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Política Espanhola


Vasco G
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Catalunha: Madrid propõe eleições antecipadas para abrir mão do artigo 155

Joana Almeida

13:47

O anúncio surge um dia antes de terminar o prazo dado à Catalunha para esclarecer se proclamou ou não a independência. Caso venha a ser aplicado o artigo 155 da Constituição espanhol, Carles Puigdemont perde as suas competências enquanto presidente da Generalitat e Madrid elege uma nova figura para ocupar o cargo.

O Governo de Espanha está disposto a abrir mão do artigo 155 da Constituição, que permite suspender a autonomia da Catalunha, caso o presidente da Generalitat (Governo regional), Carles Puigdemont, convoque eleições autonómicas antecipadas na região. O anúncio surge um dia antes de terminar o prazo dado à Catalunha para esclarecer se proclamou ou não a independência.

Fontes próximas do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, indicam que o Executivo está a considerar convocar eleições na região, para evitar a necessidade de uma intervenção do Palácio da Moncloa na Catalunha. Essas eleições seriam vistas como uma reposição da normalidade mas, segundo avança o jornal ‘El País’, isso implicaria que Carles Puigdemont confirmasse que não declarou a independência da Catalunha, em função da esmagadora vitória com 90% dos votos no referendo de 1 de outubro.

O prazo final para Carles Puigdemont voltar atrás nas suas pretensões independentistas termina esta quinta-feira às 10h00 locais (9h00 em Portugal). Caso venha a ser aplicado o artigo 155 da Constituição espanhola, Carles Puigdemont perde as suas competências enquanto presidente da Generalitat e Madrid elege uma nova figura para ocupar o cargo.

A agência espanhola EFE adianta que membros da equipa de Carles Puigdemont já vieram entretanto dizer que não contemplam pedir eleições antecipadas na Catalunha.

A Autoridade Independente de Responsabilidade Fiscal espanhola (AIREF) veio esta quarta-feira alertar que o prolongamento do impasse político na Catalunha pode representar um grande tombo para economia de Espanha. A entidade estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha possa perder no próximo ano entre 0,4 e 1,2 pontos percentuais, o que significa uma perda entre 4.000 e 12.000 milhões de euros, dependendo do tempo que o conflito catalão se vai estender.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/catalunha-madrid-propoe-eleicoes-antecipadas-para-abrir-mao-do-artigo-155-222563

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Catalunha muda planos e quer convocar eleições

Jornal Económico com agências

11:29

O presidente da Generalitat faz uma declaração institucional às 13h30 locais (12h30 em Lisboa).

O presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, mudou os seus planos iniciais e está pronto para convocar eleições para o Parlamento, segundo acaba de revelar a agência noticiosa espanhola EFE.

O avanço para as eleições irá depender de se o governo liderado por Mariano Rajoy renunciar ou não à aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola, deixando para trás a possibilidade de fazer a tão desejada declaração de independência dos catalães.

A informação da EFE foi confirmada por fontes do partido independentista Junts pel Sim (JxSí), cujos deputados foram convocados esta manhã por Carles Puigdemont para analisar os cenários que estão em aberto, poucas horas antes de iniciar a sessão plenária que irá para responder ao polémico 155.

O presidente da Generalitat faz uma declaração institucional às 13h30 locais (12h30 em Lisboa).

 

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Afinal

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Catalunha. Puigdemont não convoca eleições e apela ao civismo e à paz

26 out, 2017 - 16:09

O líder do Governo catalão diz que espera que o senado aplique o artigo 155 da Constituição, mas que isso será “injusto e abusivo”.

 

Carles Puigdemont falou esta quinta-feira aos catalães, mas recusou a possibilidade de convocar eleições regionais, afirmando que não existem condições para o fazer.

"Estava pronto a convocar eleições se fossem dadas garantias" de que isso impediria a aplicação de governação directa a partir de Madrid, disse. "Não existem garantias que justifiquem convocar hoje uma eleição", afirmou.

