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Pepe: «Aconteceram Coisas Que Não Eram Normais»


EdgeHead
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R – Algumas semanas passaram desde que o Mundial acabou para Portugal. Olha para trás e sente alguma desilusão pelo facto de Portugal ter sido afastado nos oitavos-de-final?

P – Olhando agora para trás, lembro-me logo do apuramento, que foi muito difícil para nós. Foi um esforço muito grande para conseguirmos a qualificação. Depois veio a participação no Mundial, e fiquei com aquele gosto amargo de que podíamos ter ido mais longe. Cumprimos na primeira fase e depois sofremos um golo com a Espanha no jogo decisivo, embora tenhamos feito tudo o que era possível para recuperar. Só que não deu. Mas o grupo sempre esteve muito unido e era muito forte. E só assim foi possível contrariar as adversidades.

R – E o ambiente entre os jogadores e o selecionador?

P – Perfeito não era. Aconteceram algumas coisas que não eram normais e acabámos por pagar caro por isso.

R – Que tipo de coisas?

P – Acho que não é momento indicado para falar sobre isso. O futebol é feito de pequenos detalhes, e às vezes esses pequenos detalhes fazem as vitórias ou as derrotas.

R – Com outro selecionador essas coisas não teriam acontecido?

P – Não sei. Se calhar aconteciam coisas melhores, como podiam acontecer coisas piores. Nunca se sabe. Acho que temos de levantar a cabeça e pensar no futuro na Seleção. Não se pode lamentar o que fizemos ou o que deixámos de fazer no Mundial. Mas reconheço que as coisas poderiam ter corrido melhor.

R – E o grupo nunca se desuniu?

P – Nunca. Estivemos sempre unidos. Sofremos muito todos juntos e pagámos pelos erros que se cometeram, porque nós é que estávamos dentro de campo e, por isso, em última análise, somos nós os responsáveis pelo que se passou nos jogos. Mas o grupo esteve sempre em sintonia, a pensar da mesma maneira. Eu estava na Seleção para ajudar e fui para lá com esse espírito.

R – Se Carlos Queiroz continuar na Seleção, continua a ir de boa vontade?

P – Sou profissional e tenho orgulho de representar a Seleção.

R – Foi pública uma conversa que o selecionador teve consigo antes do jogo com a Coreia. Perguntou-lhe se o Pepe estava em condições de jogar, você disse que sim, e acabou por não jogar. Foi mesmo assim?

P – Foi assim. Acho que o Rúben Amorim já estava lesionado na altura e era o único no grupo impedido de jogar. Eu tinha falhado o primeiro jogo mas sentia-me preparado para jogar o segundo. O selecionador mandou-me aquecer, o que eu fiz normalmente, e fiquei convencido que ia fazer a minha estreia. Depois de uma lesão tão grave como a que tive, acho que já estávamos a ganhar por 4-0 e, portanto, seria natural que eu entrasse. Não seria um jogo tão duro para eu regressar à competição e sempre poderia readaptar-me. Não vou mentir que estava à espera de jogar, ainda por cima depois da conversa que o selecionador teve comigo.

R – Ficou desiludido?

P – Fiquei um pouco, não vou esconder. Acabou por ser mais difícil depois, porque fiz a minha estreia com o Brasil. Fiz tudo para corresponder e acho que felizmente consegui.

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Essa de jogar contra a Coreia penso que é lógico. Qualquer camelo com meio dedo de testa via que aquele era um excelente jogo para o Pepe tirar a ferrugem a partir do avolumar do resultado... mas não. Contra a Espanha era melhor.

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Convocar um jogador que não jogava há 6 meses por causa de uma lesão grave é das tais coisas que aconteceram e que não eram normais.

De resto é mais um jogador a reforçar que os jogadores davam-se todos bem mas que a relação com o Queiroz não era a melhor.

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Essa de jogar contra a Coreia penso que é lógico. Qualquer camelo com meio dedo de testa via que aquele era um excelente jogo para o Pepe tirar a ferrugem a partir do avolumar do resultado... mas não. Contra a Espanha era melhor.

