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Modelo social tem de voltar a ser discutido


panayotopoulos
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e pronto, aquilo que se vinha prevendo há algum tempo, e que cada vez mais vai ser mais discutido....

Modelo social tem de voltar a ser discutido

Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, considera que um dos bloqueios ao crescimento é a dualidade no mercado laboral em que só há flexibilidade na juventude.

"O modelo social europeu tem de ser revisitado", foi uma das frases fortes de Mário Draghi, na conferência de imprensa realizada hoje em Frankfurt pelo Banco Central Europeu (BCE), na sequência da reunião mensal do seu conselho de governadores.

O presidente do BCE precisou, inclusive, a frase. O modelo social "não é europeu", pois é aplicado apenas em alguns países, não em todos. O aspeto central deste modelo aplicado por vários países é o caráter dualista da sua concretização na realidade. Draghi sublinhou que, por um lado, há sectores do mundo do trabalho com todas as proteções e outros, a juventude, sem elas. "A flexibilidade [do mercado de trabalho] tem sido suportada pela juventude", sublinhou. Pelo que as regras têm de ser alteradas. Fica implícito que a flexibilidade laboral tem de ser para todos.

Esta explicação de Mário Draghi inseriu-se numa resposta sobre quais são os motores de que podem trazer de volta o crescimento na zona euro. Em primeiro lugar, a procura externa, sublinhou, com destaque para os países emergentes. E, em segundo lugar, a reforma laboral, a que juntou um terceiro pé, a capitalização dos bancos. O BCE atua no campo da liquidez, não no campo do capital - "isto não é capital, mas liquidez", repetiu algumas vezes. Acentuou que o fornecimento da liquidez se destinou a criar "um ambiente de paz relativa nos mercados financeiros" e a permitir "aos bancos operar uma desalavancagem de uma forma ordeira".

BCE não resolve "problemas estruturais"

Esses três aspetos estão fora do alcance do mandato BCE, acentuou. "Não podemos tratar deles", repetiu. Precisou, depois, onde o BCE pode agir e tem agido: nos juros, que estão "em valores negativos" (um aspeto que sublinhou pela primeira vez) inclusive em termos reais, pois a taxa de referência (fixed rate) que está em 1% (e que foi mantida hoje) é inferior à inflação média que estará, agora, em 2,6%; e nas medidas "não convencionais", como as destinadas a fornecer liquidez ao sistema bancários europeu, e nomeadamente a linha LTRO a 3 anos, com duas operações já realizadas.

Garantiu que considera "prematuro" abandonar estas medidas excecionais, quer a de juros baixos (negativos em termos reais), quer a das linhas de liquidez, cuja avaliação ainda está em curso no que toca à LTRO a 3 anos, sobretudo relativamente à segunda operação realizada já este ano, e que, muitos críticos, acusam de servir aos bancos para aplicações financeiras (incluindo em títulos soberanos de países em situação de risco) e não para emprestar à economia real. Citou o desemprego como a preocupação que faz o BCE manter esta estratégia de juros muito baixos e de linhas de liquidez.

Referiu, ainda, que se revela uma situação de "heterogeneidade" na zona euro, que "pode ser temporária". Mas se tais diferenças entre países membros forem "estruturais" terão de "ser os governos nacionais a resolvê-las, com reformas". "Não cabe à política monetária fazê-lo", concluiu nesse ponto.

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e cada vez mais perto de vermos o "modelo social europeu" a mudar... e não acredito que seja para darem aos "jovens" as regalias usados pelos "mais velhos", mas para nivelar tudo por baixo...

Presidente do BCE diz que modelo social europeu “está morto”

Draghi nota que o desemprego é mais elevado nos países com um mercado de trabalho mais protegido

Os valores da solidariedade e da inclusão são eixos do modelo social europeu, mas, tal como existe hoje, não é sustentável a prazo, defende o presidente do Banco Central Europeu (BCE). “O modelo social europeu está morto” e cabe aos Governos da zona euro avançar com reformas que sejam sustentáveis, observa Mario Draghi.

Na habitual conferência de imprensa mensal que se segue à reunião de política monetária do Conselho de Governadores do BCE, Draghi não se alongou nas explicações sobre o futuro do modelo social europeu.

Procurou usar este argumento para defender que os países em dificuldades devem continuar a tomar medidas de fundo de combate à crise, nomeadamente no mercado de trabalho.

A zona euro vive “uma época de heterogeneidade”, com diferenças ao nível do emprego e da produtividade, e em determinados países – que Draghi não identificou – as “regras não são duráveis a termo”.

Por isso defendeu, de forma telegráfica, que o “modelo social europeu deve ser revisto”.

Colocando a questão nas reformas estruturais, incentivou os países que estão em recessão “a tomar medidas no mercado de trabalho”. “Observamos que o nível de desemprego é mais elevado” nos países com um mercado de trabalho protegido, exemplificou, de novo sem se referir em concreto a qualquer país da moeda única.

Draghi enquadrou a necessidade de os países sob maior pressão dos mercados avançarem com reformas na estratégia global de combate à crise, que, insistiu, deve ser mantida.

O presidente do BCE admitiu implicitamente, aliás, novas medidas extraordinárias para estancar o avanço da crise. Mas repetiu que, ao mesmo tempo que o banco central decide sobre a política monetária, cabe aos Governos fazerem a sua parte. É prematuro discutir uma “estratégia de saída” da política anticrise, assinalou.

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Portanto, para quem acha que podemos fazer alguma coisa para mudar isto a nível nacional, enquanto continuamos a ignorar a realidade que nos rodeia, hoje não é um dia de sorte...

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O que vai acontecer,

e cada vez mais perto de vermos o "modelo social europeu" a mudar... e não acredito que seja para darem aos "jovens" as regalias usados pelos "mais velhos", mas para nivelar tudo por baixo...

É por um lado isto,

Numa análise mais aprofundada, o que esta crise pretende é acentuar cada vez mais o fosso entre ricos e pobres.

E por outro isto.

Nós caminhamos para uma sociedade onde as desigualdades cada vez vão ser maiores, as chamadas classes médias têm tendência a acabar.

Por um lado vamos ter 10 a 20% ricos que controlam a riqueza mundial e o resto na penúria.

Em termos de mercado laboral a tendência é para daqui a 50 anos ser tudo precário, com ordenados mínimos e sem direitos nem benefícios nenhuns.

Os que actualmente governam o mundo (e governaram no passado e vão governar no futuro) vão-se limitar a servir este sistema / caminho.

Mas para os gregos e desconhecidos desta vida assim é que está bem :y:

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