me sujeitei não se me dirige em particular. É a mesma que se aplica a todos os que, não estando na escola por desempenharem cargos fora dela, têm, contudo, de ser avaliados. Chama-se "ponderação curricular" e aplica-se aos dirigentes sindicais, aos deputados, aos membros do governo, aos autarcas, presidentes de câmara ou vereadores a tempo inteiro, e a outros docentes que em âmbitos diversos, exercem atividade fora da escola.

Feita a explicação, perguntar-se-á: pensaria Henrique Raposo que o país tinha uma lei especial para a FENPROF e, em particular, o seu Secretário-geral? Não parecendo ser assim, cabe então perguntar: por que não escolheu outro dirigente sindical, de outra organização, por exemplo, ou um deputado (há muitos que são professores), ou um presidente de câmara, ou um membro do atual governo ou até um dos seus muitos assessores que são professores?

A pergunta é retórica, claro, porque a resposta é óbvia: não lhe interessava. Em primeiro lugar porque, provavelmente, para si, a democracia só tem um lado, o do poder; depois, porque mesmo no que, eventualmente, considerará o lado oculto da democracia, eram a FENPROF e o seu Secretário-geral que pretendia atingir. Saiba o senhor Raposo que, sendo o ataque feito de forma tão pouco inteligente que deixa a nu o propósito, o que procurava ser um insulto acaba por ser deferência. A precisão da escolha significa que a FENPROF está a chegar onde era pretendido, pelo que, desorientados, os que se sentem atingidos deixam de reagir politicamente para desferirem ataques pessoais. São ótimos esses sinais e dão-nos ainda mais força para continuarmos. Fica, por isso, o agradecimento.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/mario-nogueira-responde-a-henrique-raposo=f814731#ixzz2Wfu9Bujs

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"Um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista. O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os dias?"

disse o Raposo no Expresso...não fui ver mas deve ser..até adivinho...(pode ser que me engane) ehehehe

E como é que alguém que nunca deu aulas pode ser ministro da educação? Nunca estudou ensino, é formado em gestão e tem um mestrado em processos estocásticos e quer saber de educação? bolas assim eu vou para piloto de aviões ja guiei o flight simulator um monte de vezes...

Edited by ruit
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Também tens um economista no Ministério da Saúde. Não é por aí.

mas esse só faz contas.... ( e pelo menos até parece que as faz bem...)

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"Um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista. O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os dias?"

disse o Raposo no Expresso...não fui ver mas deve ser..até adivinho...(pode ser que me engane) ehehehe

E como é que alguém que nunca deu aulas pode ser ministro da educação? Nunca estudou ensino, é formado em gestão e tem um mestrado em processos estocásticos e quer saber de educação? bolas assim eu vou para piloto de aviões ja guiei o flight simulator um monte de vezes...

Não é bem assim, segundo a wikipédia:

Filho de Paulo António Arrobas Crato (Lisboa, Santa Isabel) e de sua mulher Maria de Lourdes Machado de Sousa,1 ambos professores de Matemática. Viveu em Lisboa, nos Açores e nos Estados Unidos da América.

Licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa onde depois obteve o grau de Mestre em Métodos Matemáticos para Gestão de Empresas. Doutorou-se em 1992, em Matemática Aplicada na Universidade de Delaware, Estados Unidos. Foi professor na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, no Instituto Superior de Economia, na Universidade dos Açores, no Stevens Institute of Technology e no New Jersey Institute of Technology. É desde 2000 professor no Instituto Superior de Economia e Gestão, onde é catedrático de Matemática e Estatística.2 Foi também Pró-Reitor da Universidade Técnica de Lisboa.3

A 6 de Junho de 2008 foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.4

Em Junho de 2010 foi nomeado presidente executivo da Taguspark.5

No dia 17 de Junho de 2011 foi anunciado como Ministro da Educação e Ciência do XIX Governo Constitucional de Portugal, sendo um dos quatro ministros independentes a ingressar neste governo.