Não jogou contra o Brasil?

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Essa de jogar contra a Coreia penso que é lógico. Qualquer camelo com meio dedo de testa via que aquele era um excelente jogo para o Pepe tirar a ferrugem a partir do avolumar do resultado... mas não. Contra a Espanha era melhor.

Não jogou contra o Brasil?

Jogou... coloca-lo a jogar no regresso contra a melhor equipa do mundo é de génio.

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Durante o Mundial houve mais que um jogador a contestar o seleccionador. O Deco, por exemplo, fê-lo e não voltou a ser uma opção.

Deco critica uma opção do seleccionador e neste ponto esteve mal, porque não o devia ter feito. A seguir retrata-se e Queiroz aceita as desculpas. Então, nesse cenário, não podia haver castigo e, objectivamente, houve, porque só assim se justifica que Deco não tenha sido usado no jogo com a Espanha, numa altura em que já estava recuperado da lesão. Nada disto contribuiu para o reforço da equipa. Deco tinha muitos amigos no balneário e a partir desse incidente deu-se uma cisão que criou alguns problemas dentro do grupo.

Mas também o Ronaldo, como se viu posteriormente nas imagens televisivas, contestou Carlos Queiroz e não houve consequências.

Não teve consequências porque o Mundial terminou ali para Portugal e porque era o Ronaldo. Mas se o Queiroz continuar na selecção talvez estejamos ainda para ver as consequências da frase: “Oh Carlos assim não ganhamos.” É um erro qualquer seleccionador entrar em conflito com o Ronaldo, mas do que tenho acompanhado, ponho muitas reservas às capacidades do Queiroz em gerir estas pequenas dificuldades.

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Pepe muito bem a dizer o que tem de ser dito. E depois vem o palerma do Eduardo e diz isto:

«Ficava surpreendido se Queiroz fosse despedido» - Eduardo

Eduardo defendeu a baliza da Selecção Nacional no Campeonato do Mundo deste ano. Desafiado a comentar a polémica que envolve o seleccionador português, cujo futuro no cargo está mãos do Conselho de Disciplina da Federação, o guarda-redes foi cauteloso nas palavras, mas não deixou de dar a sua opinião.

«Sinceramente, ficaria surpreendido se o seleccionador nacional fosse demitido. No entanto, isso são questões que cabe aos órgãos da federação resolver e não queria entrar nesse campo. Mas sim, ficaria surpreendido», disse, acrescentando em defesa de Carlos Queiroz: «O seleccionador relacionou-se bem com o grupo. É óbvio que recebeu uma herança pesada de Scolari, pela imagem deixada pelo anterior seleccionador, mas as pessoas têm de perceber que as coisas mudam. A equipa mudou, está a crescer e tem todas as condições para conseguir atingir boas metas num futuro próximo».

Eduardo, desde cedo, percebeu que as aspirações nacionais na África do Sul, como quase sempre acontece em vésperas de grandes provas internacionais, eram altas. No entanto, não em demasia. «Eram legítimas pela equipa que tínhamos. Perdemos apenas para o Campeão do Mundo, que era fortíssimo. À partida qualquer um podia ter vencido esse jogo e por isso mesmo ficámos com a sensação que se podia ter ido mais longe, mas ninguém mais do que os jogadores teria desejado outro desfecho. Só que não estivemos tão bem, não conseguimos progredir no terreno, muito também pela qualidade da Espanha, que até também podia ter perdido esse jogo».

Na retina, logo após o apito final no jogo com os espanhóis, ficou a expressão de desolação em Eduardo, que não conseguiu conter as lágrimas pela eliminação. Imagens que comoveram o País. «Aquele era o sentimento de toda a nossa equipa, só que cada um tem as suas formas de o expressar. Aquele momento foi o extravasar do desgosto, em que não deu para esconder o quanto sou emotivo. Mas a frustração era de todos nós», rematou.

abola.pt

Epá :facepalm: esse palerma que esteja mas é calado :rezingao:

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A lesão do Nani foi mesmo verdadeira?