Num discurso de cerca de cinco minutos, o líder do governo regional disse que continuava a cumprir o seu dever de procurar todas as vias de diálogo pacífico, mas acusou o Partido Popular, de Mariano Rajoy, de estar a tirar proveito da situação para rejeitar o diálogo.

Puigdemont reconheceu que é provavel que o Senado aprove a aplicação do artigo 155.º da Constituição, como já aconteceu no Parlamento, que suspenderá a autonomia da Catalunha, dissolvendo o Parlamento e o Governo e obrigando à convocação de eleições regionais. O ainda líder do Governo insiste que essa aplicação será "injusta" e "abusiva" e que o Parlamento catalão continua mandatado para avançar com o projecto independentista, consoante os resultados do referendo de 1 de Outubro, cuja legalidade Madrid rejeita.

"Não obtive uma resposta responsável da parte do Partido Popular", afirmou. "Mais uma vez comprovamos que a responsabilidade apenas obriga a uma parte, a outra tem direito à mais clara irresponsabilidade", lamentou.

Por fim, Puigdemont disse que importa manter na Catalunha a paz e o civismo. "Nestas horas que se apresentam, o compromisso com a paz e o civismo devem manter-se mais fortes do que nunca. Só assim, sublinho que só assim, venceremos", concluiu.

http://rr.sapo.pt/noticia/96782/puigdemont-nao-convoca-eleicoes-e-apela-ao-civismo-e-a-paz?utm_source=rss

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Claro que perde, mas do que tenho lido ele aceitava convoca-las se o governo central recusasse na aplicação do artigo 155, o governo central aqui foi burro, cedia e acabava tudo bem já, assim isto ainda se vai arrastar mais uns tempos numa situação que é desonrosa para todos. 

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10 hours ago, Vasco G said:

Claro que perde, mas do que tenho lido ele aceitava convoca-las se o governo central recusasse na aplicação do artigo 155, o governo central aqui foi burro, cedia e acabava tudo bem já, assim isto ainda se vai arrastar mais uns tempos numa situação que é desonrosa para todos. 

David Cameron & Theresa May likes this

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Projeto de declaração unilateral de independência foi aprovado por 70 votos a favor, 10 contra e dois em branco, num órgão composto por um total de 135 deputados. 

O parlamento regional da Catalunha aprovou hoje, em Barcelona, a independência da região e a separação de Espanha numa votação sem a presença dos principais partidos que se opõem à proposta, que abandonaram a sala minutos antes.

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Madrid aprova suspensão da autonomia catalã

15:20

Por 214 votos a favor e 47 contra, o Senado Espanhol aprovou o pedido do Governo para aplicar o Artigo 155 da Constituição, suspendendo a autonomia da Catalunha.

Poucos minutos depois de o Parlamento regional catalão aprovar uma declaração unilateral de independência, o Senado espanhol aprovou a aplicação do artigo 155 da Constituição daquele país, suspendendo assim a autonomia da Catalunha.

O pedido do Governo liderado por Mariano Rajoy foi aprovado com 214 votos a favor, 47 contra e uma abstenção, permitindo assim ao Executivo assumir a gestão direta daquela região.

Segundo declarou aos jornalistas presentes no senado, o presidente do Governo espanhol irá reunir um Conselho de Ministros extraordinário pelas 18h00 (17h00 em Portugal) para delinear de que forma será feita a gestão da ‘Generalitat’ e da polícia regional catalã, os Mossosd’Esquadra, que agora passarão para a alçada do Estado Central.

Recorde-se que pouco tempo depois de o ‘Parlament’ aprovar a declaração de independência, Mariano Rajoy publicou um tweet em que pedia tranquilidade a todos os espanhóis e afirmava que “o Estado de Direito restaurará a legalidade na Catalunha”.

