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Vice: Jornalismo de Excelencia


Pablo Empanada
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Ja conhecem esta revista http://www.vice.com/pt/ ? Descobri recentemente e estou parvo com a qualidade jornalistica No Bulshit a la gonzo .

Exemplo extravagant de um artigo da seccao cenas:

DICAS FIXES PARA DESPEDIDAS DE SOLTEIRO(A) INESQUECÍVEIS

By Filipe Moreira

Um guia para as despedidas de solteiro (ou solteira) é uma das coisas que a sociedade mais necessita. Aliás, mais do que um guia precisamos de uma revolução. Malta, as despedidas de hoje em dia estão mais batidas do que a música dos We Trust. No outro dia saí do trabalho mais cedo. A tarde estava quente e a semana a terminar, por isso fui até ao Candelabro beber um Campari (sim, um Campari, qual é o problema?) quando apareceu uma seita de gajas aos berros.

Inicialmente, pensei o mesmo que toda a gente: gajas histéricas no final de tarde de uma quarta-feira? Festa Erasmus ou da Faculdade de Farmácia, claro, mas nisto surge uma tipa com uns corninhos na cabeça e umas cuecas fio dental vestidas por cima das calças. O shot na mão e os incansáveis “huuuuéeeeeeeeeee!” completavam o cenário. Era só mais do mesmo, ou seja, a desgraçada estava a despedir-se da sua vida de solteira com as amigas, toda a gente bebia cerveja, mamava shots e berrava sem que nenhuma delas passasse qualquer tipo de cartão aos gajos que lá estavam. E sem sequer embarcar em aventuras à BangBros — triste, eu sei.

Quanto a esta despedida não há muito mais a dizer, tirando uma miúda mesmo gira que parecia meia triste, o que sugere que deve ter andado a comer o noivo no passado e agora estava a ver a amiga a casar com ele. O mais importante aqui é que este episódio levou-me a pensar nas despedidas de solteira em geral.

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No Candelabro não há matraquilhos, mas as gajas eram assim.

Eu frequento, essencialmente, despedidas masculinas. Digo-vos francamente que não têm sido nada de especial. A única que valeu mesmo a pena foi a mais normal de todas, ou seja, jantar com quengas semi-nuas a servir álcool, coca à mistura e um bacanal à maneira (já lá chego). Pessoal, isto é uma despedida de solteiro. Se é para o noivo se despedir das vantagens de ser solteiro, esta é a forma de partir em grande.

Agora, ir para um bar não sei onde e depois praia e o não sei das quantas até bebeu imenso e não sei quê… Escusam de me convidar. Ou há sexo animalesco, droga e o ocasional homicídio acidental, ou não é despedida de solteiro nenhuma. Nem tudo é mau, de uma forma ou de outra as despedidas de solteiro ainda se vão mantendo mais ou menos coerentes. O problema está nas das gajas. E é sério.

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"Obrigado pela despedida de solteiro pessoal. Vocês são os melhores amigos do mundo!"

O assunto é sério porque basicamente o futuro do casal depende de uma única coisa: da despedida de solteira. Isto é, a forma como a noiva comemora os seus últimos momentos de descomprometida definirá o futuro da relação. E a medida é esta: quanto mais ela se divertir, mais longo será o relacionamento. Duvidam? Isto é não é psicologia barata, é ciência pura. A despedida de solteira deverá ser a resposta a todas as dúvidas e mais algumas para que não haja curiosidades comprometedoras durante o casamento. Esse é sagrado meus amigos, por isso cá ficam as indicações essenciais para uma despedida de solteira:

Liguem às convidadas

Optem por ser vocês próprias a organizar a coisa para não aparecer nenhuma otária a inventar joguinhos de perguntas sobre o vosso noivo. Procurem convidar as vossas amigas com melhor aspecto e deixem os arbustos ir para o 3C à vontade.

Marquem numa casa ou num apartamento de praia de uma amiga

Assim poderão ir para a praia de tarde, bronzear, andar de biquíni para aquecer os ânimos e beber champagne debaixo do sol.

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"Aquela puta da Calzedonia vendeu o mesmo biquíni a todas."