Sim. O Nani lesionou-se cá, dois dias antes da partida, num treino em Massamá. Comemorou um golo com uma acrobacia e fracturou a clavícula. E não foi uma fissura, fracturou mesmo. Os médicos disseram logo que não tinha condições para competir e que ficaria parado entre cinco a seis semanas. Mas por pressão do jogador e também do seu agente, Jorge Mendes, que também sugeriu que o Nani fosse visto por uma homeopata, o Carlos Queiroz decidiu levá-lo.

Essa situação causou um grande desconforto na equipa médica?

Não posso dizer isso porque não estive lá, mas acho que se pode dizer que sim. Essas decisões foram tomadas à revelia do departamento médico e sei que houve inclusive um médico que ponderou apresentar a demissão e não seguir para a África do Sul.

Vê pontos em comum com o Mundial de 2010?

Nos dois casos há um ponto em comum: dois seleccionadores no centro das atenções, mesmo que por razões totalmente diferentes. Se quisermos, Oliveira por falta de trabalho, Queiroz por uma exorbitância de funções. Ao contrário de Oliveira, não o podemos acusar de falta de trabalho, mas sim de falta de flexibilidade. Ele faz o seu plano de trabalho e depois cumpre-o à risca, como se estivesse numa unidade industrial, de produção em série, onde planeamos fazer 200 peças numa hora. É conhecido que o Carlos Queiroz tinha decidido que ao minuto X, no jogo com a Espanha, saia o Hugo Almeida e não olhou para os minutos que estavam para trás ou para o que o jogador podia fazer pela equipa.

Antes do jogo Portugal-Coreia do Norte,numa segunda-feira,21 de Junho, a comitiva da Selecção chegou bastante tarde ao hotel Vineyard,na cidade do cabo,no sábado à noite. A selecção Inglesa,que jogara no dia anterior,tinha deixado o hotel nessa tarde,e não houvera tempo para preparar todas as salas. Assim,todos tinham de jantar no mesmo espaço. Só que Carlos Queiroz terá dito,referindo-se "ao pessoal de apoio": "Não quero estes gajos aqui dentro". As pessoas acabaram por se retirar para os quartos, onde comeram a ceia ligeira,mas a atitude provocou mal estar entre os jogadores.

(excerto da revista Sábado,nº 326)

Edited by hellopettytom
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Convocar um jogador que não jogava há 6 meses por causa de uma lesão grave é das tais coisas que aconteceram e que não eram normais.

De resto é mais um jogador a reforçar que os jogadores davam-se todos bem mas que a relação com o Queiroz não era a melhor.

O Nani também já vinha lesionado de Lisboa... :-

Edited by Kinas_
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Só que Carlos Queiroz terá dito,referindo-se "ao pessoal de apoio": "Não quero estes gajos aqui dentro". As pessoas acabaram por se retirar para os quartos, onde comeram a ceia ligeira,mas a atitude provocou mal estar entre os jogadores.

Como é possível existir boa disposição na equipa, quando o Burro do Queiroz tem atitudes dessas? Dass...

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Convocar um jogador que não jogava há 6 meses por causa de uma lesão grave é das tais coisas que aconteceram e que não eram normais.

De resto é mais um jogador a reforçar que os jogadores davam-se todos bem mas que a relação com o Queiroz não era a melhor.

O Nani também já vinha lesionado de Lisboa... :-

Essa é outra para o CV do Queiroz.

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Para mim a melhor ainda é esta:

É conhecido que o Carlos Queiroz tinha decidido que ao minuto X, no jogo com a Espanha, saia o Hugo Almeida e não olhou para os minutos que estavam para trás ou para o que o jogador podia fazer pela equipa.

O homem das planificações :lol:

É preciso não perceber mesmo nada de futebol (aspectos tácticos, físicos, motivacionais) para fazer uma coisa destas :dumb:

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