 

Edited by Vasco G
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ERC e partido de Puigdemont admitem participar nas eleições de 21 de dezembro

 

Os dois principais partidos catalães, que aprovaram a declaração unilateral de independência da Catalunha, anunciaram que vão participar nas eleições autonómicas de 21 de dezembro, convocadas pelo governo em Madrid, mas considerando-as "ilegítimas".

Na sexta-feira, o Parlamento regional catalão aprovou uma resolução na qual se declarava a independência da região e, horas depois, o governo em Madrid anunciou as medidas ao abrigo da Constituição (artigo 155.º) para repor a legalidade na Catalunha: destituição de todo o governo regional, dissolução do parlamento regional e convocação de eleições autonómicas para 21 de dezembro, entre outras.

O porta-voz da Esquerra Republicana de Catalunya (ERC) anunciou hoje que o partido "vai encontrar forma de participar" nas eleições autonómicas de 21 de dezembro convocadas pelo governo em Madrid, ainda que as considere "ilegítimas".

"As urnas não nos dão medo", disse Sergi Sabrià após uma reunião da Comissão permanente nacional da ERC.

O dirigente da esquerda republicana catalã reafirmou a posição do partido de que as instituições catalãs "foram ocupadas de forma ilegal".

Sergi Sabrià qualificou a aplicação do artigo 155.º de "golpe de estado", mas justificou a ida do partido às urnas: "É preciso preservar esta república frágil e, ao mesmo tempo, rejeitar a usurpação que pressupõe" a intervenção do governo central na autonomia.

A ERC considera que a Catalunha já é uma república independente de Espanha, na sequência da aprovação no parlamento regional da Declaração Unilateral de Independência, que, no entanto, não foi reconhecida pelos Estados europeus, pelas instituições comunitárias, pela ONU, pela NATO, pelos Estados Unidos ou pela Rússia.

Já a coordenadora-geral do Partido Democrata Europeu da Catalunha (PDeCAT), Marta Pascal, explicou hoje que o partido a que pertence Carles Puigdemont - destituído na sexta-feira do cargo de presidente regional catalão - vai a eleições para enfrentar uma aplicação "miserável" do artículo 155.º.

Também Marta Pascal não explicou que fórmula vai o partido encontrar para concorrer, nomeadamente se vai fazer uma coligação com as outras formações independentistas.

Nas autonómicas antecipadas de 27 de setembro de 2015, o atual PDeCAT (na altura chamado Convergência Democrática da Catalunha, anteriormente conhecida como Convergência e União, CiU) foi a votos coligada com a ERC, numa plataforma conhecida como Junts pel Sí (JxSi, Juntos pelo Sim).

Marta Pascal, que falava no final da reunião do Comité Nacional do partido, disse que a ideia é "defender as instituições catalãs".

"Não temos medo das urnas, Mariano Rajoy. Lá nos veremos", desafiou.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/erc-e-partido-de-puigdemont-admitem-participar-nas-eleicoes-de-21-de-dezembro

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Procuradoria de Espanha ordena “captura e detenção” do “suspeito Carles Puigdemont”

José Carlos Lourinho e Joana Almeida

15:03

Procuradoria-Geral espanhola emitiu um mandado de captura europeu contra o ex-presidente da Generalitat e os quatro antigos membros do seu governo. Todos faltaram à convocatória para estarem presentes na Audiência Nacional, em Madrid.

A Procuradoria-Geral de Espanha emitiu um mandado de captura europeu contra Carles Puigdemont e os quatro antigos membros do seu governo pelo facto de terem faltado à convocatória para prestarem declarações na Audiência Nacional, em Madrid.

“O suspeito Carles Puigdemont manifestou publicamente a sua intenção de não comparecer e solicitou, como também o fizeram Antonio Comín e Meritxell Serret, declarar por videoconferência, sem oferecer pormenores sobre o seu paradeiro. Pelo exposto, solicita-se que o tribunal ordene a sua captura e detenção de âmbito nacional e internacional”, pode ler-se na petição do procurador entretanto divulgada.

