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A Realidade Dos Acontecimentos


Coutinho77
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O antigo director desportivo do Sporting disse hoje em conferência de imprensa que a sua agressão a Liedson foi «motivado pela forma incorrecta» como o avançado se manifestou junto da massa adepta do clube. Ainda assim, Ricardo Sá Pinto pediu desculpa a adeptos, jogadores e responsáveis do clube pela sua atitude.

«O diferendo com o jogador Liedson foi motivado pela forma incorrecta como o atleta se manifestou e dirigiu à massa associativa no decurso do encontro [Taça de Portugal com o Mafra]. Para além disso, afirmou que não voltaria a saudar os adeptos juntamente com os colegas no final dos jogos. Nesse momento, e perante a minha observação, o atleta reagiu de forma insultuosa e com um comportamento inaceitável. Afirmar-se que tal se sucedeu por eu ter reagido a uma prestação de Rui Patrício e que Liedson teria saído em defesa daquele, não só não corresponde à realidade, como incorre no erro de levar ao branqueamento de comportamento incorrectos», afirmou.

Sá Pinto assegurou que a sua relação com Liedson sempre foi «excelente», pelo que «este relação jamais faria prever um desfecho desta natureza». «Face à situação ocorrida, e face à indisponibilidade do presidente [José Eduardo Bettencourt], a equipa técnica e outros dirigentes responsáveis decidiram chamar a atenção do atleta para o seu comportamento anómalo», missão que foi atribuída ao então director do futebol profissional.

«Persistindo num comportamento inaceitável, redundou no desfecho conhecido com uma única nota de correcção. O Ricardo Sá Pinto reagiu em defesa própria após ofensas à sua integridade física e à sua imagem. (...) O Liedson é um jogador de grande qualidade e importante para o Sporting. Terá, no entanto, que rever a sua postura enquanto jogador profissional», prosseguiu, solicitando, ainda assim, aos adeptos que «apõem e incentivem» o luso-brasileiro.

Para Sá Pinto, o facto de um acontecimento que sucedeu no balneário ter saído pouco depois para o exterior deve ser analisado pelos responsáveis do clube: «Independentemente das responsabilidades a assumir e respectivas consequências, uma instituição não se deve expor desta forma ao exterior sob pena de se ver fragilizada.»

Seguiu-se o pedido de desculpas ao universo leonino: «Perante estes factos, considerei não se manterem reunidas as condições para prosseguir como director de futebol profissional do Sporting. Apesar da conduta surpreendente do atleta, pela negativa, não podia ter reagido da forma que reagi. A emoção falou mais alto que a razão. E, por isso, peço desculpa ao meu clube, aos sócios, adeptos, equipa técnica, jogadores e restante estrutura profissional.»

Sá Pinto disse ainda ter passado um ciclo «positivo e enriquecedor» no Sporting, com «entrega e disponibilidade total» ao clube num momento de «inversão ascendente» da equipa, que inverteu «uma situação desportiva difícil, repondo o clube na senda das vitórias». «O seu futuro é risonho, pois encontraram a fórmula do sucesso que tinha faltado nos últimos tempos», concluiu, agradecendo aos jogadores e equipa técnica pelo apoio prestado e solicitando o «apoio indispensável» dos adeptos à equipa.

@ abola.

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Deixo aqui a transcrição da declaração do Sá Pinto publicada no site do Record uma vez que está mais completa que a publicada no site da Bola

"No seguimento das noticias publicadas sobre os factos ocorridos durante e após o jogo com o Mafra não corresponderam à verdade assisti-me dizer o seguinte:

Apenas o faço nesta altura para evitar eventuais perturbações à nossa equipa que ontem realizou um importante e decisivo jogo que nos levará, certamente, à conquista da Taça da Liga.

O diferendo com o jogador Liedson foi motivado pela forma incorrecta como o atleta se manifestou e dirigiu à massa associativa no decurso do encontro. Para além disso, afirmou que não iria voltar a saudar os adeptos, juntamente com os colegas, no final dos jogos. Nesse momento, e perante a minha observação, o atleta reagiu de forma insultuosa e com um comportamento absolutamente inaceitável.

Afirmar-se que tal sucedeu por eu, Ricardo Sá Pinto, ter reagido a uma prestação do atleta Rui Patrício e que Liedson teria saído em defesa daquele, não só não corresponde à realidade, como incorre no erro de levar ao branqueamento de comportamentos incorrectos de um atleta profissional perante sócios e adeptos, para além de alterar, de forma significativa, a imputação de responsabilidades em todo este processo.

