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Sustentabilidade do futebol europeu


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UEFA exige equilíbrio nas contas dos clubes

UEFA promete mão pesada com clubes que não cumpram regras de “fair-play” financeiro.

O painel de controlo financeiro da UEFA vai investigar o Manchester City devido ao patrocinador Etihad Airways e às suspeitas ligações a Abu Dhabi - o presidente do país é meio-irmão do dono do emblema inglês, o xeque Mansour bin Zayed al-Nayan, sendo que a companhia aérea é estatal. Negócios suspeitos numa altura em que a UEFA se prepara para instituir regras de "fair-play" financeiro para evitar desiquilíbrios nas contas dos clubes.

A entrada em vigor destas regras está prevista para a temporada 2013/2014, com base nas duas épocas anteriores, a UEFA quer impõr um equilíbrio entre despesas e receitas nos clubes. O órgão máximo do futebol europeu pensa, também, em fortes sanções para os incumpridores. No período de três anos se o clube apresentar um défice financeiro entre 5 e 45 milhões de euros será sujeito a um período de correcção de contas, sob a orientação de um painel de controlo da UEFA. E caso o défice ultrapasse os 45 milhões de euros em três épocas consecutivas, o clube pode mesmo ser excluído das competições europeias. Mas as sanções serão graduais, variando entre a simples multa até à temida exclusão das provas da UEFA.Pelo meio, os incumpridores poderão estar sujeitos à subtracção de pontos nas competições europeias, à proibição de inscrever jogadores ou, mesmo, à suspensão da actividade desportiva. A UEFA tenciona aprovar estas novas regras de "fair-play" financeiro até ao final deste ano.

Clubes europeus perdem 1,6 mil milhões

"É a última chamada de atenção para a necessidade urgente de inverter um ciclo de perdas se quisermos salvaguardar o futebol europeu": as palavras são de Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA, depois de ter sido divulgado ontem o relatório "The European Football Landscape" relativo a 2010. Perdas de 1,6 mil milhões de euros para um total acumulado de 8,4 mil milhões de euros são os números que voltam a colocar a sustentabilidade do futebol europeu em discussão.

Emanuel Medeiros, CEO da Associação de Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), admite que os números não surpreendem e traça um cenário futuro pouco animador: "Estes números não me surpreendem e, enquanto membro do Conselho de Estratégia da UEFA, já os conhecia. Admito que,no próximo ano, a situação será ainda mais sombria. A maioria dos clubes já interiorizou esta nova filosofia, mas fizeram um esforço financeiro maior sabendo que o regulamento do fair-play financeiro está perto de entrar em vigor", explica. Ernesto Paolillo, director-executivo do Inter com vasta experiência na área da banca, traçou uma analogia perante os números negativos: "Comparo a situação da indústria do futebol ao que está a suceder com economias como as de Itália, Espanha e Grécia. O primeiro acto de gestão que devemos efectuar é reduzir custos e aumentar receitas", recomendou. "A ausência de medidas levará a casos de falência como aconteceu com o Lehman Brothers", concluiu.

"Tal como há empresas que abrem falência, esse é um cenário que não podemos excluir no futebol", admite Emanuel Medeiros. "Por exemplo, em Espanha há vários clubes em risco de falência e mesmo em Portugal isso é uma realidade. Mas, com a actual crise económica, penso que temos de encarar este aspecto com alguma naturalidade, apesar de não ser de todo desejável."

No caso específico do futebol português, Medeiros nota que os problemas financeiros são "de longa data". "Acima de tudo é necessário que haja um esforço de concertação entre a Liga e os clubes. E é fundamental que haja apoio do Estado. Claro que sem recursos financeiros os clubes não vão poder investir na formação e é impossível evoluir."

3,3 mil milhões em compras Os clubes gastaram 3,3 mil milhões de euros na contratação de jogadores e, dessa verba, 2,3 mil milhões ainda estão em dívida aos clubes que venderam. Ao mesmo tempo, os custos com pessoal equivaleram a 64% das receitas, registando ligeira descida.

Medeiros considera "indispensável" a redução dos salários e a diminuição do volume de transferências. "Há a necessidade de emagrecer a parcela das despesas e ter noção de que, tal como as árvores não crescem até ao céu, o crescimento do futebol não é uma fonte inesgotável."

O dirigente acrescenta que "a preservação da saúde financeira dos clubes não é um exclusivo da UEFA. É um ideal que se persegue há muitos anos para que os clubes invertam voluntariamente as práticas financeiras de alto risco."

No relatório, a UEFA relembra casos de clubes que foram penalizados por causa de mas práticas financeiras. Infantino reconheceu que 13 equipas envolvidas nas provas europeias desta época "não cumpririam requisitos para evitar as sanções que serão aplicadas a partir de 2014". E explicou ter falado com o comissário europeu da Concorrência, Joaquin Almunia. "Concluimos que, se as regras do fair-play financeiro fossem aplicadas na economia, a situação da Europa talvez fosse diferente."