Na Bélgica em busca de “solução pacífica”

A Procuradoria-Geral de Espanha já tinha feito saber que iria emitir um mandato internacional de extradição para que o presidente destituído do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, e os seus ex-conselheiros comparecessem a julgamento na Audiência Nacional, em Madrid. Carles Puigdemont está na Bélgica com outros membros do seu governo para procurar uma “solução pacífica” para a crise que se instalou na região.

O advogado do presidente do governo destituído, Paul Bekaert, anunciou na quarta-feira que Carles Puigdemont não iria comparecer à audiência convocada pelo Supremo Tribunal de Justiça, sugerindo que os interrogatórios decorressem na Bélgica, para onde este se dirigiu após o Governo de Mariano Rajoy ter ativado o artigo 155º da Constituição espanhola e assumido o controlo da Catalunha. A audiência foi entretanto desconvocada e adiada para dia 9 de novembro.

Os outros ex-conselheiros catalães que estão na Bélgica juntamente com Carles Puigdemont são Antoni Comín (ex-conselheiro da Saúde), Meritxell Serret (ex-conselheira da Agricultura), Lluís Puig (ex-conselheiro da Cultura) e Clara Ponsatí (ex-conselheira da Educação). Os analistas políticos consideram que esta fuga à justiça se trata de uma estratégia mediática para angariar apoio para a causa catalã.

Os arguidos são acusados da prática de crimes rebelião, insurreição e mau uso de fundos, depois de terem “urdido uma estratégia do que se tornaria um movimento secessionista perfeitamente organizado e com repartição de papéis entre as autoridades governamentais, parlamentares e associações independentes”.

 

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Catalunha: Puidgemont anuncia "estrutura" de governo a partir da Bélgica

MUNDO

09.11.2017 às 10h03

 

O ex-presidente do governo autónomo da Catalunha, Carles Puidgemont, anunciou hoje a criação de uma "estrutura estável" para coordenar no estrangeiro as ações do autoproclamado governo que considera legítimo

No documento "Carta da Bélgica que está a ser difundida por vários órgãos de comunicação social da Catalunha, Puidgemont dirige-se aos catalães assegurando "que o governo legítimo vai cumprir as suas obrigações".

Carles Puigdemont, autoproclamado presidente após a declaração unilateral de independência da República da Catalunha, encontra-se em Bruxelas na companhia de outros cinco membros destituídos do governo autónomo.

Puidgemont diz que é consciente da desorientação causada pela falta de respostas rápidas por parte dos "representantes e instituições legitimos" e, por isso, tenciona promover uma estrutura capaz de cumprir com as "obrigações".

"Apoiados por uma estrutura estável que pomos em marcha a partir de hoje para coordenar as ações do 'Govern' (autoproclamado governo independente) para a denúncia da politização da justiça espanhola e a sua falta de imparcialidade e vontade de perseguir ideiais", refere o documento.

Puigdemont reafirma "a aposta do povo catalão pelo direito à 'autodeterminação', pelo diálogo e por uma solução negociada".

A carta denuncia ainda o que considera "decadência democrática do Estado espanhol" que, afirma, atua de forma "vergonhosa" e "repressiva" sob a tolerância da União Europeia.

Carles Puigdemont indica que o "plano" para as próximas semanas é "claro" e que perante a aplicação do artigo 155 da Constituição é preciso "fortalecer democraticamente" as instituições que foram captadas por um "golpe de Estado", referindo-se ao artido constitucional.

"Por isso temos as eleições que propõe o Estado espanhol no dia 21 (de dezembro) com o objetivo para recuperar a democracia plena, sem presos, sem vinganças, sem imposições, sem fúria e cheio de futuro, diálogo e consenso", escreve.