Liguem a toda a gente

A amigos de faculdade, ex-colegas de trabalho, ex-namorados, amigos, etc., e proponham uma sessão fotográfica. Eles vestem a pele de Terry Richardson e vocês são as modelitos. Enquanto eles não chegam, vão a DancingBear.com e inspirem-se.

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Que fofinho.

E finalmente…

Comecem a explorar os vossos corpos com uma curiosidade ávida e implacável. Explorem os corpos dos fotógrafos. Filmem tudo. Façam upload para o Chupa-mos. Tornem-se famosas. E casem.

Como vêem é super simples, super excitante e sobretudo corresponde ao conceito de despedida de solteira, não corrompendo a filosofia de tantas eras anteriores à nossa. O espisódio do Candelabro não teria, em si, nada de especial a não ser as belas recordações que trouxe da despedida de solteiro do Inácio.

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Foi alguma merda que comi…

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A do meio afinal era um gajo.

O Inácio é uma ave rara. Faz a barba no barbeiro todas as sextas-feiras, acha que o top em vestuário masculino é vestir Triple Marfel e calçar Lois, gosta de uma boa excursão e dá-se com os melhores picheleiros de Gondomar. Adoro o Inácio. E quando ele conheceu a Fátima era certinho que se iriam casar. Namoraram nove anos e em 2011 lá decidiram dar o nó — foi uma boda girissima, servida pelo Assador Típico — e viver felizes para sempre.

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O Inácio é um moço tão bem parecido.

Mas isto não tem interesse nenhum. O que fez história foi a despedida de solteiro. O Inácio convocou os seus amigos mais chegados para dizer adeus à boa vida de solteiro numa casa em Matosinhos. Comemos e bebemos com fartura até que o cunhado do Inácio (sim, o irmão da futura mulher) ligou para umas beldades do Massagens.net.

A coisa já estava mais ou menos combinada. Montámos na Peugeot 504 do Agostinho e lá fomos à Fernão Magalhães buscar as moças. Enquanto elas descem as escadas do átrio, a caminho do nosso carro, só consegui verbalizar o seguinte: “Que arbustos são estes que aí vêm Agostinho?!” Ao que ele me respondeu: “És rico? Queres ir para as caras, as de 20 contos?”

Elas lá entraram. O bouquet era extraordinário: fragrâncias Boticário, creminho da Avon e cigarros acabadinhos de fumar rematados a Trident de morango. Fiquei logo excitado e começou o reboliço logo ali no carro. Como estava a conduzir, não acompanhei os meus confrades enquanto eles, de forma apaixonada, lambiam os pescoços, orelhas e sutiãs daquelas ninfas de cebolada.

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Esta era uma das moças a servir à mesa. A mais gira de todas, por acaso.

O regresso a casa foi épico. A mesa já estava posta e as meninas tinham como tarefa servirem-nos o jantar de tanguinha enquanto nós comíamos e conversávamos sobre a vida. Estavam todos sentados quando as meninas apareceram e não demorou mais do que três segundos a instalar-se o maior bacanal.

Atenção, o nível de romantismo e entrega manteve-se. Beijos molhados na boca, sexo oral (dar e receber) abraços, lambidelas e o Óscar, no final do seu recorde de 48 segundos, abraçou-se à Luana a chorar. Como as meninas receberam, cada uma, cerca de seis contos, houve direito a segunda oportunidade e, como já éramos todos conhecidos, optou-se por tornar o momento mais natural. Nunca vi tanta carne sem latex à mistura.

Mais uma rodada de três minutos e lá foram as meninas embora. Passámos logo à parte em que o pessoal recorda o acontecimento. “E quando eu pensei que estava a apalpar o cu à gaja e era o do Inácio?! Até disse que a nina era peluda!” Isto é uma despedida em grande. Ok, faltou a coca e um homicídio, mas caramba, estávamos a aprender, ok?

Conclusão. Pensem bem nas despedidas de solteiro que organizam ou em que participam. Essas parolices de ir para Bainona ou Ibiza são tudo menos dignas. Ir para fora só se for a Vigo ao El Peinador — mas atenção, lá nunca se faz nada por menos de 11 contos.