Mesmo com números tão desanimadores, Emanuel Medeiros considera que "o futebol não está em crise". "É um cenário que não vejo como possível porque o futebol continua a ser a modalidade mais procurada e mediatizada. Apesar da encruzilhada em que se encontra, o potencial de crescimento é enorme." A comprová-lo, Portugal está entre os países nos quais, entre 2006 e 2010, houve aumento acima de 10% nas receitas com publicidade e patrocinadores.

FC Porto apontado como exemplo

O nome não é referido de forma explícita, mas a indicação de que ganhou a Liga dos Campeões e a Taça UEFA no período em análise basta para se perceber que o FC Porto é apontado como exemplo:

"gerou 223 milhões de euros em receitas com transferências, conseguindo lucros em nove de dez anos em apreciação". No estudo divulgado pela UEFA, uma análise aos últimos sete ciclos de transferências (mercados de Inverno e Verão) aponta gastos de 613 milhões de euros em Janeiro do ano passado, o maior valor e a variação mais elevada (24%) em relação aos dados considerados. Por outro lado, surge a indicação de que os direitos televisivos garantiram a principal fatia para o crescimento anual de receitas registado entre 2006 e 2010, numa percentagem de 12,4%. Nas principais Ligas, a proporção dos direitos televisivos nas receitas aumentou entre 31% e 35% nesse período de cinco anos.

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FC Porto apontado como exemplo

O nome não é referido de forma explícita, mas a indicação de que ganhou a Liga dos Campeões e a Taça UEFA no período em análise basta para se perceber que o FC Porto é apontado como exemplo:

"gerou 223 milhões de euros em receitas com transferências, conseguindo lucros em nove de dez anos em apreciação". No estudo divulgado pela UEFA, uma análise aos últimos sete ciclos de transferências (mercados de Inverno e Verão) aponta gastos de 613 milhões de euros em Janeiro do ano passado, o maior valor e a variação mais elevada (24%) em relação aos dados considerados. Por outro lado, surge a indicação de que os direitos televisivos garantiram a principal fatia para o crescimento anual de receitas registado entre 2006 e 2010, numa percentagem de 12,4%. Nas principais Ligas, a proporção dos direitos televisivos nas receitas aumentou entre 31% e 35% nesse período de cinco anos.

Se o Santos tivesse sabido disto..... oh wait... trollface.gif

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Estava mesmo a pensar quem iria ser o primeiro a dizer algo do género....

Bingo!

Ou seja, subconscientemente, sabes que a notícia é um atirar de areia para os olhos tendo em conta aquilo que se tem passado, e a prova disso, é que estavas à espera que alguém viesse dizer aquilo que tu sabes ser evidente trollface.gif

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Eu parece que adivinhava que o grego tinha que vir comentar um parágrafo específico, quanto ao core da notícia 0

Q tem o core da notícia? Q os clubes estão endividados quando não o deveriam estar já todos sabemos, só que preferimos assobiar para o lado e aplaudir o "sucessos desportivo", ao invés do controlo financeiro... regras e leis para tornar tudo mais justo, equilibrado e transparente tardam, porque é realmente concorrência desleal haver clubes na primeira com ordenados em atraso, e depois equipas mais modestas a conseguirem resultados mais pobres porque não quiseram dar um passo maior do que a perna...

O Porto serve de exemplo mas ninguém questiona como é que esse sucesso foi alcançado não é? Mas para quem foi assim tão bom a amealhar receita, o Standard de Liége e afins devem-se ter enganado nas ameaças por falta de pagamento...

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O santos não recebeu a tempo e horas?

Mostra lá onde é que houve queixa de falta de pagamento, que saiba houve uma tentativa de antecipar um pagamento que estava acordado para Junho de 2012 como forma de pressão utilizaram o certificado do Danilo, e que obviamente o Porto não aceitou tendo chegado a ameaçar com uma queixa

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BTW o problema da concorrência desleal passa-se de igual forma com os grandes Portugueses face aos clubes espanhóis por exemplo.

O caso do Falcão é um exemplo disso, depois de lhe terem acenado com a pasta, não havia como o segurar apesar do Porto ter recebido títulos de dívida

A questão é conseguiu descontá-los?

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BTW o problema da concorrência desleal passa-se de igual forma com os grandes Portugueses face aos clubes espanhóis por exemplo.

O caso do Falcão é um exemplo disso, depois de lhe terem acenado com a pasta, não havia como o segurar apesar do Porto ter recebido títulos de dívida

A questão é conseguiu descontá-los?

e então??? Isso é a moral toda a vir ao de cima do clube que tem o Kléber no plantel???