Outro elemento central do plano de Puigdemont é conseguir a libertação do que considera "presos políticos" que se encontram sequestrados pelo Estado espanhol referindo-se aos ex-vice-presidente da Generalitat e outros sete ex-membros do governo autónomo, destituídos e que são acusados dos crimes de rebelião, sedição e má gestão de fundos públicos.

"É preciso denunciarmos a situação todos os dias e que no próximo sábado sejamos milhares no 'Dia Nacional pela Liberdade' que foi convocado em Barcelona", diz referindo-se á manifestação organizada pelas organizações Òmnium Cultural e Assembleia Nacional Catalã (ANC).

http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/2017-11-09-Catalunha-Puidgemont-anuncia-estrutura-de-governo-a-partir-da-Belgica?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2017-11-09

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Puigdemont e socialistas a subir a um mês das eleições

Sondagem dá uma nova vitória dos independentistas a 21 de dezembro, com maioria absoluta de deputados mas não de votos

 

A um mês das eleições autonómicas catalãs, uma sondagem do Gabinete de Estudos Sociais e Opinião Pública para o jornal El Periódico aponta para um crescimento do Junts per Catalunya (JxCat), a lista de Carles Puigdemont, às custas da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), liderada pelo ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras. Do lado não independentista, os socialistas crescem graças aos votos que antes eram do Ciudadanos, que perde apoio à esquerda mais vai buscá-lo à direita, com o Partido Popular em queda. No final, se o cenário se mantiver igual até 21 de dezembro, os independentistas voltam a ter maioria absoluta de deputados, mas não de votos.

Segundo a sondagem, a ERC de Junqueras (detido em Madrid) teria 23,9% das intenções de voto e elegeria 37 a 38 deputados - 4,2 pontos e seis deputados menos do que há um mês. Precisamente o mesmo número de representantes que o JxCat ganha para chegar aos 16,5% e 24 ou 25 deputados. Puigdemont aguarda em liberdade a decisão da justiça belga sobre a extradição para Espanha. A Candidatura de Unidade Popular (CUP, radicais), que perde 1,5 pontos comparando com outubro e cai dos 9 ou 10 representantes para 7 ou 8. A sondagem foi feita entre 15 e 18 de novembro, quando se ultimavam as listas de candidatos, com base em 800 entrevistas. A margem de erro de 3,5%.

No balanço global, os independentistas mantém a maioria absoluta de deputados, mas voltam a não ter a maioria absoluta de votos. Dentro das forças não independentistas, os socialistas ganham terreno ao Ciudadanos, hoje o maior partido da oposição. Num mês, o partido de Miquel Iceta ganha 3,6 pontos para os 18,1% e quatro deputados, ficando com 24 ou 25 representantes. Precisamente os mesmos que o Ciudadanos, que tem 18,6%. O partido de Inés Arrimadas perde eleitores para o PSC à esquerda mas vai buscá-los à direita, ao PP, que cai de 9 ou 10 deputados em outubro para 6 ou 7. Os Comuns (como é conhecida a aliança entre o Catalunya en Comú e o Podemos catalão) cai de 11 ou 12 deputados para 9 ou 10.

Na véspera, outra sondagem, da GAD3 para o ABC, apontava para uma subida de oito deputados dos partidos "constitucionalistas" em relação às eleições de dezembro de 2015: PS, Ciudadanos e PP teriam em conjunto 60 deputados. Menos um que ERC e JxCat.

Campanha em liberdade

Os ex-membros do governo catalão - Jordi Turull (Presidência) e Josep Rull (Território) - pediram ontem à Audiência Nacional que os deixe participar na campanha em liberdade, alegando ter aceitado a aplicação do artigo 155.º da Constituição. Segundo o recurso apresentado pelo advogado de ambos, os ex-consellers "acataram expressamente as medidas decretadas ao abrigo do artigo 155.º sem fazer ou promover qualquer tipo de resistência à sua aplicação".