By Filipe Moreira 8 hours atrás

Tags: sexo, amor, Vigo, Matosinhos, despedida de solteiro, despedida de solteira, amigas, brasileiras, prostitutas, prostituição,massagens, não é o que estás a pensar

Num registo mais sério teem uma categoria de videos chamada Travel Guide. Nunca vi jornalismo deste genero muito bom:

Getting into North Korea was one of the hardest and weirdest processes VICE has ever dealt with. After we went back and forth with their representatives for months, they finally said they were going to allow 16 journalists into the country to cover the Arirang Mass Games in Pyongyang. Then, ten days before we were supposed to go, they said, “No, nobody can come.” Then they said, “OK, OK, you can come. But only as tourists.” We had no idea what that was supposed to mean. They already knew we were journalists, and over there if you get caught being a journalist when you’re supposed to be a tourist you go to jail. We don’t like jail. And we’re willing to bet we’d hate jail in North Korea. But we went for it. The first leg of the trip was a flight into northern China. At the airport, the North Korean consulate took our passports and all of our money, then brought us to a restaurant. We were sitting there with our tour group, and suddenly all the other diners left and these women came out and started singing North Korean nationalist songs. We were thinking, “Look, we were just on a plane for 20 hours. We’re jet-lagged. Can we just go to bed?” but this guy with our group who was from the LA Times told us, “Everyone in here besides us is secret police. If you don’t act excited then you’re not going to get your visa. So we got drunk and jumped up onstage and sang songs with the girls. The next day we got our visas. A lot of people we had gone with didn’t get theirs. That was our first hint at just what a freaky, freaky trip we were embarking on…

VICE Founder Shane Smith

Video

No Paquistão, esta deixou-me sem palavras:

Quando, aqui no Ocidente, se fala do Paquistão geralmente a conversa é sobre a "guerra ao terror" ou para dizer como a NATO é altamente. Já todos lemos notícias de ataques bem sucedidos de drones americanos contra alvos talibã, ou então de ofensivas que arrasam, por engano, vilas inteiras, matando mulheres, crianças e idosos. O sentimento geral, no entanto, é o de indiferença. Está tudo bem porque é só gente da montanha, sem rosto e sem voz. E nós estamos a ganhar.

Entretanto, a violência e a droga são verdadeiras epidemias. Há estimativativas que apontam para a existência de quatro milhões de paquistanesas viciados em heroína. Um grama de cavalo de alta qualidade pode ser comprado, nas ruas de Karachi, por 80 cêntimos. O ópio, um mercado de milhares de milhões, circula livremente e é exportado em larga escala para o estrangeiro. O que motiva, claro, mais violência.

O Suroosh Alvi, co-fundador da VICE, visitou Karachi, a metrópole violenta por excelência, para a aventura de uma vida e agora mostramo-vos o vídeo.

Video

North Korean Labor Camps

Siberian Slaves

Sneaking into North Korea's Secret Russian Labor Camp

By Shane Smith, Photos by Jason Mojica

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This guy menacingly brandished a railroad spike at Shane until his Russian mobster driver “Billy the Fish” grabbed it out of his hands and asked, “This your lights-out switch?”

Shortly after I arrived in Siberia, our British editor, Andy Capper, texted me: “You’ll love Siberia. Everything is so close and the people are so nice.” He was of course being facetious (or British: same thing) because everything is 18 hours by train and the people are very mean indeed. Some might start out nice, but after the vodka starts flowing—which is always—so does the malevolence. There are exceptions to the cranky-Russian rule, but they’re very few and very far between. One such exception was a lovely, lovely man named Billy the Fish—not his real name, of course. His nickname was the Fish, and I added the “Billy” in because I was drunk.

Billy was a local mafia type from a remote Siberian town that had no police and little regulation, save him and his boys. This would prove to be literally lifesaving, because we were after a very dangerous quarry in the middle of nowhere—North Korean slaves—who don’t want anyone to know they are actually there. Billy, clearly game for some hijinks, agreed to take us into the forest to find them.

