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Caso FIFA: Qatar terá "comprado" Mundial 2022


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INTERNACIONAL

UEFA aceita Mundial no inverno

As 54 federações filiadas não se opõem à mudança de data para a realização da prova no Catar

As 54 federações de futebol filiadas na UEFA "declararam, por unanimidade, que estão de acordo com o princípio" de jogar o Mundial2022 no Qatar nos meses de inverno, revelou o presidente da organismo. "Sobre o Mundial2022 no Catar há duas coisas a dizer. Em primeiro lugar, o presidente da FIFA [Joseph Blatter] vai falar sobre 2022 no próximo Comité Executivo da FIFA [a 3 e 4 outubro em Zurique]. Segundo, as federações europeias declararam, por unanimidade, que estão de acordo quanto ao princípio de não se oporem a que se dispute o Mundial2022 no inverno. Sublinho, 'quanto ao princípio'. Ponto final", disse Michel Platini no final da reunião do Comité Executivo da UEFA, em Dubrovnik, Croácia.

"Não sabemos o que se vai passar no Comité Executivo da FIFA, pelo que é difícil falar. Diria que a bola está do lado do presidente da FIFA", acrescentou.

Platini recordou que o presidente da FIFA se vai reunir com todas partes interessadas na questão, para depois tomar uma decisão quanto ao calendário do Mundial2022, problemático desde a escolha do Qatar devido às altas temperaturas naquele país nos meses de verão. "O senhor Blatter agora pensa, três anos depois [da atribuição do Mundial ao Catar por parte da FIFA], que o melhor é jogar no inverno. As federações europeias estão de acordo quanto ao princípio, mas não sabemos o que se vai passar a 3 e a 4 de outubro. Mas não haverá certamente decisão em outubro", precisou o responsável máximo da UEFA.

Platini reagiu ainda com ironia às recentes declarações de Blatter em como houve pressões políticas e económicas na escolha do Qatar para acolher o Mundial 2022. "O senhor Blatter tem muita experiência, acaba de se dar conta que existem influências políticas na atribuição dos Jogos Olímpicos, dos Campeonatos do Mundo... Ainda bem, é bom que ele agora se aperceba disso. É verdade que é uma coisa recente", ironizou Platini.

O presidente da UEFA, no entanto, mostrou-se confuso quanto às considerações de Blatter. "Mas o Catar teve 14 votos. Como só há oito votos europeus numa votação para atribuir um Mundial estou um pouco surpreendido", concluiu Platini.

O Jogo

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Uma coisa de cada vez. Ai agora foram os políticos que pressionaram. E a FIFA que diz ser à prova de pressões abriu as pernas? Pooooooiiiiiiiis claro.

Mal ele disse isso de mudar a data, representantes da bundesliga, premierleague e pitra vieram dizer que o homem estava tolo. Agora houve unanimidade... ppppppppppoooooooooiiiiiiiiiiiisssssssssss claro.

Alguém abanou foi com uns cheques de indemnizações e os transtornos desapareceram.

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Mortes e escravidão ensombram obras no Qatar para o Mundial de 2022

Escravidão, fome, falta de condições de higiene, salários nunca pagos ou em atraso. Qatar é acusado de admitir empresas de construção que exploram trabalhadores.

Pelo menos 44 nepaleses morreram no período de dois meses em obras no Qatar. O país está a preparar-se para receber o Mundial de futebol de 2022. Uma investigação do jornal britânico The Guardian revela casos de exploração, fome e várias tentativas de fuga de trabalhadores devido a falta de pagamento de salários e condições sub-humanas em que são forçados a viver.

“Trabalhámos de estômago vazio durante 24 horas, 12 horas de trabalho e sem comida durante toda a noite”, contou ao jornal Ram Kumar Mahara, um nepalês de 27 anos. Mahara manifestou a sua indignação a um dos responsáveis da empresa que o contratou e a resposta foi a sua expulsão da obra, sem o pagamento de salários. “Tive de pedir comida a outros trabalhadores”. Além da falta de alimentos, o Guardian ouviu histórias de trabalhadores a quem era negada água apesar do calor abrasador que se faz sentir naquela região do Médio Oriente, onde as temperaturas podem chegar aos 50 graus Celsius.