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BTW o problema da concorrência desleal passa-se de igual forma com os grandes Portugueses face aos clubes espanhóis por exemplo.

O caso do Falcão é um exemplo disso, depois de lhe terem acenado com a pasta, não havia como o segurar apesar do Porto ter recebido títulos de dívida

A questão é conseguiu descontá-los?

e então??? Isso é a moral toda a vir ao de cima do clube que tem o Kléber no plantel???

Não percebi o que queres dizer e de onde veio o Kleber, mas também ainda não me viste a crítica-lo, por isso cai ao lado, mas também a qualidade dele é um assunto para discutir no tópico do Porto

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BTW o problema da concorrência desleal passa-se de igual forma com os grandes Portugueses face aos clubes espanhóis por exemplo.

O caso do Falcão é um exemplo disso, depois de lhe terem acenado com a pasta, não havia como o segurar apesar do Porto ter recebido títulos de dívida

A questão é conseguiu descontá-los?

e então??? Isso é a moral toda a vir ao de cima do clube que tem o Kléber no plantel???

Não percebi o que queres dizer e de onde veio o Kleber, mas também ainda não me viste a crítica-lo, por isso cai ao lado, mas também a qualidade dele é um assunto para discutir no tópico do Porto

passou.te mesmo ao lado para entenderes que eu estava a comentar a qualidade do Kléber, e não de onde ele veio e como ele veio...

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Pessoalmente acho vergonhoso com tanta miséria que há por esse mundo fora o dinheiro que se paga por transferências e de ordenados a jogadores.

Em minha opinião isso devia ser regulamentado.

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Por princípio sou contra os tectos salariais.

Acho que a única hipótese é mesmo a certificação de contas e a imposição de limites em termos de racios de capital.

O problema depois podiam era passar a ser os constantes aumentos de capital nos clubes com investidores

E depois esta questão de racios também poderia ser complicada por outro lado, por exemplo (sem querer trollar) o Sporting estava fora das competições europeias num cenário destes

BTW o problema da concorrência desleal passa-se de igual forma com os grandes Portugueses face aos clubes espanhóis por exemplo.

O caso do Falcão é um exemplo disso, depois de lhe terem acenado com a pasta, não havia como o segurar apesar do Porto ter recebido títulos de dívida

A questão é conseguiu descontá-los?

e então??? Isso é a moral toda a vir ao de cima do clube que tem o Kléber no plantel???

Não percebi o que queres dizer e de onde veio o Kleber, mas também ainda não me viste a crítica-lo, por isso cai ao lado, mas também a qualidade dele é um assunto para discutir no tópico do Porto

passou.te mesmo ao lado para entenderes que eu estava a comentar a qualidade do Kléber, e não de onde ele veio e como ele veio...

O quê, o Kleber também não está pago?

Ou estás a falar da queixa do Marítimo que ainda espero pela notícia da entrada dela...

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Por princípio sou contra os tectos salariais.

Acho que a única hipótese é mesmo a certificação de contas e a imposição de limites em termos de racios de capital.

O problema depois podiam era passar a ser os constantes aumentos de capital nos clubes com investidores

E depois esta questão de racios também poderia ser complicada por outro lado, por exemplo (sem querer trollar) o Sporting estava fora das competições europeias num cenário destes

BTW o problema da concorrência desleal passa-se de igual forma com os grandes Portugueses face aos clubes espanhóis por exemplo.

O caso do Falcão é um exemplo disso, depois de lhe terem acenado com a pasta, não havia como o segurar apesar do Porto ter recebido títulos de dívida

A questão é conseguiu descontá-los?

e então??? Isso é a moral toda a vir ao de cima do clube que tem o Kléber no plantel???

Não percebi o que queres dizer e de onde veio o Kleber, mas também ainda não me viste a crítica-lo, por isso cai ao lado, mas também a qualidade dele é um assunto para discutir no tópico do Porto

passou.te mesmo ao lado para entenderes que eu estava a comentar a qualidade do Kléber, e não de onde ele veio e como ele veio...

O quê, o Kleber também não está pago?

Ou estás a falar da queixa do Marítimo que ainda espero pela notícia da entrada dela...

sim, estou a falar de todo o circo à volta da contratação do Kléber para o Porto sim...

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Já viste a queixa contra o Porto, é que já passou 1 ano e meio e nada Daqui a pouco prescreve sad.png
Então não venhas aqui para o fórum chorar por um clube mais forte financeiramente ter levado o Falcão...

Népia, nem me viste a reclamar com isso, fiquei triste obviamente, mas é a lei da vida

Mas continuo à espera que me digas onde está a queixa do Marítimo :whistling:

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