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Festival De Cannes


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O director português Manoel de Oliveira e a actriz taiwanesa Shu Qi declararam oficialmente aberto o 60º Festival de Cannes, inaugurado com a exibição de "My blueberry nights", primeiro filme em inglês do diretor chinês Wong Kar Wai, rodado nos Estados Unidos.

O veterano cineasta português, de 98 anos, homenageou, nesta 60ª edição da mostra, "este festival prestigioso e que, no entanto, ainda é muito jovem", antes de exclamar: "Viva o cinema!".

Os nove membros do júri, presidido este ano pelo cineasta britânico Stephen Frears, subiram ao palco, entre os quais estavam as actrizes Maria de Medeiros, Maggie Cheung, Toni Collette, Sarah Polley, o actor Michel Piccoli e o escritor turco Orhan Pamuk, Prêmio Nobel de Literatura 2006.

A chegada na Croisette de vários astros do filme - George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Al Pacino e Andy Garcia - é, contudo, a única concessão do festival aos "blockbusters" americanos.

A mostra francesa, que nos dois anos anteriores deu destaque a "Guerra nas Estrelas" e "O Código Da Vinci", fez a escolha, nesta edição, pelo cinema autoral, que contribuiu amplamente para torná-la conhecida nestes 60 anos.

Este ano, 22 filmes competem pela Palma de Ouro, entre os quais estão obras assinadas por Emir Kusturica, Quentin Tarantino, Gus Van Sant e os irmãos Coen, que já receberam o prêmio máximo da mostra.

Agência France Press

OS FILMES em destaque

- My blueberry nights, primeiro filme em inglês do diretor chinês Wong Kar Wai, rodado nos Estados Unidos.

O filme, que marca a estréia da cantora americana Norah Jones como actriz, teve uma recepção morna na exibição para a imprensa, na manhã desta quarta-feira. Além da estreante Norah Jones à frente do elenco, também actuam em "My blueberry nights" Jude Law, David Strathairn, Rachel Weisz e Natalie Portman.

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- Zodiac, filme de David Fincher (“Se7en”, “Fight Club”) chegou a ser rebatizado de “Chronicles”, mas o lançamento do atmosférico primeiro poster, acabou de vez com as dúvidas quanto ao título. “Zodiac”, irá seguir Robert Graysmith, membro do San Francisco Chronicle que tentou resolver o mistério do infame serial killer cognominado Zodiac. O assassino do Zodíaco aterrorizou San Francisco de 1966 a 1978, causando pelo menos 37 mortes e documentando alguns dos processos de tortura em cartas enviadas ao respectivo jornal. Do fabuloso elenco fazem parte Jake Gyllenhaal, Robert Downey Jr., Anthony Edwards, Mark Ruffalo e até Gary Oldman.

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- No Country for Old Men, adaptação para cinema, pelos irmãos Joel e Ethan Coen, que voltam aos banhos de sangue, de um western/thriller contemporâneo e que conta a história sangrenta de um homem em fuga no Texas com uma mala cheia de dinheiro que é perseguido por várias pessoas. Baseado num aclamado romance de Cormac McCarthy, lida com a batalha entre o bem e o mal e a importância da escolha e da sorte na definição do próprio destino.

Os protagonistas são Woody Harrelson e Stephen Root, a que se juntam ainda Tommy Lee Jones, Josh Brolin e Javier Bardem.

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- Death Proof

Notícia de 30 de Abril:

O antigo enfant terrible de Hollywood decidiu apostar num cocktail de três horas recheado da violência e sexo gratuitos que sempre o fascinaram. Chamou-lhe Grindhouse e dividiu-o em dois episódios: um chama-se Death Proof e é realizado pelo próprio Tarantino; o outro, Planet Terror, foi dirigido por Robert Rodriguez.

Fracasso total: receitas ridículas nos EUA e portas fechadas à exibição em muitos países, onde será apenas editado em DVD. Os produtores não acharam graça nenhuma (ainda por cima, os realizadores gastaram quase 40 milhões de euros e "esticaram" os filmes para uma hora e meia cada, quando o plano era ficarem-se pelos 60 minutos). Tarantino está agora a fazer um novo Death Proof para apresentar em Cannes.

Acho que a versão apresentada foi a tal parte do Grindhouse (??)