Outro nepalês, que se identificou ao Guardian através das iniciais SBD, trabalhador de uma empresa subcontratada para os projectos de construção da Lusail City, uma nova cidade que está a ser construída no país e que se prevê que tenha capacidade para alojar mais de 200 mil pessoas. É aqui que está a ser construído o estádio principal do Mundial. SBD denunciou que a empresa ficou com dois salários a cada um dos trabalhadores destacados para a zona da marina que tentaram fugir devido às condições de trabalho e de alojamento. Durante a sua investigação o jornal britânico diz ter encontrado situações em que 12 pessoas dormiam no mesmo quarto e outras “ficavam doentes devido às condições repugnantes dos hostels” em que eram alojados.

Após as tentativas de fuga, os trabalhadores viram os seus passaportes confiscados, bem como os cartões de identificação emitidos pelas autoridades do Qatar para poderem circular no país. Pelo menos 30 nepaleses conseguiram escapar e procurar refúgio na embaixada do seu país em Doha, indica o jornal.

Ataque cardíaco ou acidente de trabalho

Os dois testemunhos recolhidos entre os milhares de nepaleses, que se encontram a trabalhar nas obras de preparação para o Mundial 2022, mostram a existência de casos de escravidão, dos quais terão resultado a morte de mais de quatro dezenas de trabalhadores entre 4 de Junho e 8 de Agosto, segundo dados a embaixada do Nepal em Doha, capital do Qatar. Mais de metade morreu de ataque cardíaco, falhas cardíacas ou acidentes de trabalho.

“As alegações sugerem a existência de uma rede de exploração entre as aldeias pobres do Nepal e os líderes qataris. O quadro geral é de uma das nações mais ricas a explorar uma das mais pobres para se preparar para o torneio desportivo mais popular do mundo”, escreve o Guardian. A maioria dos nepaleses que concordaram em viajar para o Qatar devido à oferta de trabalho tem agora uma dívida para pagar a empresas de recrutamento de trabalhadores no Nepal, o que os obriga a permanecer em situações como as agora descritas.

O sentimento de impotência de não conseguir sair da situação é confessado por outro nepalês. “Estou enfurecido com a forma como esta empresa nos está a tratar, mas não temos ajuda. Arrependo-me de ter vindo para aqui, mas o que posso fazer? Somos desafiados a vir ganhar a vida mas não tivemos qualquer sorte”.

Qatar é uma “prisão aberta”

Ao Guardian, o embaixador do Nepal no Qatar, descreveu o país árabe como uma “prisão aberta”. O secretário-geral da Federação Geral de Sindicatos do Nepal, Umesh Upadhyaya, lamenta que a discussão sobre as condições que o Qatar tem para receber o Mundial 2022 se resuma ao calor extremo que os jogadores vão sentir. “Estão a ignorar as dificuldades, sangue e suor de milhares de trabalhadores imigrantes que vão construir os estádios para o Mundial em turnos que podem durar oito vezes mais do que o tempo de um jogo de futebol”.

O Comité Supremo do Qatar 2022, responsável pela organização do Mundial, “lamenta profundamente as alegações feitas contra certas empresas a trabalhar na construção da Lusail City e considera que se trata de um questão da maior seriedade”. Ao Guardian, a organização disse ter conhecimento que “autoridades governamentais estavam já a investigar essas acusações”.

O Ministério do Trabalho qatari sublinha, por sua vez, que se “uma empresa não cumpre a lei do país, o ministério aplica penalizações e reporta o caso às autoridades”. A tutela assegura que são realizadas inspecções periódicas para “garantir que os trabalhadores recebem o salário a tempo” e que são respeitas as regras sobre o trabalho sob o conhecido calor que caracteriza aquele país árabe. O mesmo discurso foi feito pela empresa responsável pelo projecto Lusail City. “Com base nesta investigação [do Guardian], vamos tomar as acções necessárias contra qualquer indivíduo ou empresa que tenham violado a lei ou o contrato connosco”.