Turull e Rull estão entre os oito antigos membros do governo detidos, acusados de rebelião, sedição e peculato na organização do referendo e na declaração unilateral de independência. Quando foram presentes à juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, recusaram declarar e acabaram por ficar detidos. Pelo contrário, a presidente do Parlamento, Carme Forcadell, e os outros líderes parlamentares ouvidos pelo Supremo Tribunal acataram o artigo 155.º que suspendeu a autonomia catalã e argumentaram que a declaração de independência foi apenas "simbólica".

Procurando alterar a posição dos seus clientes, o advogado Jordi Pina alega que "não há nenhuma vontade, nem risco, de continuar a praticar o crime de que são acusados, mas de compromisso em manter as legítimas aspirações políticas no curso do confronto democrático eleitoral, com pleno respeito ao pluralismo político que tem que reger a convocatória eleitoral". Turull e Rull são candidatos pela lista do JxCat.

https://www.dn.pt/mundo/interior/puigdemont-e-socialistas-a-subir-a-um-mes-das-eleicoes-8931405.html

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Independentistas não conseguem assegurar vantagem na Catalunha

 

Depois do que se passou com o referendo à independência, tudo parecia estar a favor de uma vitória clara do separatismo nas eleições de 21 de dezembro. Afinal, não é nada disso que se está a passar.

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Yves Herman/Reuters

A exatamente 15 dias das eleições regionais na Catalunha, a formação do próximo elenco parlamentar da autonomia permanece envolta numa enorme incerteza: depois de um primeiro momento – imediatamente a seguir ao referendo sobre a independência realizado a 1 de outubro passado – em que os partidos pró-independentistas pareciam levar a dianteira, o ‘fôlego’ separatista tem vindo claramente a perder vigor.

É certo que há sondagens para todos os gostos – com os independentistas a queixarem-se sistematicamente dos critérios que estão por detrás de alguns desses estudos, propagandeados pelos jornais espanhóis –, mas o certo é que de há pelo menos duas semanas a esta parte que os independentistas não se encontram à frente de qualquer uma delas.

Quanto aos vencedores absolutos, os resultados também têm vindo a evoluir em desfavor dos independentistas. Na primeira sondagem realizada depois de o governo de Madrid anunciar o dia das eleições, a Candidatura de Unidade Popular (CUP), liderada por Oriol Junqueras, chegou a aparecer à frente das intenções de voto – o que pareceu estranho à maioria dos comentadores, dado que o partido, de extrema-esquerda, tinha apenas 10 dos 135 lugares no parlamento ‘fechado’ pelo governo de Mariano Rajoy.

Pouco depois, foi a vez do PDeCAT de Carles Puigdemont – entretanto já refugiado na Bélgica – passar para frente das sondagens. Mas isso também durou pouco tempo, e no estudo de opinião mais recente é o Ciudadanos – um dos poucos partidos que está a usar o castelhano para fazer a campanha eleitoral – que colhe a maioria das intenções de voto.

Mas as contagens por partidos não têm qualquer significado político, como disse há dias ao Jornal Económico um politólogo português que vive em Barcelona. O que está em causa é perceber-se, no final do dia 21 de dezembro, se os independentistas obtêm ou não a maioria – independentemente de conseguirem vir a formar um governo e independentemente das adições que seja necessário fazer.

Se os partidos independentistas no seu conjunto conseguirem uma maioria de votos (mesmo que, por hipótese, o Ciudadanos acabe por ganhar as eleições), Mariano Rajoy, o rei Filipe VI, o histórico dirigente socialista Felipe González e ainda o atual secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, terão um enorme problema entre mãos, que rapidamente ascenderá ao topo da agenda política – ou, mais propriamente, não chegará a sair de lá.

Independentistas desavindos

O mínimo que se pode dizer é que, aparentemente, os independentistas estão a fazer tudo ao contrário do que era suposto se queriam levar de vencida as eleições que se aproximam – e Mariano Rajoy por certo que antecipou estes desentendimentos, que correm a seu favor. Desde logo porque não conseguiram formar uma lista conjunta que agregasse as vontades independentistas do território – uma espécie de reedição do Juntos Pelo Sim, que estava no poder na Generalitat até Madrid ter decidido intervir.