At the first camp we found, the North Korean guards threatened us and tried to throw us out. Billy the Fish laughed—a great gold-toothed guffaw—and then smiled. “This is Russia,” he growled, eyes glinting. Motioning to the vast expanses around him, he declared, “This is mine.” Then to our camera crew, “Keep shooting. They can do nothing.” So we did.

Later, when we were deep in the forest, we came upon cadres of North Korean workers. A group of them approached and quickly surrounded our truck. One of them was swinging an iron bar, looking like he was going to bash our imperialist brains in. Billy took it from him, looked at it, and remarked calmly, “This your lights-out switch?” Sniff. “You’re going to need more than that.” He smiled and chucked it into the forest.

Later, we had lunch by an old woodpile—spam, hard bread, paprika chips, vodka, beer, and, for dessert, vodka with juice. Billy pulled out some old shotguns, and we released some built-up tension by shooting at our empty beer bottles. It was like being 15 again; naughty boys in the forest. When we came around the corner there were the North Koreans, waiting for us, but cowed and much less aggressive. “Did you know they were there?” I asked Billy. “Of course.” Sniff. “Where else would they be?” Classic Billy.

After an afternoon of playing cat and mouse with North Korean slaves, Billy took us to a freezing cold Siberian river for a swim to “clean it up,” then more vodka to “warm it up,” and then home to his family for the only good meal we ate in Russia. After eating, the Fish family took us to the bar (read: room with lights) for a night of boozing and drunken hugging with hard men whose nicknames included Stalin, Bear Killer, and, my favorite, plain old Killer. Tears, more vodka, giving of cheap presents, and finally the two-day train ride back to “civilization.”

But the North Koreans were waiting for us on the train… And so began the worst 48 hours of my life, which ended with the FSB (the modern version of the KGB), the local militia, plainclothes police, and assorted thugs removing us from the train and placing us into custody. Finding myself wishing for Billy and his ability to effortlessly sort things out, I texted him that the FSB had detained us. He replied, “Of course they have. Just leave.” So we took off, racing across Siberia to the Chinese border (Billy told us about the smugglers’ route) and finally… to freedom.

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A North Korean performs a little routine maintenance on a Russian truck in the heart of the labor camp.

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Shane with the Russian transit cop who saved him from a bunch of drunken hooligans on the trans-Siberian express

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The sawmill in Dipkun

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Billy the Fish shows off his shotgun.

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Everyone said that the bridge leading into the logging camp had burned down and we’d have to ford the river, but apparently a local cop built this replacement bridge so he could loot scrap metal from the North Koreans.

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All of this lumber piled in the mud is known as Siberian Larch, which is primarily used to make that shitty particleboard furniture you’ve got all over your house.

Video

Como não podia faltar tb tem outros conteudos interessantes como este mini doc de uma saida do Anthony Bourdain e os seus amigos.

Apresentações para quê? É o tipo do No Reservations, o programa socio-culinário preferido de toda a gente. O Anthony levou-nos aos seus templos sagrados da comida nova-iorquina, das carnes curadas, ao queijo, passando pelas bebidas. Portanto, e resumindo: isto é um programa sobre comida com um gajo que tem o seu próprio programa sobre comida a passear pelas ruas de Nova Iorque para comer. Bom apetite

http://www.vice.com/...dain-novaiorque

Edited by Pablo Empanada
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IDEIAS PARA UMA INSTALAÇÃO ARTÍSTICA BASEADA NA CAROLINA TORRES

By Miguel Arsénio

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Instalação de swag.

Tal como acontece com quase tudo, existem instalações artísticas interessantes e outras que não nos dizem nada. A verdadeira arte não costuma ser consensual, mas fica sempre bem assumir uma expressão inteligente enquanto se observa uma rapariga de cócoras, dentro de uma bolha, tal como é recomendável demonstrar muito respeito pelo feedback que sai de uns quantos amplificadores com três guitarras espalhadas por perto. Ninguém vai a uma galeria de arte para fazer caretas ou tapar os ouvidos. Quer dizer, eu também gosto de passear entre uma multidão de figuras humanas carecas feitas com gesso e de ver um par de mãos gigantes a segurar o Corão, embora fique por vezes entediado com outras peças do género.

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O Rui Veloso cantaria: “Tenho toda a arte do mundo para ti.”