Mega-projecto, mega-polémica

Os valores certos de investimento no mega-projecto de construção das infra-estruturas de apoio ao Mundial não são exactos. Estima-se que 74 mil milhões de euros sejam aplicados nos próximos nove anos. Está ainda previsto um investimento multimilionário em estradas, vias férreas para comboios de alta velocidade e hotéis.

A escolha do Qatar para receber o Campeonato do Mundo de futebol em 2022 não foi tranquila e já tinha posto em causa a decisão da FIFA. Três anos após o anúncio do país como sede do torneio, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, reconheceu que se terá "cometido um erro", não só pelas condições meteorológicas mas também devido às “realidades geopolíticas".

Numa entrevista a um jornal alemão Die Zeit, Blatter foi mais longe e afirmou que a escolha do Qatar “teve influências políticas directas”. “Chefes de Governo europeus aconselharam os representantes dos seus países com direito de voto a pronunciarem-se a favor do Qatar, porque estavam ligados a esse país por interesses económicos importantes”, admitiu.

Público

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  • 3 weeks later...
  • 4 weeks later...

Blatter defende Mundial do Qatar em novembro/dezembro

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, defendeu esta sexta-feira que o Mundial do Qatar só poderá realizar-se nos meses de novembro e dezembro, caso seja deslocado para o inverno europeu.

"Estamos a começar as consultas para transferir o Mundial para o inverno", declarou aos jornalistas o presidente do organismo máximo do futebol mundial, antes de sublinhar que, em caso de alteração, a prova "só poderá ter lugar em novembro/dezembro, nunca em janeiro/fevereiro".

Joseph Blatter tem manifestado preferência pela realização do campeonato do mundo do Qatar no período de inverno desde julho passado.

"É evidente que não se pode jogar com este calor, no pico do verão", admitiu o líder máximo do futebol mundial, ao recordar as altas temperaturas que se fazem sentir no período estival no emirado.

Após a visita que está a efetuar a Abu Dhabi, Blatter deverá deslocar-se ao Qatar, onde deverá debater a organização do Mundial'Mu2022 com os responsáveis do emirado.

A ideia de transferir o Mundial do Qatar para fora do período tradicional dos meses de junho e julho desagrada aos responsáveis pelos desportos de inverno (neve e gelo), que admitem ser "esmagados" pela "febre" do futebol, uma vez que o evento coincidiria com os Jogos Olímpicos de Inverno.

Esta hipótese divide também o mundo do futebol, com alguns dirigentes a contestar a FIFA por ter ignorado o problema do clima aquando da atribuição do Campeonato do Mundo ao Qatar.

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  • 1 month later...

FIFA

Mundial do Qatar disputado entre novembro e janeiro

O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, afirmou que o Mundial2022 de futebol no Qatar não se vai disputar em junho e julho, como habitualmente, mas provavelmente entre 15 de novembro e 15 de janeiro.

"Para ser sincero, eu penso que vai ser disputado entre 15 de novembro e 15 de janeiro, no máximo. Se jogarmos entre novembro e dezembro, uma altura em que as condições climatéricas são melhores, teremos temperaturas semelhantes a uma primavera quente na Europa, com cerca de 25 graus celsius, e isso será perfeito para jogar futebol", afirmou Valcke, em entrevista à rádio France Info.

O número dois da FIFA lembrou que o organismo tinha começado uma consulta aos vários agentes do futebol mundial sobre a possibilidade de mudar o calendário do evento devido ao calor que se sente no Qatar no verão - pode atingir os 50 graus celsius.

As datas definitivas apenas vão ser anunciadas em dezembro de 2014, no Comité Executivo da FIFA.

Diário de Notícias

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