O que passou para a opinião pública, segundo a mesma fonte, foi uma mensagem clara de desentendimento entre todos – afinal, a mesma mensagem que o executivo liderado pelo liberal de direita Carles Puigdemont, como presidente, e pelo esquerdista radical Oriol Junqueras, como vice-presidente, já vinha passando antes da destituição.

A incapacidade de formação da lista conjunta – numa altura em que, tudo o indicava, a exaltação dos ânimos pós-referendo para isso fortemente contribuiriam – foi entendida como um sinal muito negativo por parte do eleitorado. E não terá sido por acaso que foi precisamente a partir daí que as sondagens começaram a mostrar o afundamento dos independentistas em termos de intenção de voto.

Melodrama à vista

Para piorar as coisas, os catalães parecem a estar a observar com muita reserva a forma como a campanha está a ser estruturada do lado dos independentistas. Por uma razão: o melodrama que Puigdemont decidiu montar a partir de Bruxelas parece estar a ser contraproducente. O líder do PDeCAT, depois de fugir da Catalunha – os que não fugiram e, como ele, tinham mandados de captura, entregaram-se às autoridades (os da CUP) – decidiu que iria participar na campanha eleitoral, mas o grosso das suas intervenções resume-se a queixar-se de que não pode estar no seu próprio território para o fazer.

A dramatização da campanha não tem corrido a seu favor e alguns já afirmaram que Puigdemont pode sentir-se tentado – neste contexto adverso e na tentativa de conseguir um volte-face à última hora – a produzir uma encenação ‘hollywoodesca’: regressar a Barcelona para ser preso à saída do avião!

Entretanto, nas ruas – e é de recordar que em Barcelona as ruas são a arena política por excelência – parece haver um empate técnico entre independentistas e não-independentistas. No dia em que a fase de campanha eleitoral foi oficialmente aberta, os independentistas encheram algumas artérias de Barcelona com bandeiras e cartazes a exigir a independência da Catalunha. No dia seguinte, ontem, foi a vez de cerca de 12 mil pessoas (não são muitas, mas costumam ser 400, segundo a imprensa) comemorarem na rua os 39 anos do referendo que aprovou a Constituição espanhola.

 

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Catalunha. Independentistas elegem Roger Torrent como presidente do Parlamento

17 jan 2018 11:50

O parlamento catalão elegeu hoje Roger Torrent como presidente, com os 65 votos dos três grupos independentistas, enquanto o candidato do Cidadãos, partido mais votado nas eleições regionais de dezembro, recebeu 56 votos.

 

O Parlamento regional da Catalunha iniciou esta quarta-feira, por volta das 11:00 locais (menos uma hora em Lisboa), a sessão de constituição da câmara, mais uma vez dominada pelos partidos independentistas que proclamaram a independência de Espanha em outubro passado.

Nas eleições regionais de 21 de dezembro, os independentistas renovaram a maioria absoluta, com 70 deputados em 135. Apenas oito deles não conseguiram assistir à sessão, porém, por estarem detidos, ou exilados na Bélgica. Entre eles está o líder separatista Carles Puigdemont, que quer exercer a Presidência à distância, a partir da Bélgica, onde se encontra no momento - caso regresse à Catalunha será detido.

Nos lugares vazios, os companheiros partidários colocaram grandes laços amarelos, que se tornaram símbolo dos independentistas para reivindicar a libertação dos políticos presos e o fim da perseguição judicial contra os seus líderes.

"Deveria dizer 'bom dia' ao presidente da Generalitat (o Executivo catalão) e aos membros do governo, mas já viram que não estão aqui", afirmou o independentista Ernest Maragall, discursando na sessão inaugural por ser o deputado mais velho.