É a ode de Tarantino ao cocktail de violência e sexo que foi a "série B". O público americano não entendeu a graça, conta-se até que abandonava o filme a meio, não percebendo que tinha comprado bilhete para uma "sessão dupla" em que havia um filme de Tarantino, havia um filme de Robert Rodriguez, havia um intervalo, e até havia trailers de apresentação, falsos e tudo, para criar a ilusão de programa duplo - tal como acontecia nas salas decadentes que exibiam programas duplos de sangue e sexo a rodos e que foram a educação, nos anos 70, época do auge deste tipo de programação, de alguns maníacos e de alguns cinéfilos. Como não funcionou comercialmente esta espécie de "instalação" de Tarantino/Rodriguez, foi decidido separar os dois filmes. Amigos, amigos, negócios à parte. É o filme de Tarantino que chega à competição de Cannes. Nele, Kurt Russell é um homem que se excita a atirar o carro a alta velocidade contra estupendas raparigas - "misoginia!", já gritam alguns. De resto, serão as habituais obsessões do realizador. Pés femininos, por exemplo. Chamam-nos a atenção para a sequência de abertura.

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- Paranoid Park, do realizador de Elephant e um liceu é um déjá vu, e é esse o desafio de Paranoid Park, o novo filme do realizador de Portland: habitar esse cenário e conseguir dar um passo em frente. Adaptação de um romance de Blake Nelson, descrito como Crime e Cstigo em skate, é o primeiro filme de Van Sant depois da trilogia Gerry/Elephant/Last Days. Não há armas no liceu, há skates. Mas ainda a espiral de trauma à volta de um acontecimento: num dia de azar um adolescente provoca a morte de um segurança. Os actores foram escolhidos entre 3000 jovens de Portland, que responderam ao casting noticiado em fanzines, parques de skate e na rádio. Christopher Doyle, que para já pôs de lado a sua cumplicidade com Wong Kar-wai, faz a fotografia.

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- Entre os habitués estão também Emir Kusturica, com "Promise me This"; o mestre húngaro Béla Tarr e "The Man From London"; James Gray e uma nova história da máfia russa nos EUA, "We Own the Night".

Completam a lista, as novas realizações de Fatih Akin ("Auf der Anderen Seite"); Christophe Honoré ("Les Chansons d'Amour", produção de Paulo Branco); Naomi Kawase ("Mogari no Mori"); Kim Ki Duk ("Breath"); Cristian Mungiu ("4 Luni, 3 Saptamini si 2 Zile"); Raphael Nadjari ("Tehilim"); Julian Schnabel ("Le Scaphandre et le Papillon"); Ulrich Seidl ("Import Export"), Alexander Sokurov ("Alexandra") e Andrey Zvyagintsev ("Izgnanie"), Catherine Breillat, com "Une Vieille Maîtresse", ou a iraniana Marjane Satrapi, que mostra "Persepolis", versão animada da sua BD homónima, também passam pela Croissette.

Extra-competição:

- Sicko - Michael Moore

Em 2004 levou a Cannes um panfleto contra George Bush, e o festival ofereceu-lhe de bandeja a Palma de Ouro. O "amigo americano" chegava à Europa, com Fahrenheit 9/11, no momento certo. Até se passeou pela Croisette ao lado dos trabalhadores da área dos espectáculos, os "intermitentes", que lutavam pelo seu estatuto. Agora Michael Moore leva a Cannes Sicko (fora de competição), onde quer mostrar que 45 milhões de pessoas, os americanos, estão privados de sistema de saúde. Recrutou "casos de estudo", simbolicamente entre aqueles que trabalharam no Ground Zero e contraíram doenças com a exposição a resíduos tóxicos. Levou-os a Cuba, para provar que seriam melhor tratados. Mas por falar em simbolismos: algo mudou na percepção pública do trabalho e da integridade de Moore. Há cada vez mais vozes a criticar os seus métodos. Dizem: fazem mal ao documentário. E à esquerda americana.

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- Ocean's Thirteen - Steven Soderbergh

Danny Ocean (George Clooney) e o seu grupo só têm uma razão para voltarem a tentar o seu mais ambicioso e arriscado golpe - defender um dos seus. Quando Willy Bank (Al Pacino), o implacável dono de um casino, engana um dos membros da equipa - Reuben Tishkoff (Elliott Gould) - Danny e os outros juntam-se uma vez mais, desta feita com o objectivo de esvaziar os cofres de Bank. Al Pacino junta-se ao elenco como Willy Bank e Ellen Barkin surge aqui no papel do seu braço-direito Abigail Sponder.

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- A Mighty Heart - Michael Winterbottom

Angelina Jolie faz o papel de Mariane Pearl, a viúva do jornalista Daniel Pearl (do «Wall Street Journal») morto no Paquistão, em 2002, quando estava no auge a guerra contra os talibans do Afeganistão.

Brad Pitt aparece como produtor :-..

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Página Oficial

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