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Menino De 11 Anos Atropelado Em Leiria....


jr_cardoso
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Leiria: Colhido por carro quando atravessava passadeira

Atropelado deu vida

Isabel Jordão

A passadeira onde Bruno Correia foi atropelado situa-se numa zona onde os carros passam, por norma, em velocidade excessiva

O coração do menino de onze anos atropelado mortalmente, terça-feira, quando atravessava uma passadeira, em Leiria, permitiu salvar a vida a outra criança que aguardava por um transplante.

A morte de Bruno Correia é a terceira registada este ano na malha urbana da cidade, o que leva alguns cidadãos a reclamar medidas.

“Já que não havia esperança para o meu filho, dei o seu coraçãozinho a uma criança que estava a precisar”, referiu ontem Alcinda Carvalho, a mãe do Bruno, após mais uma deslocação ao local do acidente para deixar flores e uma vela em memória do seu ‘menino’.

O pequeno foi atropelado na terça-feira, ao fim da tarde, numa das passadeiras da Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro. Depois de assistido no Hospital de Leiria, foi transferido para o Hospital Pediátrico de Coimbra, onde ficou internado. Mas após um dia na Unidade de Cuidados Intensivos, acabou por não resistir aos ferimentos e faleceu. Como o coração estava em perfeitas condições, Alcinda Carvalho autorizou o transplante.

“Depois de pensar que com esse gesto podia secar as lágrimas dessa mãe, nem hesitei, autorizei logo”, contou a mulher. “Pelo menos sei que uma parte dele continua cá.”

Bruno Correia, estudante do sexto ano, regressava da escola quando foi colhido por um automóvel que o projectou a uma distância de 17 metros. De acordo com um graduado da PSP de Leiria, suspeita-se que a viatura seguia “em excesso de velocidade”.

Testemunhos recolhidos pelas autoridades dão conta que, antes de atropelar o menino, o condutor, de 28 anos, “obrigou uma mulher a fugir noutra passadeira”, para não ser apanhada pelo carro.

Com esta morte, eleva-se para três o número de vítimas mortais por atropelamento na cidade de Leiria, só este ano.

Em todo o distrito, só na área fiscalizada pela PSP, ocorreram 90 atropelamentos até Outubro, dos quais resultaram ferimentos graves em mais nove pessoas.

Os moradores da Quinta de Santo António estão descontentes (ver caixa) e exigem que sejam tomadas medidas para minimizar os riscos. Em sinal de protesto, colocaram um cartaz junto à passadeira, com a frase: ‘Aqui morreu uma criança’.

Alcinda Carvalho também está apostada em não deixar cair a morte do filho no esquecimento. “Só quero que não volte a morrer ali mais ninguém”, afirmou a mulher, revelando que vai levantar um processo judicial ao condutor que atropelou o Bruno. A criança tinha três irmãos. “Não posso deixar que a morte do meu menino fique em branco”, acrescentou.

MORADORES JUNTAM-SE NUMA VIGÍLIA

Um grupo de moradores da Quinta de Santo António, bairro onde vivia Bruno Correia, juntou--se ontem à noite na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro para exigir melhores condições de circulação na zona. “Em Leiria não é seguro atravessar nas passadeiras”, disse Fernando Heleno, 40 anos, uma das pessoas indignadas com a morte do menino de onze anos. Segundo o morador, é muito difícil andar em segurança na avenida nas horas de ponta, quer pela velocidade a que os automobilistas se deslocam, quer pela falta de visibilidade provocada pelas viaturas estacionadas. “É lamentável uma situação destas, mesmo em frente ao prédio onde vive a presidente da Câmara Municipal”, reclamou.

ESTATÍSTICA

LOCALIDADES

Do total de mortos registados nas estradas portuguesas entre Janeiro e Julho deste ano, 16,7 por cento (105) são peões. Segundo dados da Direcção-Geral de Viação (DGV), 64,8 por cento resultaram de acidentes dentro das localidades.

FUGA

O número de atropelamentos de peões cifrou-se em 3088 nos primeiros sete meses do ano. Deste total, registaram-se 246 casos, em que os condutores fugiram após o acidente. Em 437 atropelamentos houve mortos ou feridos graves.

IDOSOS

O grupo etário com mais de 65 anos foi o que revelou maior percentagem de mortos em acidentes rodoviários, entre Janeiro e Julho. Mais de metade destas vítimas eram peões e utentes de velocípedes ou ciclomotores, referem os dados da DGV.

Acho q é daquelas noticias q toca a qualquer um, independentemente da situação.

Ainda existe gente boa neste mundo. O meu respeito e admiração para com a familia enlutada.

B)

P.S. - Faltou-me adicionar o facto tudo isto ter ocorrido este mês, sendo q a noticia é de dia 27 (Jornal de Leiria)

Edited by jr_cardoso
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Admirável e de louvar a atitude dessa mãe, realmente, que no meio da enorme dor e revolta que há-de estar a sentir conseguiu pensar noutra dor e noutro sofrimento.

O que não é admissível é que os números que constam dessa notícia não tenham provocado ainda uma alteração nas condições do local do acidente, uma coisa aparentemente tão simples... e... pois, atropelamentos com fuga, p'a mais com consequências destas, deviam ser punidos com mão de ferro <_<

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