"É a primeira vez que uma sessão de constituição de uma legislatura é realizada com o banco do governo vazio", acrescentou.

Hoje, os partidos separatistas conseguiram a presidência da Casa. Nos próximos dias, o Legislativo catalão deve eleger o presidente regional, cargo almejado por Puigdemont.

O deputado Roger Torrent, do partido Esquerda Republicana de Cataluya (ERC), obteve 65 votos contra 56 para o candidato antisecessão.

A eleição do novo presidente do ‘parlament’ decorreu à segunda volta e contou com votos favoráveis dos independentistas, que totalizam 70 lugares - – 34 dos JxCat (Juntos Pela Catalunha, direita separatista), 32 de ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) e quatro da CUP (Candidatura de Unidade Popular, extrema-esquerda antissistema).

A votação teve ainda nove votos em branco.

O Executivo separatista presidido por Puigdemont, que organizou o inconstitucional referendo de autodeterminação no primeiro dia de outubro e levou a região a declarar a secessão em 27 de outubro, foi destituído pelo governo espanhol de Mariano Rajoy.

Dois dos seus membros estão em prisão preventiva em Madrid, enquanto outros cinco - incluindo Puigdemont - vivem na Bélgica, foragidos da Justiça espanhola.

 

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Presidente do parlamento propõe Puigdemont para dirigir Governo regional

22 jan 2018 10:58

 

O novo presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, propôs hoje em Barcelona o nome do líder separatista Carles Puigdemont para voltar a dirigir o Governo da Catalunha, apesar de todos os obstáculos jurídicos que isso implica.

Roger Torrent, um independentista empossado há duas semanas, quando prometeu privilegiar o “diálogo” entre as forças parlamentares, tomou esta decisão depois de se ter encontrado com todos os partidos com assento na assembleia regional.

O bloco de partidos independentistas tem a maioria dos assentos no parlamento da Catalunha e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, avisou na semana passada que Madrid irá manter a sua intervenção na Catalunha no caso de Carles Puigdemont tentar regressar ao poder na região.

Carles Puigdemont está hoje na Dinamarca para participar num debate na Universidade de Copenhaga e arrisca ser detido.As autoridades judiciais espanholas pediram à Dinamarca para ativar a ordem de detenção europeia contra o ex-presidente da Generalitat.

De acordo com fontes da Fiscalia Geral do Estado, contactadas pela agência de notícias EFE, o pedido de detenção foi formalizado por Pablo Llarena, juiz do Tribunal Supremo e aplica-se apenas à Dinamarca.

Trata-se da primeira vez que o ex-presidente da região autónoma da Catalunha se desloca a um outro país desde que se encontra na Bélgica para onde fugiu no final de 2017.

Na liderança do executivo catalão desde janeiro de 2016, Puigdemont e a sua equipa governativa foram destituídos pelo governo central de Madrid após a declaração unilateral de independência de uma “República catalã”, feita em Barcelona no passado dia 27 de outubro. As autoridades espanholas acusaram então o presidente catalão destituído dos crimes de sedição, rebelião e peculato.

A conferência em Copenhaga acontece numa altura em que estão a decorrer negociações sobre a escolha do próximo presidente do governo autónomo da Catalunha, na sequência das eleições regionais de 21 de dezembro, escrutínio que permitiu aos independentistas manter uma maioria parlamentar absoluta.

Puigdemont é o principal candidato, mas quer ser investido à distância, de forma a evitar uma possível detenção assim que pisar território espanhol. Numa entrevista à Catalunya Radio, Puigdemont disse hoje que é “viável” ser presidente do governo catalão (também conhecido como Generalitat) desde Bruxelas em virtude do uso das novas tecnologias. E acrescentou que não pode exercer o cargo como “presidiário” em Espanha e que, por isso, só admite renunciar caso lhe venha a ser retirado apoio parlamentar, em Barcelona.

O governo de Madrid já avisou que se opõe ao cenário de uma presidência ausente.

 

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