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O Jornalismo Do Sistema


Jokeman
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O jornalismo do "sistema"

Se as equipas portuguesas levam “quatro” (FC Porto em Londres, com o Arsenal), “cinco” (Sporting e Benfica na última semana) ou “seis” (a selecção nacional no Brasil) nos confrontos internacionais, isso também se deve à comunicação social que endeusa craques de barro. O Benfica, por exemplo, acabou de empatar no Estádio da Luz (2-2) com o Vitória de Setúbal, que até foi a primeira equipa a marcar. Quando os setubalenses empataram a partida num excelente golo marcado já em período de descontos, ouvimos os relatores da “Sport TV” escandalizados a falar de “um balde de água gelada”, de “Quim mal batido”, de um Benfica que “não consegue segurar vantagens” e da falta de tempo para o Benfica concretizar “a reviravolta” de um jogo que, afinal, estava empatado. A nenhum deles ocorreu a ideia de elogiar o excelente golo setubalense, que foi o corolário de uma boa ponta final da equipa de Daúto Faquirá, nem tão-pouco ocorreu falar numa semana negra do Benfica.

Mas a imprensa escrita é a mesma coisa. O diário “O Jogo” desta segunda-feira chama o sportinguista Hélder Postiga (cuja metade do passe é do FC Porto...) para quase toda a primeira página, com o título “Com ele é sempre a somar”. Ora, trata-se de um jogador que ainda só marcou três golos em dez jogos da I Liga, menos de metade dos golos do ponta-de-lança William, que marcou nesta ronda o seu sétimo golo na Liga, mais a mais ao serviço do modesto Paços de Ferreira, o que torna extraordinário o seu rendimento, mas não teve nenhuma referência na primeira página do jornal de Joaquim Oliveira. Para William, do “pequeno” Paços de Ferreira, que é o melhor marcador da Liga portuguesa e apontou o golo decisivo da centésima vitória da sua equipa no principal campeonato português, só houve lugar para uma pequena foto na página três do jornal. Dirão que os golos do Paços de Ferreira não vendem jornais. É verdade. Então assumam que o jornalismo desportivo é uma mentira, pois não se regula por critérios jornalísticos, mas por pretensas estratégias comerciais. Para que as equipas portuguesas, que se julgam “grandes” e são tratadas com todos os paninhos quentes da nossa imprensa, apanhem “cinco” ou “seis” na Europa e ninguém fique surpreendido.

Engraçado é que o autor deste texto é também ele adepto de um "grande" (neste caso, é do Sporting), mas sabe olhar para as coisas com olhos de ver, e não com palas.

Frango do Quim? Fdx, que tristes... :no:

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