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Telemóveis Do Futuro Podem Ajudar-se Em Caso De Rede Fraca


Jokeman
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Telemóveis do futuro podem ajudar-se em caso de rede fraca

Se um telemóvel com pouca rede ou bateria fraca pedir ajuda a outros para fazer uma chamada isso parece é ficção, mas é um dos cenários em que investigadores do Instituto de Telecomunicações de Portugal estão a antecipar.

Entre eles está Paulo Marques, o único português com voto no Comité P1900 do Instituto dos Engenheiros de Electrotécnica e Electrónica (IEEE), um dos grupos mundiais que vai definir o funcionamento das redes móveis no futuro.

«O objectivo é desenvolver técnicas para os fabricantes responderem aos desafios crescentes», explicou à Agência Lusa o investigador, que representa o Instituto de Telecomunicações de Portugal no comité e que é também docente do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

«Em breve, as redes de telemóveis 3G não conseguirão garantir uma cobertura global com todo o tráfego Internet gerado pelo aumento de utilizadores, cada vez mais exigentes», descreve.

Para ajudar a resolver este problema, a visão das redes móveis para a próxima década, «partilhada pelo comité de especialistas», passa por «implementar cooperação entre os telemóveis», mesmo entre redes e utilizadores diferentes.

As soluções em estudo baseiam-se em sistemas de rádio cognitivos, em que as máquinas (telemóveis ou outras que usem redes móveis) vão ser capazes de reagir em função do ambiente onde estão envolvidos.

Paulo Marques acredita que «um cenário simples de cooperação poderá ser, por exemplo, um telemóvel ligar-se a outro nas proximidades através de uma ligação sem fios Bluetooth quando estiver quase sem bateria ou com pouca rede». «Para isso precisará de pouca energia, porque a distância entre elas é pequena», sublinha.

Desde que o telemóvel vizinho esteja em melhores condições e use a tecnologia preparada para ouvir o alerta, retransmitirá a chamada para a antena do operador do primeiro telemóvel, antevê o investigador português.

Os proprietários dos telemóveis «podem nem se conhecer» e ter operadores diferentes, realça Paulo Marques, reconhecendo que este tipo de tecnologia implica «um novo modelo de negócio».

O comité P1900 inclui institutos de investigação europeus, americanos, japoneses e da Coreia do Sul, bem como multinacionais como a NEC, Motorola, ou Sony. Paulo Marques faz parte do comité graças ao seu trabalho sobre sistemas de rádio cognitivos - que é ainda tema de um trabalho de pós-doutoramento que tem em curso na Universidade de Aveiro.

Actualmente trabalha num protótipo capaz de demonstrar a fiabilidade desses sistemas, que detectam o espectro rádioeléctrico não utilizado de forma a resolver a actual saturação de redes.

O protótipo está a ser desenvolvido no âmbito do projecto europeu Oracle e servirá também para que os reguladores de telecomunicações tenham uma abordagem mais liberal no acesso ao espectro.

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