Numa conversa entre duas pessoas aborrecidas com alguma arte, ocorreu-me que seria muito interessante fazer uma instalação artística inspirada na Carolina Torres, uma das mais admiradas apresentadoras desta nova geração. A Carolina merece arte feita a pensar nela: tem graça, é atraente sem se comportar como a última garrafa de Coca-Cola no deserto e é uma excelente companhia às cinco da manhã para quem não estiver à procura de spray para engrossar o cabelo nas televendas. Além disso, a Carolina é uma comunicadora com muita onda e ginga numa altura em que é impossível ligar a televisão e não ver uma apresentadora agachada a pedir à criança fadista (com seis anos) que diga adeus para o avô desdentado que está lá em casa. Não há paciência.

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Isto não são dois manguitos. Isto são dois manguitos conceptuais.

Se os outros países têm a Kate Moss para inspirar arte conceptual (estatuetas feitas em ouro), estava na altura de prestar o devido culto à Carolina Torres com uma enorme instalação artística inspirada nela. Antes de me candidatar a expor na Zé dos Bois, Flausina ou Centro Cultural de Belém, achei que a VICE devia conhecer este meu plano.

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1- Três televisores Grundig (modelo de 1982) a transmitir ininterruptamente as mais diversas aparições televisivas da Carolina misturadas com vídeos de férias da própria e imagens de palmeiras, que não fazem qualquer sentido no restante conjunto. Tudo isto em cassetes VHS de marca Continente, 240 minutos, gravadas em LP num vídeo manhoso. Esta divisão podia ser preparada pelo James Ferraro.

2- Um modelo exacto das pernas da Carolina Torres feito em gesso e com a colaboração da própria. O modelo deve ter à sua volta a vedação apropriada.

3- Um pequeno aparelho sonoro com fones e doze teclas com símbolos estranhos roubados àquela caixa doTwin Peaks que ninguém conseguia abrir. Junto ao aparelho estaria a seguinte etiqueta: “12 frases que adorarias escutar da boca da Carolina Torres.” Cada um dos botões activaria frases ditas pela Carolina em som 5.1, entre as quais: “Vai-me comprar morangos”; “ajuda-me aqui no vestiário”; “não sejas chato e leva-me ao cinema”; “poliban ou banheira, querido?”; “espalha bem o creme Nivea”.

4- Um telefone vermelho, colocado no centro da instalação, com uma etiqueta e a seguinte inscrição: “Linha directa para a Carolina Torres.” Ao ser utilizado, o auscultador passaria ininterruptamente a gravação de uma velhinha a dizer: “És tão só.”

5- A instalação artística teria desconto para stalkers mediante a apresentação de telemóveis com mensagens perturbantes do piorio.

6- Três frascos de forma cilíndrica com pêlos de identificação difícil e plantas exóticas para efeito artístico in-vitro. Um ponto de interrogação em esferovite junto a cada frasco.

7- O simulador do “espírito Arcade Fire”: peça complexa e distinta das restantes na instalação, o simulador deve incluir um pequeno botão que, ao ser carregado, projecta, numa tela, a imagem de um rapaz a aparecer junto ao ombro de uma rapariga, na fila da frente de um festival, enquanto se escuta um sample com a voz do mesmo a gritar: “É os Arcade Fire, caralho!” A peça deve simular a sensação de flashback desse momento televisivo inesquecível em que a Carolina Torres procurava entrevistar alguém “com o espírito Arcade Fire”, entre o público que esperava pela banda, e apareceu um gajo a dizer isso.

8- Uma réplica exacta do divã de Freud com a seguinte frase escrita na almofada: “Nem o Freud me curaria da pancada que tenho pela Carolina Torres.” A fonte utilizada na frase deve ter um pouco de clássico, emo e gótico.

9- Um leitor de mp3 a tocar toda a discografia de Glassjaw em modo shuffle.

10- Uma tendinha Zé Maria, só para o caso.

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  • 3 years later...

s04e07, que puta de nervos que fiquei no fim da primeira parte, continuam a comer cada vez mais terreno e o mundo continua a ignorar, por vezes até venho a pensar que a merda que acontece no UK é bem feita.

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