O Ricardo Sá Pinto está sempre - e incondicionalmente - ao lado dos atletas, independentemente da sua prestação desportiva. Ao contrário do que tem sido dito, a minha relação com o Liedson era excelente. O atleta contou sempre com o apoio incondicional, profissional e pessoal, por parte do director do futebol profissional do clube. Por isso, esta relação jamais faria prever um desfecho desta natureza.

Compete ao director do futebol profissional, como superior hierárquico e no âmbito das suas funções, apoiar os atletas em todas as circunstâncias, nomeadamente em momentos difíceis, mas incumbe-lhe, igualmente e sobretudo, promover e preservar o respeito pela instituição e pela sua massa associativa e garantir a manutenção do bom ambiente e espírito colectivo da equipa.

Face à situação ocorrida - e perante a indisponibilidade do presidente do clube -, a equipa técnica e outros dirigentes responsáveis decidiram, por consenso, chamar a atenção do atleta para o seu comportamento anómalo. Dessa missão ficou incumbido o director do futebol profissional.

A atitude do jogador face à chamada de atenção, persistindo num comportamento inaceitável, redondou no desfecho conhecido com uma única nota de correcção. O Ricardo Sá Pinto reagiu em defesa própria após ofensas à sua integridade física e à sua imagem. Houve falta de consideração para com o clube, falta de solidariedade com a equipa e desrespeito à minha pessoa

O Liedson é, inequivocamente, um jogador de grande qualidade e importante para o Sporting. Terá, todavia, de rever e rectificar a sua postura enquanto jogador profissional. Desejo-lhe, sinceramente, muitas felicidades, sem mágoa ou rancor. E peço a todos, em especial à nossa massa associativa, que apesar dos factos que hoje aqui divulgo, o apoiem e incentivem.

Uma Sociedade Desportiva tem que proteger os seus activos. No entanto, não pode, nem deve, prescindir de um conjunto de princípios e valores que são parte integrante da história de um clube com a grandeza do Sporting Clube de Portugal.

Quando um acontecimento interno da família sportinguista é tornado público apenas 10 minutos após a sua ocorrência, aconselha a prudência que algo terá que ser rectificado. Independente de responsabilidades a assumir e respectivas consequências, uma instituição não se deve expor desta forma ao exterior, sob pena de se ver fragilizada.

Perante todos estes factos, considerei não se manterem reunidas as condições para prosseguir como director do futebol profissional do Sporting Clube de Portugal.

Apesar da conduta negativa por parte do atleta, não podia ter reagido da forma que reagi. A emoção falou mais alto que a razão. E por isso peço desculpa ao meu clube, aos sócios, adeptos, equipa técnica, jogadores e restante estrutura profissional.

Desportivamente foi, apesar de todas as dificuldades, um ciclo extremamente positivo e enriquecedor que, espero e desejo, se mantenha. Nestes 70 dias no exercício das minhas funções, a minha entrega e disponibilidade foi total. Quase 24 horas por dia passadas na Academia, resolução de inúmeros dossiers pendentes, apoio constante aos jogadores e equipa técnica e uma sequência final de 6 vitórias consecutivas num momento claramente de inversão ascendente do futebol profissional do Sporting. Evoluímos do sétimo para o quarto lugar na classificação da Liga Sagres, passámos aos oitavos-de-final da Liga Europa como primeiro classificado do grupo, vencemos duas eliminatórias da Taça de Portugal e liderámos o grupo na Taça da Liga.

Não posso deixar de agradecer a todos, em especial ao plantel e à equipa técnica que, com a sua dedicação e profissionalismo, inverteram uma situação desportiva difícil, repondo o clube na senda das vitórias. O seu futuro é risonho, pois encontraram a fórmula do sucesso que tinha faltado nos últimos tempos. Agradeço-lhes também, de forma sentida, a maneira como demonstraram a sua solidariedade num momento particular.

À melhor massa associativa do mundo peço-lhe que continue a apoiar a equipa de forma incondicional, especialmente quando as coisas não estão a correr da melhor forma. Esse apoio é indispensável ao sucesso do clube. Serei, como era, mais um a fazê-lo.

Desejo toda o êxito do mundo ao clube do meu coração e estarei sempre disponível para o servir. Sempre."

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"Face à situação ocorrida - e perante a indisponibilidade do presidente do clube -, a equipa técnica e outros dirigentes responsáveis decidiram, por consenso, chamar a atenção do atleta para o seu comportamento anómalo. Dessa missão ficou incumbido o director do futebol profissional."

Esta parte é engraçada a ser verdade. :rezingao:

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