O seu pensamento educativo rompe com a tradição construtivista e socio-construtivista que foi muito disseminada na Europa e nos Estados Unidos, sobretudo entre os anos 1980 e 2000. É a favor de uma maior liberdade de escolha das famílias, de uma grande autonomia das escolas e, sobretudo, de um ensino mais organizado, rigoroso, centrado nos conteúdos curriculares e não na noção de "competências", que tem acusado de ser uma noção vaga e que secundariza o conhecimento em favor da capacidade de fazer. Tem reforçado o ensino do que considera serem matérias fundamentais, nomeadamente Português, Matemática, História, Geografia, Ciências e Inglês. Introduziu mais avaliação externa no ensino e promoveu a elaboração de Metas Curriculares, rompendo com a tradição anterior contrária a exames e a objectivos cognitivos claros. Cita frequentemente educadores e filósofos da educação Eric Hanushek, E.D. Hirsch, John Anderson e Stanislas Dehaene, que parecem ser as suas referências fundamentais.

Tem também desenvolvido o ensino profissional e vocacional e defendido um reforço da sua vertente dual, isto é, da aliança entre a formação académica e a realizada em ambiente de trabalho, nas empresas. No campo externo, nomeadamente nos CPLP, tem ajudado a cooperação com diversos países, promovendo, por exemplo, a ida de professores para Timor Leste e a vinda de estudantes brasileiros para as universidades portuguesas.

No que se refere ao ensino superior, tem pugnado por uma mais clara distinção entre os papéis das universidades e os dos politécnicos e por uma maior competitividade nos fundos dedicados à investigação científica.

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É o Henrique Raposo, não há nada mais a dizer. É um fascista do mais nojento que há, escreve sempre com base nos ódios que tem e sem pensar no que escreve e está, por isso, constantemente a ser apanhado a dizer bacoradas sem nexo e a ser desmentido.

Se me dissessem que anda aqui pelo FNF, ocorrem-me facilmente users que poderiam ser ele...

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Mas ele tem razão no que diz... :unsure:

E a resposta do Mário Nogueira foi algo do género "Ah, se todos fazem porque é que nós havíamos de ser diferentes?"

E é como disse alguém, quem paga o salário ao Mário Nogueira somos todos nós, que lhe pagamos como professor. Se ele quer ser líder sindical, então, que a classe dele e que ele representa lhe pague o salário, já que ele não faz serviço público, mas sindical, né?

Edited by camurso_
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Mas ele teve de ser avaliado, pois é professor e ninguém escapa à avaliação.

Como é que ele foi avaliado é que é de rir, conforme está dito no ponto 3.

Mas, para isso, para as coisas serem transparentes e correctas, Mário Nogueira nunca, nunca, nunca, mas nunca deveria ser considerado como professor. E quem diz ele, diz todos os outros que trabalham nos sindicatos, sejam eles professores ou não.

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Mas ele teve de ser avaliado, pois é professor e ninguém escapa à avaliação.

Como é que ele foi avaliado é que é de rir, conforme está dito no ponto 3.

Mas, para isso, para as coisas serem transparentes e correctas, Mário Nogueira nunca, nunca, nunca, mas nunca deveria ser considerado como professor. E quem diz ele, diz todos os outros que trabalham nos sindicatos, sejam eles professores ou não.

E vários deputados da assembleia da república do CDS ao BE ou no Governo...desde que sejam professores, são avaliados, ridículo mas é verdade.

Para o Camurso... então só me deste razão um gajo que é formado no iscte, vai fazer o doutoramento e mestrado lá fora e a seguir vai pra universidade.. o que sabe do nosso sistema de ensino ? para isso é preciso estudar anos, os especialistas de ensino estudam para isso e sem me queres impressionar com o curriculo não impressionas.. a minha ex-1 tem mais trabalhos publicados lá fora em revistas de topo num ano que ele em toda a vida.

Edited by ruit
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