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Química Revela Quadro Perdido De Van Gogh


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Química revela quadro perdido de van Gogh

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Terça-feira foi publicado online na revista Analytical Chemistry um artigo muito interessante intitulado «Visualization of a Lost Painting by Vincent van Gogh Using Synchrotron Radiation Based X-ray Fluorescence Elemental Mapping».

No artigo, uma equipa multidisciplinar envolvendo a Universidade Técnica de Delft, a Universidade de Antuérpia, o museu Kröller-Müller, o Centro de Investigação e Restauração dos Museus Franceses e dois aceleradores de partículas, o DESY em Hamburgo e o ESRF — Instalação Europeia de Radiação Sincrotrónica - em Grenoble, revelou o rosto de uma camponesa que durante 121 anos permaneceu escondido sob um «Pedaço de relva».

Van Gogh reciclava as suas telas pintando sobre elas obras diferentes - os especialistas consideram que até um terço das primeiras obras do artista ocultam outras composições. Investigações preliminares tinham revelado que esse era o caso do quadro «Patch of Grass», pintado em Paris em 1887 e exposto no museu Kröller-Müller, na cidade holandesa de Otterlo. As técnicas convencionais de raios-X utilizadas neste tipo de análise apenas permitiam ver sob as camadas de pintura mais superficiais vagos traços de uma cabeça, que se pensa poder fazer de uma série pintada por Van Gogh entre 1884-85, durante a estadia na aldeia holandesa de Nuenen em que pintou «Os comedores de batatas», completado em 1885 e considerado o seu primeiro grande trabalho.

Os cientistas resolveram então examinar pela primeira vez um quadro com radiação sincrotrão. Em Hamburgo, o quadro foi analisado por fluorescência de raios-X, técnica que permitiu revelar os pigmentos utilizados nas várias camadas de tinta e criar um modelo a três dimensões do esboço.

As camadas superficiais mostraram ser constituidas principalmente por tintas incorporando sais de zinco, bário e enxofre depositadas sobre uma camada uniforme de um sal de chumbo, que foi usado como um primário que escondeu a pintura anterior e preparou a tela para uma nova. Para esboçar a cabeça da camponesa, van Gogh utilizou cinabre, o sulfureto de mercúrio utilizado durante milénios como o pigmento vermelho de eleição. Para iluminar determinadas zonas da face, van Gogh reorreu ao amarelo de Nápoles ou amarelo de antimónio, Pb(SbO3)2/Pb3(Sb3O4)2, misturado com branco de zinco. A fluorescência do antimónio e do mercúrio permitiu recriar a cores e com uma precisão sem precedentes um esboço escondido.

van-gogh.jpg

Esta primeira reconstrução permitirá aos historiadores da arte entender melhor a evolução do pintor. A nova técnica de análise química abre o caminho para que o mesmo seja possível em relação a muitos outros artistas que ocultaram obras ao voltar a pintar sobre elas.

Fonte

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Estas técnicas são muito interessantes e têm pernas para andar, pena é que a aparelhagem necessária seja de difícil obtenção ($). Tenho também pena de não me interessar por arte que é uma das temáticas que mais podem beneficiar destas técnicas.

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Muito bom.

Fantástico o auxílio da ciência para "ajudar" a arte.

E curti a cena do gajo usar a mesma tela para pintar mais cenas... Se calhar era pobre e tinha de se desenrascar assim... :y:

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Não intendo o interesse de investigar a própria arte com a ciência... Só falta quererem saber se ele pintou o quadro enquanto "fazia o amor". O que se deve tentar entender é o quadro em si, o que o artista queria expressar e não esconder.

Certo?

Cumpz

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Não intendo o interesse de investigar a própria arte com a ciência... Só falta quererem saber se ele pintou o quadro enquanto "fazia o amor". O que se deve tentar entender é o quadro em si, o que o artista queria expressar e não esconder.

Certo?

Cumpz

E se ele o "escondeu" porque não tinha mais onde pintar?

Acho que se queres entender a arte do homem, devias querer entender porque é que ele pintou por cima de outro quadro. O que o terá levado a fazer isso?

Mais, sem esta tecnologia, como sabias sequer que lá havia outra pintura?

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Mau. Não ajuda em nada a arte.

Pode ajudar alguma coisa para os estudiosos da técnica, mas isso já é outra história.

Quanto à arte, se o autor cobriu o original com um novo registo, foi porque a sua consciência assim o ditou.

Ir à procura do 'branco da tela' é um exercício que só deve interessar a todos aqueles que fazem da opinião especulativa em torno das obras e dos artistas o seu ganha-pão. À falta de assunto sobre a obra exposta, procura-se assunto 'por baixo' da obra.

Em termos científicos espero que tenha outro tipo de aplicações práticas, do que meramente esta.

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ou entao tava pintar a cara saiu uma merda e ele comexou a riscar riscar e dps ate saiu um quadro fx com os riscos, e deixou ficar.

:lol:

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